O Governo do Estado do Rio de Janeiro decidiu adiar para a próxima terça-feira (22/12) a publicação do edital do processo de privatização da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae). A expectativa era que a publicação ocorresse nesta sexta-feira (18/12), conforme o governador em exercício, Cláudio Castro, mencionou durante uma coletiva realizada no início do mês.

Na quarta-feira (16/12), por 9 votos a 2, o Conselho de Administração da Cedae aprovou a modelagem do edital de licitação que define as regras de concessão dos serviços de água e esgoto para empresas do setor privado que desejem participar do leilão, que deve ser realizado no primeiro trimestre de 2021.

Segundo informação do RJ1, durante o encontro ficou decidido que o leilão deverá render no mínimo R$ 10,6 bilhões, sendo 80% para o governo do Estado e 20% para os municípios da Região Metropolitana. Os preços iniciais para o leilão variam entre R$ 879 milhões e R$ 3,9 bilhões, dependendo da região arrematada.

Confira os lances mínimos por bloco:

• Bloco 1: Zona Sul e mais 28 municípios do estado. Lance mínimo: R$ 3,947 bilhões
• Bloco 2: Barra da Tijuca, Jacarepaguá e mais quatro municípios. Lance mínimo: R$ 3,2 bilhões.
• Bloco 3: Zona Oeste e mais seis municípios. Lance mínimo: R$ 879 milhões.
• Bloco 4: Centro da cidade, Zona Norte e mais oito municípios. Lance mínimo: R$ 2,596 bilhões.

Dos 64 municípios do estado abastecidos pela Cedae, 47 decidiram à modelagem feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Mesmo após o leilão, a Cedae vai continuar produzindo água potável na Estação de Tratamento do Guandu. A única mudança é que a companhia vai vender essa água para as concessionárias privadas que vencerem o leilão. O edital não prevê mudanças no preço final da água para os consumidores. E a tarifa social, que hoje alcança 0,5% dos clientes, passaria para 5%.

Advertisement

Receba notícias no WhatsApp