Fazenda Colubandê, em São Gonçalo, pode ser transformada em parque estadual

O parque será composto pela Capela de Sant’Anna, pela Casa Sede e pela área de aproximadamente 125.000 m², do entorno do conjunto arquitetônico

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Fazenda Colubandê, no município de São Gonçalo, na Região Metropolitana, poderá dar origem a um novo parque estadual. É o que autoriza a Lei 9.661/22, de autoria do ex-deputado Ronaldo Anquieta, que foi sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada na edição extra do Diário Oficial de sexta-feira (29/04).

O parque será composto pela Capela de Sant’Anna, pela Casa Sede e pela área de aproximadamente 125.000 m² do entorno do conjunto arquitetônico. O objetivo é a preservação de um importante patrimônio com relevância histórica, arquitetônica e ambiental, além da implementação da fazenda como equipamento cultural, esportivo e de lazer.

A propriedade é um monumento histórico localizado no Segundo Distrito de São Gonçalo, considerada um importante exemplar da arquitetura rural brasileira, tombada em 1939, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Sua construção se deu por volta de 1620, no bairro de mesmo nome. As instalações da fazenda ficaram sem uso e abandonadas desde a saída do Batalhão de Polícia Florestal e de Meio Ambiente da PMERJ, em julho de 2012, nenhum órgão, no momento, responde pela gestão do imóvel/área.

É evidente a necessidade imediata de intervenção, tendo em vista se tratar da degradação de um patrimônio local de importância histórica, cultural, ambiental e arquitetônica. Ao longo dos anos de abandono, diversas peças foram saqueadas como mobiliários, lustres, disjuntores, torneiras e peças centenárias como o retábulo original de madeira entalhada e com douramento, desaparecido desde 2017”, afirmou o autor do projeto.

O plano diretor do parque vai estabelecer o uso e atividades no espaço, dentre eles os espaços para atividades esportivas e de lazer (como vôlei, futebol, corrida e ciclismo), para atividades culturais (como feira gastronômicas e de artesanato), para atividades de ensino (como estudos de preservação ambiental) – além de construção de um hospital veterinário e de um local para acolhimento de animais.

A gestão do parque ficará com uma série de instituições públicas, dentre elas a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e as secretarias de Polícia Militar, Cultura, Esporte, Ambiente e Casa Civil. Essas instituições poderão formar um grupo de trabalho com outros órgãos, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A medida precisa da regulamentação do Governo do Estado.

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