O Festival de Cinema de Gramado viajou até o Rio de Janeiro, nesta terça (12/7), para anunciar duas grandes novidades: o homenageado com o Troféu Oscarito, principal homenagem do festival, e a criação de uma categoria exclusiva para documentários nas mostras competitivas. O evento realizado no centro da cidade reuniu artistas como Dira Paes e Marcos Palmeira, além dos cineastas Cacá Diegues e Zelito Viana, imprensa e representantes do setor do turismo.
O Troféu Oscarito será entregue ao ator carioca Marcos Palmeira. O cinema faz parte da vida e da família do ator, que é filho do cineasta Zelito e da produtora e atriz Vera Maria de Paula. Além de ter uma vasta carreira no mundo das novelas, Marcos Palmeira tem mais de 40 filmes em sua filmografia. Em Gramado, o ator recebeu seu primeiro Kikito em 1988, pelo papel de Alpino em Dedé Mamata. Outro marco em sua vida foi a 43ª edição do Festival de Cinema, onde homenageou seu pai Zelito com o Troféu Eduardo Abelin.
Para Marcos Palmeira, esse momento é de pura gratidão. “Nunca imaginei isso depois de tantos anos de carreira. Gramado é um divisor de águas na minha vida, tudo começou ali, a partir de Gramado”, relembrou o ator.
Documentários
O Festival de Cinema de Gramado será realizado de 12 a 20 de agosto, no Palácio dos Festivais, no centro da cidade. Pela primeira vez, a organização decidiu ouvir os clamores do público e lançar uma categoria exclusiva para documentários. Dois dos cinco filmes selecionados para participar da mostra competitiva são cariocas, o “Ademã – A vida e as Notas de Ibrahim Sued”, de Isabel Sued Perrin e Paulo Henrique Fontenelle; “Elton Medeiros – O Sol Nascerá”, de Pedro Murad.
Os outros longas documentais escolhidos são “Eu Nativo”, de Ulisses Rocha, “O Destino Está na Origem”, de Pedro de Castro Guimarães, e “Um Par Para Chamar de Meu”, de Kelly Cristina Spinelli, do Pará, de Goiás e de São Paulo, respectivamente. Seleções espalhadas por diferentes regiões do Brasil.
A atriz Dira Paes, que já participou do festival em filmes concorrentes, dessa vez ocupa a função de curadora, ao lado de Marcos Santuario e Soledad Villamil. Ela revelou que adorou participar da curadoria, mas que gosta mesmo é de estar nos filmes. “Eu amo assistir filmes e isso fiz com muito prazer, foram filmes maravilhosos, e agora como curadora eu quero festejar o cinema brasileiro, sentir esse resgate pós-pandemia, o desejo de fazer o festival se conectar com a cidade”, ressaltou.