Firjan projeta crescimento de 2,6% para economia do RJ em 2025 apesar das incertezas

Após alta de 3,9% em 2024, Firjan projeta crescimento de 2,6% para economia do Rio em 2025, com destaque para os setores de petróleo, construção e indústria.

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Imagem: Nobrudrone

A economia do estado do Rio de Janeiro registrou crescimento de 3,9% em 2024, superando a média nacional de 3,4%, segundo análise da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Com esse resultado, o Produto Interno Bruto (PIB) fluminense alcançou R$ 1,3 trilhão em valores correntes, encerrando o ano com o quarto avanço anual consecutivo após um período de retração acumulada de 5,4%.

Para 2025, a Firjan projeta uma expansão de 2,6%, mesmo diante das incertezas nos cenários nacional e internacional. “Consideramos que a cadeia do petróleo e as obras de infraestrutura, como os projetos habitacionais, seguem oferecendo perspectivas positivas, atenuando os impactos de um cenário adverso”, afirmou o presidente da federação, Luiz Césio Caetano.

O crescimento de 2024 foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços, que representa cerca de 51% do PIB estadual e cresceu 4,3% no ano, beneficiado pelo aumento da renda real, redução da taxa de desemprego para 8,2% e pela expansão do turismo e do comércio. A indústria também teve desempenho positivo, com alta de 2,7%, sustentada pelo crescimento em todos os segmentos.

Na indústria extrativa, o crescimento foi de 2,1%, reflexo da manutenção do alto nível de produção de óleo e gás, apesar de interrupções nas plataformas. Já a indústria de transformação avançou 4,4%, com destaque para os setores automotivo, químico e de manutenção de equipamentos. A construção civil cresceu 4,7%, alavancada pelo programa Novo PAC, e foi responsável por 36% dos novos postos de trabalho no setor industrial.

Para este ano, a indústria extrativa deve acelerar, com expectativa de crescimento de 3,8%, impulsionada pela entrada de novas plataformas de petróleo. A construção civil deve registrar avanço de 4,8%, apesar das limitações impostas pelos juros elevados e pela escassez de mão de obra. Já a indústria de transformação deve crescer 3,7%, com apoio do setor de derivados de petróleo e da indústria automotiva, que se beneficia da demanda reprimida por veículos pesados.

O cenário, no entanto, ainda é de cautela. A política monetária restritiva e o elevado custo do crédito seguem como entraves ao crescimento mais amplo, sobretudo nos segmentos industriais mais sensíveis à taxa de juros. “O ano de 2025 é ainda mais desafiador, pois, anos pré-eleitorais costumam ser marcados por medidas que podem comprometer a credibilidade fiscal, intensificar pressões inflacionárias e dificultar a redução da taxa de juros”, alerta Luiz Césio Caetano.

No plano global, tensões comerciais e a desaceleração da China são fatores de risco. A recuperação da economia argentina, por outro lado, é apontada pela Firjan como uma possível alavanca para o comércio bilateral e para a economia fluminense.

A previsão para o setor de serviços em 2025 é de um crescimento mais moderado, estimado em 1,8%, diante do cenário financeiro restritivo. Ainda assim, a agenda de eventos internacionais e turísticos previstos no estado pode impulsionar esse desempenho e aproximá-lo do patamar máximo já alcançado em 2014.

A Firjan conclui que, mesmo em um ambiente de incertezas, a economia fluminense deve manter desempenho superior ao nacional, com a cadeia do petróleo, a infraestrutura e a indústria de transformação como vetores centrais para a expansão em 2025.

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