Glitter usado no Carnaval faz mal ao oceano

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O glitter, que virou moda no Carnaval e em outros eventos, dando brilho às festas, simbolizando felicidade, não proporciona a mesma alegria à vida marítima. As pequenas partículas brilhantes são feitas de plástico, que é tingido e cortado em pequenos pedaços. E, como todos sabem, plástico não é um material biodegradável – sendo, ainda, o maior poluente dos oceanos.

De acordo com pesquisadores, o glitter, quando escorre pelo ralo após o banho, por ser formado de partículas pequenas demais para serem filtradas no sistema de tratamento de esgoto, acaba parando em rios e mares e fazendo mal a seres vivos marinhos. O glitter é considerado um microplástico. Os chamados microplásticos são partículas formadas por plástico que têm menos de 5 milímetros.



“Pesquisas recentes dão conta de que microplásticos perturbam o início da cadeia de alimentação aquática, como os plânctons. Também afetam ostras e mexilhões. Os microplásticos ingeridos por esses organismos podem afetar seu crescimento e atrapalhar sua alimentação como um todo – e consequentemente impactar toda a cadeia de alimentação. Plânctons, por exemplo, são um alimento dos peixes, que, por sua vez, alimentam os humanos”, contou Trisia Farrelly, da Universidade de Massey, na Nova Zelândia, especialista em ecologia urbana, à BBC.

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Algumas empresas no Brasil e no mundo praticam uma solução brilhante para o problema: o glitter biodegradável. No entanto, ainda são estruturas pequenas. Só existe uma fábrica no mundo que produz assim em grande escala, fica em Londres, na Inglaterra.

Aqui, no Rio de Janeiro, a Pura Bioglitter abraçou a causa. A empresa, hoje com seis pessoas trabalhando, sobretudo com encomendas para o carnaval carioca, usa, basicamente, mica e ágar para fabricar seus glitters.

“Hoje já tem bastante gente fazendo, mas ainda é uma coisa meio artesanal, mesmo. A nossa empresa foi criada por essa indignação, por conta da questão do glitter ser feito de plástico. Em 2016, a Francis Sansão fundou a Bioglitter e passou a vender para o carnaval de 2017”, contou Luciana Duarte, uma das sócias da marca.

A empresa recebe pedidos pela internet, através das redes sociais e da loja virtual. Além disso, tem um escritório no centro do Rio, que também serve de fábrica.

 

 

 

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