O transporte ferroviário de passageiros no Estado do Rio de Janeiro entrará em um período de transição a partir do dia 18 de julho, data em que se encerra a concessão atual da SuperVia. A informação foi divulgada durante reunião da Frente Parlamentar Pró-Ferrovias Fluminenses, realizada nesta sexta-feira (9), na sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
À frente da Central Logística, vinculada à Secretaria Estadual de Transportes, o presidente Fabrício Abílio informou que a companhia poderá assumir a operação dos trens de forma interina até que seja concluída a nova licitação do sistema ferroviário. Segundo ele, o modelo da nova concessão terá como base a distância percorrida pelos trens, e não mais a outorga nem o número de passageiros transportados, como ocorre atualmente.
“Dessa forma, descola-se o valor da tarifa da monetização do operador. Isso abre espaço para decisões de Estado, como a gratuidade nos finais de semana ou tarifas mais acessíveis. Com isso, conseguimos oferecer um serviço de melhor qualidade a um preço mais justo”, explicou Fabrício Abílio.
A malha ferroviária atualmente operada pela SuperVia possui 270 quilômetros de trilhos, distribuídos em oito ramais e 104 estações, atendendo a capital e outros 11 municípios da Região Metropolitana.
O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Luiz Paulo (PSD), elogiou o novo modelo, ressaltando que ele já foi adotado no contrato firmado com o Consórcio Barcas Rio, em fevereiro deste ano. “No momento, não vejo outro modelo melhor. Eu diria que é o único possível. A empresa vencedora da licitação assume a operação, mas a receita das tarifas vai para o governo, que a utiliza parcialmente para custear o contrato”, destacou.
A continuidade do serviço foi outro ponto discutido. O assessor jurídico da Agetransp, Yubirajara Correa, afirmou que o órgão está empenhado em garantir que não haja interrupção. “O relatório final dos estudos será entregue em junho, e nossa expectativa é de que todas as condições sejam atendidas para uma transição sem prejuízo aos usuários”, garantiu.
Representantes de sindicatos de ferroviários expressaram preocupação com a preservação dos empregos. Fabrício Abílio assegurou que o governo está atento à questão. “A qualificação desses profissionais é muito específica e altamente valorizada. Estamos abertos ao diálogo e a ouvir os pleitos dos sindicatos”, afirmou.
NOTA OFICIAL DO GOVERNO DO ESTADO
A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) informa que o Governo do Estado, por meio de suas secretarias e órgãos competentes, está conduzindo a elaboração dos documentos necessários para o certame licitatório que definirá o novo operador do sistema ferroviário. Trata-se de uma ação coordenada, que envolve o Grupo de Trabalho criado por decreto, mas cuja responsabilidade institucional é mais ampla e compartilhada entre diversas pastas.
Para garantir a continuidade dos serviços prestados à população, já foram investidos R$ 110 milhões em melhorias operacionais, e a previsão é de que sejam aplicados R$ 300 milhões durante o período de transição.
Além disso, o Governo do Estado também avalia, no âmbito do GT, a análise técnica realizada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que servirá de base para a definição dos parâmetros operacionais e financeiros da nova concessão.
Eu trabalho na supervia como terceirizado da segurança, especificamente agente de controle, aqueles guardas de verde que todo mundo conhece.
Penso que essa função deve ser, em números absolutos, a que mais tem funcionários na Supervia. Só no ramal Japeri são cerca de 300 funcionários da segurança, entre agentes de controle e vigilantes. Somos um número relevante de trabalhadores, e com exceção dos vigilantes (que tem um sindicato forte) estamos apreensivos sobre como essas mudanças vão impactar nossos empregos, visto que não somos de nenhuma área técnica como os vigilantes ou ferroviários, mas como citei somos provavelmente o maior grupo de funcionários da empresa, em qualquer estação vc vai ver um guardinha de verde, auxiliando pessoas que passam mal, dando informações, combatendo roubos e furtos no sistema, zelando pelo patrimônio ferroviário entre outras atribuições.
Enfim, apenas quero dizer que nem só de técnicos é formado o grupo de funcionários orgânicos e terceirizados da Supervia.
Se os mais qualificados estão ansiosos por seus empregos, imagine nós, meros terceirizados com apenas nível médio e alguns anos de experiência numa área específica, que pouco se aproveita em outro emprego.
Governo do hell não consegue oferecer segurança, moradia e transporte para população pobre, obrigação constitucional, tem que desfazer-se o estado e encampa-lo a outro que funcione.
É um pequeno avanço frente ao q a RMRJ necessita em termos de mobilidade urbana, integrações e conexões com outros modais e um upgrade urbanístico de centros municpais e bairros subcentros da capital e dos municípios. O upgrade urbanístico seria possível com a conversão dos ramais em metrô total ou parcialmente até determinados pontos e com trechos subterrâneos nos bairros e centros que mencionei alternando com superfície, pois completamente subterrâneo sabemos que seria muito custoso e impossível.
Fora a conexão insana e aumento de usuários exponencial da nova rede metroviária na RMRJ, a liberação de espaço na superfície nos trechos subterrâneos possibilitaria novas ligações viárias no espaço antes dividido pelos muros do trem tirando dependência de escassos viadutos, passagens de nível e outros que enperram na hora do rush, fora a chance de duplicar vias, calçadas e novas áreas comerciais, de lazer, largos e espaço para linhas VLTs locais conectando locais com as novas linhas de metrô, antes, de trem.
Por exemplo, o ramal Japeri, para mim, deveria virar metrô da Central até Comendador Soares em Nova Iguaçu, com trechos subterrâneos nos perímetros centrais do Méier (de Silva Freire até o viaduto do Todos os santos), um pequeno trecho elevado em Piedade facilitando o acesso ao parque, trechos subterrâneo em Madureira (a frente do viaduto em Cascadura até a rua da portela), em Marechal Hermes ( da direção do viaduto até a Faetec), pequeno trecho elevado em Ricardo de Albuquerque e em Anchieta, trecho subterrâneo no centro de Nilópolis (da direção da Nilo Peçanha até o Hotel Fluminense depois do Assaí), trecho subterrâneo no Centro de Mesquita ( do córrego até antes da garagem N.S.Penha) e no trecho de Nova Iguaçu ( da divisa com Mesquita passa do pelo K11, Centro, Santa Eugênia até Comendador Soares) e ganharia a estação K11, a estação rodoviária e a estação Santa Eugênia e colocando a atual abaixo da superfície, ficando duas estações no Centro.
O trem, porém, ainda partiria de Nova Iguaçu em superfície, mas agora em uma nova estação de frente para a Rodoviária de N.I. fazendo um terminal multimodal como da Barra funda em SP, (metrô, trem, ônibus quem sabe BRT Translight e VLT).
O trem seguiria de Nova Iguaçu até Paracambi, Barra do Piraí, e linhas longas para Volta Redonda, Vassouras, Três Rios, Barra Mansa e Resende.
O mesmo ou semelhante seria feito nos outros ramais.
Israel você realmente tem excelentes ideias. Eu mesmo já mandei sugestões para o secretaria de transporte informando que o melhor transporte para a população em geral é sobre trilhos, seja Metrô (na minha opinião o melhor), trem, VLT, etc. e de preferencia integrados com terminais intermodais. Parabéns pela suas ideias. Espero que alguém com boa vontade leia e implemente.
Excelente notícia!!!
Basta que o governo consiga se organizar e manter pessoal técnico na gestão, para que as coisas funcionem devidamente.
É um setor cuja planilha contábil não casa com a gestão privada, pois esta visa dividendos financeiros que encarecem ainda mais os subsídios ao sistema.