O vereador Gabriel Monteiro (PL) voltou a fazer as suas rotineiras fiscalizações em unidades de saúde do Rio. Nesta quarta-feira (13/04), ele esteve na UPA de Rocha Miranda, na Zona Norte da cidade. A vistoria de Monteiro pode ter descumprido uma decisão judicial da última segunda-feira (11/04), que proíbe o político de entrar armado nos centros médicos, além de só estar acompanhado de um assessor. Segundo a prefeitura, Gabriel Monteiro estava com mais quatro pessoas.
Ainda de acordo com o comunicado do município, a visita do vereador só terminou com a chegada de policiais, devido ao “comportamento agressivo” de Monteiro com profissionais de saúde da unidade. Havia quatro médicos de plantão na unidade, de acordo com a nota da prefeitura. A decisão determinava a intimação do vereador. Não há informações, no entanto, se ele chegou a ser intimado.
O Conselho Regional de Medicina (Cremerj), autor da ação que provocou a decisão judicial, informou que vai novamente à Justiça Federal devido ao suposto descumprimento das determinações.
Segundo o conselho, o vereador vinha fazendo essas vistorias armado, ameaçando e constrangendo os médicos. Além disso, ele estaria fazendo vídeos distorcidos, que expunham os profissionais.
Tudo ficaria melhor se houvesse transparência…
Não há transparência no serviço público.
Mesmo na era da informação com meios informáticos disponíveis, à população não são fornecidos dados em tempo real.
Era o mínimo saber quantos agentes públicos estão naquele exato momento em atividade no estabelecimento de saúde, educação, segurança pública a partir do registro de ponto, devendo ainda informar quanto tempo que o profissional está no local e o tempo de descanso entre pausa e outra eventualmente existente de turnos e de refeição na jornada de trabalho. Tudo isso possível mediante registros de ponto eletrônico por reconhecimento digital, facial ou Iris, além de matrícula e senha eventualmente.
Logo na entrada deveria haver um telão informando, além da página da Internet da Secretaria de Governo a qual o órgão está vinculado.
A preservação da identidade completa somente nos casos necessários por questão de segurança.
Caso tudo isso fosse nenhum parlamentar como este teria o que fazer para aparecer. Mas infelizmente o que vemos são casos noticiados na imprensa de agentes com mais de uma matrícula e em horários incompatíveis para cumulação de cargos públicos e mesmo particular com público.