Fevereiro tem queda de 90% no número de vítimas de bala perdida no Grande Rio

Números foram registrados pela plataforma Fogo Cruzado

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Operação policial no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução Internet)

Dados da plataforma Fogo Cruzado divulgados neste domingo (28/02) mostram que, em fevereiro, foram registrados 375 tiroteios/disparos de arma de fogo na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O número representa uma queda de 6% em comparação com o mesmo período de 2020, quando foram 401 registros. Entre os baleados no Grande Rio em fevereiro, três foram vítimas de bala perdida: um deles não sobreviveu. Houve queda de 90% no número de vítimas em comparação com o mesmo período de 2020, quando 29 foram atingidas (2 morreram e 27 ficaram feridas). 

A pesuisa mostra que também houve redução de 10% nos registros com a participação de agentes de segurança durante o tiroteio/disparo, como por exemplo em operação, ação e assalto a agentes. Do total de tiroteios em fevereiro deste ano (375), em 133 deles houve presença dos agentes. Já no mesmo período de 2020, foram 148 registros com agentes envolvidos.

Ao todo, 186 pessoas foram baleadas em fevereiro: destas, 89 morreram e 97 ficaram feridas. O número de mortos e de feridos é 15% e 17% menor, respectivamente, comparado ao mesmo período de 2020, quando foram 105 mortos e 117 feridos.

Município do Rio líder em tiroteios registrados

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O Rio de Janeiro concentrou 58% dos tiroteios registrados na região metropolitana em fevereiro (375): foram 219 no município. São Gonçalo (45), Duque de Caxias (31), Belford Roxo (29), São João de Meriti (11) e Niterói (10) vieram em seguida no ranking com mais tiroteios.

Em comparação com janeiro, que teve 426 tiroteios/disparos de arma de fogo, fevereiro, com 375 registros, apresentou queda de 12% nos tiroteios. Também houve queda de 23% no número de mortos e de 7% no de feridos: foram 89 mortos e 97 feridos em fevereiro, e 116 mortos e 104 feridos em janeiro.

Dia com maior número de tiroteios em fevereiro e bairros com mais ocorrências

Em fevereiro, o dia 9, com 26 registros, teve o maior número de tiroteios/disparos de arma de fogo no mês. O dia 2 teve o maior número de mortos: foram 13. E o dia 3, com 12, foi o dia com mais feridos. A Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, foi o bairro do Grande Rio que concentrou o maior número de tiroteios/disparos de arma de fogo em fevereiro: foram 22 registros.

A Vila Kennedy, também na Zona Oeste, desceu uma posição no ranking e ficou em segundo lugar, empatada com a Tijuca, com 14 tiroteios/disparos cada. Em seguida, vieram Cidade de Deus (12) e Pauline, em Belford Roxo (11).

Houve 53 tiroteios/disparos de arma de fogo em áreas com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Em 15 desses tiroteios houve participação de agentes de segurança. Ao todo, 2 pessoas foram mortas e 5 pessoas ficaram feridas nessas áreas. Macacos (6), Complexo da Penha (6), Formiga (5), Turano (5) e Borel (5) foram as mais afetadas pelos tiros.

Regiões do Rio com mais registros de confrontos armados

A Zona Norte do Rio, com 112 tiroteios/disparos de arma de fogo, concentrou 30% dos registros da região metropolitana do Rio em fevereiro (375). Em seguida vieram a Baixada Fluminense (94), Zona Oeste (78), Leste Metropolitano (62), região que concentra os municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Rio Bonito, Cachoeira de Macacu e Tanguá, Centro (23) e Zona Sul (6). A Zona Norte também teve o maior número de mortos (30) e a Baixada Fluminense concentrou o maior número de feridos (36).

Chacinas e mortos no Grande Rio

Houve 6 chacinas em fevereiro que deixaram 29 mortos no total. Em todas houve participação de agentes de segurança. Em comparação com o mesmo período de 2020, quando também foram 6 chacinas, houve aumento de 53% na quantidade de mortos: em fevereiro de 2020 foram 19. Em 5 delas houve presença de agentes de segurança.

Ao todo, 14 agentes de segurança foram baleados na Região Metropolitana do Rio em fevereiro: 7 deles morreram (1 em serviço, 4 fora de serviço e 2 aposentados/exonerados) e 7 ficaram feridos (3 em serviço e 4 fora de serviço). O número de agentes baleados é 40% maior que o registrado no mesmo período de 2020, quando 10 foram baleados: 5 mortos (1 em serviço, 3 fora de serviço e 1 aposentado/exonerado) e 5 feridos (1 em serviço e 4 fora de serviço).

Duas crianças (com idade inferior a 12 anos), 5 adolescentes (entre 12 anos e 17 anos) e 1 idoso (com idade a partir de 60 anos) foram baleados no Grande Rio em fevereiro. Destes, 1 criança e 2 adolescentes morreram. Entre as vítimas estava Ray Pinto Faria, de 14 anos. O adolescente foi morto a tiros durante uma operação policial no Campinho, na Zona Norte, no dia 22. Ele, que era conhecido por trabalhar carregando compras de supermercado na região, foi abordado enquanto jogava no celular na porta de casa. Ray só foi encontrado horas depois, já morto, no hospital Salgado Filho, no Méier.

Em fevereiro de 2020, foram 5 crianças, 9 adolescentes e 2 idosos baleados: destes, 5 adolescentes e 1 idoso morreram. No acumulado do ano, de janeiro e fevereiro, o Fogo Cruzado registrou 801 tiroteios/disparos de arma de fogo na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Ao todo, 406 pessoas foram baleadas: destas, 205 morreram e 201 ficaram feridas. Em comparação com o mesmo período de 2020, houve queda de 4% no número de tiroteios, de 8% na quantidade de mortos e de 4% no número de feridos. No acumulado entre janeiro e fevereiro de 2020 foram 831 tiroteios, que deixaram 433 pessoas baleadas (223 mortas e 210 feridas).

Veja o relatório completo no site.

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