Como a maioria das grandes empresas globais, a direção do Google emitiu um comunicado aos funcionários no qual determina o retorno ao escritório mais próximo em horário híbrido. A determinação segue um posicionamento mais amplo quanto ao trabalho presencial no Vale do Silício.
O comunicado, que foi repercutido pelo canal americano CNBC, segundo O Globo, inclui funcionários remotos do Google Technical Services e People Operations.
Aos primeiros foram dadas as opções de mudança para um horário de escritório híbrido ou demissão voluntária. Os colaboradores de recursos humanos, por sua vez, devem voltar aos escritórios em jornadas híbridas, ou os seus postos serão eliminadas.
Segundo a CNBC, a companhia oferece aos funcionários remotos dos Serviços Técnicos uma quantia para que se mudem para um raio de 50 milhas de um escritório da companhia americana.
O trabalho remoto foi adotado durante a pandemia da COVID-19, como uma medida paliativa para que as empresas pudessem funcionar e, ao mesmo tempo, garantir a integridade dos seus funcionários e suas famílias. Uma vez findada a emergência sanitária, a maioria das empresas retomou, integral ou parcialmente, as atividades nos escritórios em consonância com as suas necessidades.
Desde o início do ano, o Google tem atuado contra funcionários que tentam inviabilizar a retorno às dependências da empresa. Entre as medidas adotadas está a demissão voluntária, caso não retomassem, ao menos, três dias semanais de trabalho presencial.
Em fevereiro, o cofundador do Google, Sergey Brin, voltou ao escritório para liderar os esforços para a elaboração da IA da empresa, Gemini, e pediu aos colaboradores que trabalhassem presencialmente todos dos dias da semana, reforçando que “60 horas por semana é o ponto ideal de produtividade”.
A resposta dos funcionários não foi imediata, mas um porta-voz do Google disse à CNBC: “Como já dissemos antes, a colaboração presencial é uma parte importante da forma como inovamos e resolvemos problemas complexos”.
A posição foi reforçada pelo representante da empresa, Courtenay Mencini: “Para apoiar isso, algumas equipes pediram aos funcionários remotos que moram perto de um escritório que retornem ao trabalho presencial três dias por semana”.
Em 2024, as gigantes globais de vários setores, como: Amazon, Apple, Disney, Meta (Facebook), Dell, JPMorgan, Goldman Sachs, Tesla, X, BlackRock, Starbucks, determinaram que seus funcionários voltassem parcial ou integralmente aos escritórios.
No Brasil, a tendência laboral não tem sido diferente, com empresas como o Nubank, L’Oréal, Cora, Neon, Petrobras, Arctouch, Mondel?z Internacional, CI&T, Afferolab, Phonetrack e Atlantic Tax & Advisory,adotando, pelo menos, jornadas híbridas de trabalho.
No caso das empresas de tecnologia, a busca pela produção eficiente, diante de um cenário altamente competitivo, tem obrigado o Vale do Silício a reduzir o número de funcionários e intensificar o uso da IA no fluxo de trabalho.
Ainda assim, houve uma motivação para levar os funcionários ao escritório, sob o argumento de ganhos de produtividade e maior colaboração. As movimentações das empresas têm sido avaliadas, por alguns especialistas, como pressões de incentivo às demissões voluntárias.
No ramo imobiliário, o trabalho remoto foi negativamente percebido através de altas taxas de vacância de escritórios, acima de 20%, nas principais cidades dos EUA.
A disponibilidade de espaço obrigou os proprietários corporativos a reduzirem os preços dos aluguéis e a requalificarem as lajes para uso residencial ou misto.
A recessão intensificou a pressão para que as empresas voltassem a ocupar os espaços vazios; pagos a peso de ouro.
O que você precisa fazer quando quer manter um recurso de valor, não escasso, para ser competitivo? Matando a concorrência. É o caso dos imóveis do Centro. Estão sobrando zilhões de salas, andares e prédios a ocupar. Em vez de investir em transporte eficiente e internet que suporte demanda e com estabilidade para tirar gente da concentração em espaço reduzido, você prefere trazer as pessoas para ocupar salas apenas para manter valor das estruturas, desvalorizadas drasticamente nos últimos 10 anos. É a destruição da produtividade. Seria bom a matéria realmente lançar notícia do que a empresa citada (multinacional) oferece como pacote atrativo a seus funcionários no Brasil, como outras foram (também estrangeiras). Será surpresa para zero pessoas que elas cobram produtividade, mas pagam bem, muito acima das concorrentes locais, com bons benefícios e estruturas “totalflex” para trabalho multitarefa a seus colaboradores. Diferente do que a gestão imobiliária tenta vender como “uma coisa boa”.
Retrocesso! As maiores empresas de tecnologia vem nessa contramão. Nosso país é uma piada pronta.
Saga do Diário do Rio contra o home office. Temporada 347, episódio 9938 – Coação do Google
Veja: o Google está dando ajuda de custos para que a pessoa more próximo a empresa. Aqui o disgramado do patrão mora perto da empresa e vai de carro. Ele faz os funcionários saírem de Santa Cruz, pegar trem lotado pra fazer o bullshit job sem valor dele NA EMPRESA.
A comparação entre uma Big Tech que produz valor de verdade é uma empresa típica brasileira é insana. Mas o modelo das Big Techs é que “inspira” o empresário brasileiro…Só nessas partes que inferniza a vida do trabalhador, né?
Como eu citei: é uma piada pronta.