Funcionários denunciam falta de médicos e enfermeiros no Hospital de Campanha do Riocentro

Eles denunciam também a falta de insumos e medicamentos. Direção do hospital afirma que os estoques estão cheios

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Foto: Hospital de Campanha do Riocentro - Marcos de Paula/ Prefeitura do Rio

Denúncias de médicos e enfermeiros afirmam que faltam equipes para realizar atendimento adequado aos pacientes internados no Hospital de Campanha do Riocentro, na Zona Oeste do Rio. Eles também afirmam que faltam remédios e que os pacientes de Covid-19 continuam chegando.

Em declaração ao portal de notícias G1, um funcionário relatou falta até mesmo de dipirona, que é uma medicação boba. Outro disse que “durante o plantão do dia, 13 pacientes vieram a óbito. É um número muito grande num hospital que não tem médico e enfermeiro“.

Os funcionários dizem que as equipes estão sobrecarregadas porque o quadro está desfalcado já que alguns funcionários já foram dispensados e que os salários chegam errados.

Médicos do hospital de campanha afirmam que no local existem cinco centros de terapia intensiva. Mas que apenas três CTIs, com 14 leitos cada, estavam funcionando. Eles dizem também que, com a chegada de mais pacientes na última semana, foi preciso abrir o quarto CTI, sem que fosse feita a contratação de mais profissionais, sobrecarregando os médicos.

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O censo hospitalar do SUS confirma que o número de pacientes aumentou no Hospital de Campanha do Riocentro. A unidade tem 94 pessoas internadas. Há um mês, eram 50 pacientes. Os funcionários não sabem o que fazer para atender tanta gente sem a equipe necessária.

Enquanto um hospital está tão sobrecarregado, existem leitos que não estão sendo usados em outros hospitais da rede. O Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte, referência para Covid, é um exemplo. O censo hospitalar mostra que ainda tem 95 leitos impedidos na unidade. Ou seja, bloqueados no sistema de regulação para receber pacientes. Dados do censo hospitalar do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde mostram que a rede SUS da capital tem ao todo 1.709 leitos impedidos. Há ainda 924 leitos livres, que poderiam receber pacientes.

“É preciso dizer que, graça a Deus, nos afastamos muito daquela fase epidêmica da doença, lá em maio, onde tínhamos três mil pessoas. Há muitos dias estamos nos mantendo com 800 pessoas. É preciso ficar atento porque a cidade assistiu o fechamento de hospitais de campanha, seja dos que potencialmente nunca receberam pacientes, e os filantrópicos. Menos da metade dos nossos pacientes estão entubados”, disse a secretária Municipal de Saúde, Beatriz Busch.

Ela destacou que o Hospital do Riocentro tem 1.449 funcionários trabalhando, que não faltam insumos e que os problemas nos salários acontecem porque os profissionais foram contratados em épocas variadas. Mas, segundo ela, o pagamento está sendo regularizado com folhas suplementares.

O diretor do Hospital do Riocentro, César Fontes, também afirmou que não faltam medicamentos na unidade, muito menos para pacientes graves. Segundo ele, as geladeiras e prateleiras do estoque estão cheias de medicamentos.

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1 COMENTÁRIO

  1. […] O estado do RJ tem mais de 233 mil casos de coronavírus, sendo 93.652 só na capital. Atualmente, 59 pacientes estão internados nas UTIs do Hospital de Campanha do Riocentro, além de 57 pacientes na enfermaria, que podem precisar de UTI a qualquer momento. Médicos denunciam que não há profissionais de saúde para cuidar de todos eles. […]

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