Fiocruz produz 60 milhões de testes de antígeno para o SUS

A instituição também vai treinar das equipes e assistência técnica e científica nas localidades a serem definidas pelo Ministério da Saúde

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Foto: Bio-Manguinhos/Fiocruz

A Fiocruz assumirá mais um desafio no enfrentamento à Covid-19 com a produção e fornecimento de cerca de 60 milhões de testes de antígeno para o Ministério da Saúde (MS) até o final deste ano. Os testes serão fornecidos de acordo com a demanda da pasta.

Além da produção, a instituição também ficará responsável pelo treinamento das equipes e assistência técnica e científica nas localidades a serem definidas pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, uma ampla estratégia de testagem tem um papel fundamental no monitoramento das epidemias e de suas tendências, sendo uma ferramenta para conter, desacelerar e reduzir a propagação do vírus.

“Os testes de antígeno, combinados à estratégia dos testes moleculares, poderão ampliar a testagem no país, permitindo identificar rapidamente os infectados e implantar uma estratégia de rastreamento dos contatos do indivíduo que podem estar também infectados. Com isso, as autoridades de saúde podem fazer uma intervenção mais efetiva e direcionada, detectando e isolando os infectados e interrompendo a cadeia de transmissão do vírus”, explicou Krieger.

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A Fundação continuará produzindo os testes moleculares (RT-PCR), considerados o padrão ouro para detecção do vírus. Após a entrega de 11,7 milhões de testes moleculares, recentemente foi firmado um novo acordo com o Ministério, para a produção de mais 13,7 milhões de testes RT-PCR.

Segundo os especialistas da Fiocruz envolvidos no projeto, é importante ampliar o número de produtos relacionados à testagem, a exemplo da incorporação do teste de antígeno, mas sempre considerando uma estratégia integrada que considere as vantagens e os objetivos de cada um deles. O RT-PCR, por exemplo, além de ser considerado o teste mais preciso para o diagnóstico da doença, também é o único capaz de sustentar uma ação de vigilância genômica, uma vez que o monitoramento das variantes depende do sequenciamento das amostras desse tipo de teste.

Tanto os testes de antígeno como os testes moleculares (RT-PCR), servem para detectar a presença do vírus Sars-CoV-2 durante a infecção. No entanto, as metodologias de testagem seguem caminhos diferentes e têm sensibilidade e tempo de processamento também distintos.

O RT-PCR busca encontrar material genético do vírus, chamado de RNA, e requer o envio a laboratórios especializados, que processam a amostra e identificam o vírus. Por isso, o processamento pode levar algumas horas, depende de equipamentos sofisticados e é considerado o padrão ouro na detecção do vírus.

Por sua vez, o teste de antígeno busca por proteínas específicas na superfície do vírus que podem identificá-lo. A coleta é feita da mesma forma que o RT-PCR, com amostra de nasofaringe, mas seu processamento é muito mais rápido, sendo possível obter um resultado em 15 minutos. A infraestrutura utilizada não precisa ser sofisticada e o processamento pode ser feito no próprio local da coleta, a partir da mistura de uma solução, responsável por liberar as proteínas virais e uma tira de papel especial que contém anticorpos, que se ligarão a essas proteínas, em caso de resultado positivo. A sensibilidade é um pouco menor que a do RT-PCR, mas ainda assim, é considerada alta, com potencial acima de 95%.

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Costa do mar, do Rio, Carioca, da Zona Sul à Oeste, litorânea e pisciana. Como peixe nos meandros da cidade, circulante, aspirante à justiça - advogada, engajada, jornalista aspirante. Do tantã das avenidas, dos blocos de carnaval à força de transformação da política acreditando na informação como salvaguarda de um novo tempo: sonhadora ansiosa por fazer-valer!
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