Uma operação integrada do Governo do Estado do Rio de Janeiro, realizada entre os dias 7 e 8 de maio, resultou no resgate de 167 aves silvestres vítimas de tráfico e na prisão de um dos principais criminosos do ramo. A ação contou com a atuação conjunta da Polícia Civil, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Polícia Federal e do Ibama, e teve como foco os municípios de Rio Bonito e Magé.
Na quarta-feira (7), os agentes interceptaram o principal alvo da operação na BR-101, em Rio Bonito. Conhecido como “Juninho de Magé”, o homem é apontado como o maior traficante de animais silvestres do estado. Ele foi preso em flagrante transportando 163 aves em condições degradantes, sem ventilação, alimento ou água, acondicionadas em sacolas plásticas.
Na quinta-feira (8), as equipes seguiram até os locais utilizados como cativeiros clandestinos em Magé, onde encontraram mais aves silvestres e exóticas, incluindo Calafates (Lonchura oryzivora), Tiziu (Volatinia jacarina) e Coleirinho (Sporophila caerulescens). Cinco animais já estavam mortos.
“Estamos protegendo não só as espécies ameaçadas, mas também o equilíbrio ambiental e o futuro das próximas gerações. Vamos continuar investindo em inteligência, fiscalização e parcerias para combater o tráfico de animais com todo o rigor da lei”, afirmou o governador Cláudio Castro.
De acordo com o secretário estadual de Ambiente, Bernardo Rossi, o uso de inteligência integrada foi decisivo: “Proteger a nossa rica biodiversidade é a nossa maior missão”.
A maior parte das aves foi devolvida à natureza, enquanto os Calafates, por serem espécies exóticas, foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), em Seropédica, onde passarão por avaliação veterinária.
Os responsáveis responderão por crime ambiental, incluindo cativeiro ilegal e maus-tratos a animais silvestres e exóticos, com base na legislação vigente.
