Gerson Grassi: Sobre o desfecho do terrorista da ponte Rio-Niterói

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O dia era de cotidiano, trabalhadores acordando cedo para pegar o transporte coletivo para começarem mais um dia de árduo trabalho para pagar os impostos e com o que sobra lhes garantir a sobrevivência. Impostos que lhe garantem, inclusive, segurança. Mas nem todos os dias são iguais.

Os trabalhadores não sabiam que nesse trajeto se encontrariam com William Augusto da Silva, 20 anos. Enquanto alguns meios de comunicação o chamam de marginal e outros de sequestrador, gostaria de deixar aqui a definição mais perfeita desse ser humano.

Terrorismo: Ato de violência contra um indivíduo ou uma comunidade, com o objetivo de provocar transformação radical da ordem estabelecida ( Dicionário Michaelis – http://michaelis.uol.com.br/busca?id=lawvO).

Sendo assim, esse terrorista torturou psicologicamente os trabalhadores por horas e horas, melhor definição para William. Afinal, o argumento pela intimidação é uma confissão de impotência intelectual, ainda mais quando percebemos sua relutância em negociar que os inocentes saiam com vida.

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Acho interessante o fato da grande discussão nas redes sociais ser em torno da quantidade de tiros utilizados para neutralizar um terrorista e poupar a vida de tantos cidadãos. Nunca pensei que em um país onde o porte de arma é absurdamente restrita e a posse mais ainda, tivéssemos tantos especialistas em ações de guerrilha urbana contra terroristas. Mas até este ponto, não me surpreendo, brasileiro tem o costume de ter opinião para tudo, mesmo quando não tem nada dizer, terá algo que julgue pertinente ser dito. Aprendemos a ignorar, melhor coisa a fazer.

O que mais me impressionou foi o fato de alguns influencers, digitais e não digitais, estarem apenas se solidarizando com a mãe do terrorista. Esclareço, a dor da perda de um filho é algo inexplicável, mas não podemos nos esquecer que esse filho foi um terrorista que não optou pelas negociações e culminou em uma ação abrupta, mas necessária, para que outras 20 mães não perdessem seus filhos de bem. Não devemos incentivar a execução, mas sim louvar as vidas poupadas.

Aqueles que permaneceram na ponte brincando de altinha e soltando pipa, demonstrando a maestreza do jeitinho brasileiro, apenas inviabilizaram que a operação pudesse ocorrer de forma apropriada em ambas as vias. Estes deviam ter dado ré e espaço pra que os policiais tivessem mais espaço para abordagem e ação, inclusive preservando os inocentes que poderiam ser pegos de surpresa.

De fato, o brasileiro tem que ser estudado, a começar para descobrirmos em que ponto tivemos a inversão de valores. Ao sniper que poupou o sofrimento de mais de 20 mães, minhas congratulações. A operação policial que evitou que este ônibus fosse apenas mais um caso igual ao do 174, minhas congratulações. Aos influencers que se simpatizam com o terrorista e os especialistas balísticos, por favor, influenciem no que sabem influenciar e deixem as operações com os especialistas.

Encerro com uma frase de Ayn Rand que descreve a ação do terrorista de forma clara: “Só existem duas formas dos homens lidarem uns com os outros: Armas ou lógica. Força ou persuasão. Aqueles que sabem que não podem vencer por meio da lógica sempre recorrem às armas.

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3 COMENTÁRIOS

  1. E a Opinião da Redação, longe de trazer fundamentos respeitáveis e citar frases de criminologistas, penalistas famosos, transcreve frase solta de escritora dramaturga???

  2. O “especialista” da Redação se insurge contra a opinião divergente da realidade colocada pelo Estado e os poderosos da mídia elitista (que inclui este Diário) mas não mostra suas credenciais na criminologia, no estudo do direito penal etc.
    Incrível isso!

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