Ganime: Enfim, o Brasil na era tecnológica de última geração

Para Paulo Ganime a conectividade avançada vai permitir futuramente ao país ultrapassar o imaginário nas mais diversas áreas

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Foto: Liderança Novo

Demorou, mas enfim o Brasil deu um salto tecnológico rumo ao futuro das telecomunicações. No último dia 4, o governo federal realizou um leilão para pôr o país na era da internet digital de quinta geração, que já é operada comercialmente por 65 países no mundo. Esse é o primeiro passo para revolucionar a conectividade no dia a dia da população e em diversos setores da economia brasileira.

A chegada da tecnologia 5G ao país vem renovar inclusive a nossa esperança de garantir a inclusão digital nas escolas públicas. Isso graças à atuação da Frente Parlamentar Mista da Economia e Cidadania Digital da Câmara dos Deputados, que junto a outras entidades, conseguiu incluir no edital do leilão a obrigação de se levar internet móvel de qualidade às escolas públicas de educação básica de todo o país.

Mais de 5,5 milhões de crianças e adolescentes que ficaram, e muitos ainda estão, sem acesso ao ensino em 2020 por conta da pandemia de Covid-19, poderão ser beneficiados. Além disso, agora será possível evitar que o país regrida duas décadas no acesso à educação, conforme estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A conectividade avançada vai permitir futuramente ao país ultrapassar o imaginário nas mais diversas áreas. Na saúde, por exemplo, será possível fazer consultas remotas e até cirurgias à distância por meio da telemedicina, cujo uso no país foi autorizado por meio de um projeto de lei de minha coautoria. A indústria poderá conectar máquinas à internet sem fio e controlar robôs à distância; surgirão cidades inteligentes, eletrodomésticos serão acessados por celular, e muitos outros avanços.

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Milhões de brasileiros poderão desfrutar desse avanço tecnológico, que permite conexões de altíssima velocidade à internet, tanto para uso doméstico como profissional. Nas visitas a diversos municípios fluminenses, com o meu projeto “Ganime na Estrada”, tenho constatado as deficiências na comunicação digital em todos os cantos do estado do Rio de Janeiro. E estou falando da segunda maior economia do país. Já perdi as contas de quantas vezes ficamos incomunicáveis. E convenhamos, é muito ruim!

Por outro lado, a cidade do Rio de Janeiro está se preparando para a chegada da nova tecnologia. O PLC 19/2021, que tem entre os autores o meu colega Pedro Duarte (NOVO), propõe regulamentar a instalação e o compartilhamento das antenas para a tecnologia 5G no município para se tornar aderente à Lei Geral de Antenas (LGA), do governo federal. A proposta é modernizar a legislação, simplificando o licenciamento das antenas (5G demanda maior quantidade de equipamentos) para a cidade estar apta a receber novos investimentos. O projeto de lei foi sancionado pelo Executivo com vetos e volta agora para nova análise da Câmara Municipal do Rio.

No Brasil, a situação é bastante complicada. Apenas sete das 27 capitais estão prontas para receber a nova tecnologia, conforme levantamento do Conexis Brasil Digital, uma entidade que reúne as principais operadoras de telecomunicações e de conectividade do país. Outras quatro capitais, entre elas o Rio de Janeiro, estão se preparando para a novidade. E precisam correr, porque estas serão as primeiras beneficiadas.

As mudanças vão começar a chegar, inclusive nas áreas mais remotas. Não de forma imediata, afinal as operadoras precisam cumprir obrigações e prazos fixados. Mas já é um grande avanço. As capitais brasileiras, por exemplo, deverão ter cobertura 5G até julho de 2022, enquanto as demais cidades com mais de 30 mil habitantes, até 2028. Entre outras obrigações, as operadoras terão que expandir a infraestrutura de fibra ótica na região Amazônica, levar internet a 9.600 localidades rurais e 31,5 mil km de rodovias federais. É o futuro à vista!

Todas essas possibilidades tecnológicas que vão surgir em breve para o brasileiro só terão sucesso efetivamente com a implantação de uma política de letramento digital para preparar os profissionais. Não basta ter tecnologia de ponta se não houver capacitação das pessoas para lidarem com as novas ferramentas digitais. É preciso também fiscalizar e cobrar dos novos operadores que cumpram cada item acordado. E é esse desafio que estou assumindo, não apenas como defensor das pautas de transformação digital na Câmara dos Deputados, mas também agora como novo vice-presidente para o Congresso da Frente Digital.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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