Fiéis da Assembleia de Deus rejeitam Lula; Flávio Bolsonaro e Otoni de Paula lideram corrida para o Senado

Pesquisa do instituto Prefab Future avalia opinião dos evangélicos sobre o governo federal e o cenário eleitoral de 2026

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Foto: Divulgação/TSE

O instituto Prefab Future iniciou uma série de estudos sobre o comportamento do eleitorado de olho nas eleições de 2026. A primeira fase da pesquisa, realizada em 2 de fevereiro, entrevistou 730 fiéis da Assembleia de Deus na capital, região metropolitana e Baixada Fluminense. A margem de erro do levantamento é de 3,8%.

A sondagem avaliou a percepção dos entrevistados sobre os governos Lula e Bolsonaro, além de medir a intenção de voto para o Senado no Rio de Janeiro. Na próxima semana, o instituto ampliará a pesquisa para ouvir outras denominações evangélicas em todo o estado e, no fim de semana, realizará sua primeira pesquisa sobre a disputa para o governo estadual. Em março, será feita a primeira sondagem nacional para a Presidência da República.

“Vamos fazer estudos em vários segmentos para cruzar esses dados com nossas pesquisas qualitativas e entender para onde está indo o eleitorado fluminense”, explica João Nonato, cientista político do Prefab Future.


Rejeição a Lula e aprovação de Bolsonaro entre os fiéis

Os pesquisadores perguntaram aos entrevistados se aprovam ou não o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os resultados foram os seguintes:

  • Não aprovam: 79,9%
  • Aprovam: 10,3%
  • Não sabem avaliar: 9,8%

Já a avaliação do governo Jair Bolsonaro (2019-2022) entre os fiéis da Assembleia de Deus teve os seguintes números:

  • Aprovaram: 67,8%
  • Não aprovaram: 21,1%
  • Não sabem avaliar: 11,1%

Os números mostram uma forte rejeição a Lula e um elevado nível de apoio ao governo Bolsonaro dentro desse segmento do eleitorado evangélico.


Avaliação do governo Cláudio Castro

O levantamento também avaliou a imagem do governador Cláudio Castro (PL). Os resultados foram:

  • Não aprovam: 37,9%
  • Aprovam: 27,8%
  • Não sabem avaliar: 34,3%

Segundo Henrique Serra, diretor de pesquisas quantitativas do Prefab Future, a disputa para o governo do estado será analisada em uma pesquisa estadual separada. No entanto, o instituto decidiu medir a intenção de voto para o Senado, especialmente considerando a possível candidatura de Cláudio Castro, mencionada durante uma recente live com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Deixamos a sondagem para governador para a nossa pesquisa estadual, mas quisemos saber os números para o senado, para entender o papel de determinados atores”, diz Henrique Serra, diretor de pesquisas quantificas do Prefab Future. “Quando fomos a campo não tínhamos a informação de que Cláudio Castro poderia ser pré-candidato ao senado, o que teve uma indicação nesta segunda na live do governador com o senador Flávio Bolsonaro. Mas nas próximas pesquisas vamos incluí-lo”.


Corrida para o Senado no Rio de Janeiro

A pesquisa também mediu a intenção de voto para o Senado em uma pergunta induzida. Os resultados foram os seguintes:

  • Flávio Bolsonaro (PL): 30,2%
  • Otoni de Paula (MDB): 19,9%
  • Pedro Paulo (PSD): 1,7%
  • Carlos Portinho (PL): 0,8%
  • Não sabe ou indeciso: 31,4%
  • Branco ou nulo: 16%

Os números mostram Flávio Bolsonaro na liderança, seguido pelo deputado federal Otoni de Paula, enquanto Pedro Paulo e Portinho registram baixos índices de apoio.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Agora já temos mais certeza ainda ‘em quem não votar’ para as gerais de 2026. A família Ogro é mais uma das que tornam o Rio num canavial anacrônico, assim como os Cunhas, Garotinhos e outros lobbies da ALERJ e Câmara…para um Estado laico e democrático, evitar talibãgélicos e oportunistas pseudo-religiosos retrógrados é nossa missão. Estejamos alertas.

  2. Ainda bem que a Assembleia não governa o Brasil. Se fizessem uma pesquisa no quartel ia dar 100% de rejeição ao Lula.

    O Brasil distópico é um Evangelistão Militarizado.

    Pesquisa de PERCEPÇÃO é diferente de pesquisa de opinião. Nem todo mundo tem opinião sobre tudo. As pessoas precisam de mais informações pra ter uma opinião formada. O que a mídia encomenda frequentemente são pesquisas que atestem a percepção do público em relação ao que ela produz. Coleta de feedback e ajuste.

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