O trânsito de São Paulo não é fácil, nada fácil, mas o paulista quando chega no Rio de Janeiro fica estarrecido, passa a acreditar que em Sampa todos os motoristas são tão humildes e modestos como o Papa Francisco e, desta vez, concordo com nossos amigos paulistas. Já disseram que o Brasil não é para amadores, então o trânsito do Rio de Janeiro é apenas para profissionais, com no mínimo pós-graduação.
O trânsito no Rio de Janeiro apenas piora e algumas vezes dá para observar que não é o excesso de carros na rua, e sim a completa falta de educação e respeito ao próximo que o carioca ganha quando passa a estar atrás de um volante. Pessoas que normalmente falam “por favor”, “licença” e “desculpe” passa por uma transformação pior que a de “Jekyll e Hyde”, tornam-se verdadeiros monstros do “fechar”, do “buzinar” e do “dedo médio em riste”. E assim começam e terminam a semana e também passam o fim de semana.
Observe os motoristas, muitos os de ônibus que deveriam ser os mais conscientes, fechando os cruzamentos e pronto cria-se um engarrafamento e mais buzinas, mais dedos médios em riste. Pergunte-se, os mesmos fechariam sua passagem em um corredor? Certamente que não, excetuando-se os sociopatas, normalmente cederiam a passagem, sorriria e falaria por favor.
Não há soluções rápidas para este tipo de problema no trânsito carioca, a mera fiscalização de pouco adianta, não resolve o problema, apenas no momento e nos locais onde há fiscais. É necessário, isso sim, um trabalho de educação a longo prazo, com campanhas na Tv, rádio, jornais e internet e também diretamente com as pessoas nas ruas.
Há solução para um trânsito mais educado e pacífico no Rio de Janeiro, o que falta é vontade para começar este trabalho.