A força-tarefa de combate a crimes ambientais, coordenada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, demoliu quatro construções irregulares na manhã desta terça-feira (15/02) na Rua Otto Stupakoff, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. Além da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura, a ação contou com o Ministério Público (MPRJ), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da Polícia Militar (PM) Ambiental e a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA). O prejuízo estimado com a operação de demolição e embargo é de R$ 5,2 milhões.
O condomínio de casas de alto padrão – com até três andares – estava sendo erguido num território de 12 mil metros quadrados. As ações da força-tarefa buscam conter o desmatamento de áreas ambientalmente protegidas. Diversos crimes ambientais eram cometidos no local, como desmatamento, terraplanagem, loteamento ilegal e desvio de curso d’água na zona de amortecimento do Parque Estadual da Pedra Branca.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere, reforçou que não havia qualquer documento ou licença para as intervenções. Uma placa, sem qualquer número de processo, foi instalada no local. As ligações de luz eram irregulares.
“Os autores dessas obras receberem diversos avisos de que não poderiam prosseguir com o condomínio. Ignoraram. Temos mais um caso de um empreendimento ilegalizável: lotes com uma série de crimes ambientais a poucos metros da Pedra Branca. No Rio, hoje, investir os recursos em áreas protegidas é um péssimo negócio. Esse é o nosso recado”, disse Cavaliere.
As obras já haviam sido embargadas sete vezes pela prefeitura do Rio, desde março de 2020, mas os responsáveis pelo crime continuaram em ritmo acelerado. No local houve desvio do curso natural de um rio para impermeabilizar a Rua Otto Stupakoff e construir uma calha de drenagem com vazão menor, gerando carreamento de terra para as áreas mais baixas e condomínio vizinhos