Os efeitos da crise do Coronavírus e a queda de mais de 50% do preço do barril do petróleo devem levar a economia do Estado do Rio a uma queda de 4,6% neste ano, segundo levantamento da Gerência de Estudos Econômicos da Firjan. Se confirmada, será a maior retração do Produto Interno Bruto (PIB) fluminense desde 2002, início da série da Firjan.
A previsão leva em consideração o período de isolamento dos que podem ficar em casa por três meses. A indústria sofreria o maior baque, com queda de 5,3% este ano, na comparação com 2019. Outros setores, como serviços, podem cair 4,3%. Já a agricultura, menos afetada, teria encolhimento de 1%.
Os números mostram que a crise do Rio poderá ser maior do que a dos demais estados. Além do impacto na arrecadação de impostos, como ICMS, sentida nos caixas de todos os governadores com as restrições no consumo, o estado enfrenta a desvalorização do barril do petróleo, commodity com forte relevância na estrutura produtiva local e nos cofres públicos.Em 2019, parte da recuperação da economia fluminense foi puxada pela indústria extrativa de óleo e gás.
A mudança de cenário ocorre no momento que a economia fluminense esboçava uma gradual retomada, após amargar perdas de 8% do PIB no triênio entre 2015 e 2017. Setores como serviço e comércio começaram a registrar, no ano passado, um início de retomada mais consistente.
As informações são do portal Agenda do Poder.