A concessionária Águas do Rio informou nesta quinta-feira (28) que o abastecimento de água no município do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense deve ser normalizado até a manhã de domingo (1º). Contudo, áreas elevadas e nas extremidades das redes de distribuição poderão levar mais tempo para retomar o fornecimento completo.
A falta d’água afeta bairros do Rio e os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti, onde a Águas do Rio opera. O problema começou na última terça-feira (26), quando a Cedae realizou a manutenção anual do Sistema Guandu, responsável pelo abastecimento de mais de 10 milhões de pessoas.
Retorno gradual e orientação à população
A Cedae informou que o Sistema Guandu voltou a operar com 100% da capacidade às 10h55 desta quinta-feira (28). No entanto, o restabelecimento completo está sendo feito gradualmente para atender ao cronograma de reparos das concessionárias na rede de distribuição.
“Embora o sistema estivesse apto a operar com capacidade total após o término da manutenção na noite de terça-feira (26), foi necessário aguardar o andamento dos serviços realizados pelas concessionárias e a devida liberação para viabilizar a retomada integral da produção de água,” afirmou a Cedae em nota.
Enquanto isso, a Águas do Rio orienta os consumidores a usarem as reservas de água em cisternas e caixas d’água apenas para atividades essenciais e a adiar tarefas que demandem alto consumo. A concessionária prioriza o abastecimento alternativo, por meio de caminhões-pipa, para unidades de saúde, como hospitais e clínicas.
Impacto em grandes instituições públicas
A crise hídrica também afetou instituições de grande porte. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está sem aulas e sem água desde terça-feira. Já a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) informou que o campus Maracanã segue com atividades acadêmicas e administrativas suspensas, devido aos baixos níveis dos reservatórios.
A Fiocruz, por sua vez, normalizou o abastecimento em parte das suas instalações. O campus de Manguinhos retomará as atividades presenciais nesta sexta-feira (29), enquanto no campus da Maré, apenas atividades não essenciais continuam suspensas. No Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, no Flamengo, apenas os serviços essenciais estão mantidos.
Por que se realiza manutenção anual em plena época de calor extremo como temos na primavera até o fim do verão?
Não se podia realizar no inverno, por quê?