Governo do RJ afasta Iabas da gestão dos hospitais de campanha do estado

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Foto: Fábio Motta

No fim da noite desta terça-feira (02/06), o governador Wilson Witzel (PSC) assinou, no um decreto que afasta a Organização Social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) da construção e gestão dos sete hospitais de campanha do estado.

De acordo com o texto, o motivo para a decisão foi o atraso para a conclusão das obras nas unidades de saúde improvisadas que irão auxiliar no atendimento de pacientes com Coronavírus.. Na madrugada desta quarta (3/06), carros da PM foram posicionados na porta dos hospitais. De acordo com a TV Globo, o objetivo era impedir a retirada de equipamentos desses centros médicos.

Ainda de acordo com o decreto, as unidades exclusivas para o enfrentamento da Covid-19 serão controladas pela Fundação Estadual de Saúde, que deverá assumir a conclusão das obras e a gestão de todas as unidades de saúde temporárias.

O governo do estado anunciou R$ 1 bilhão para o combate à Covid-19. A maior parte desse orçamento — R$ 836 milhões — foi destinada para o Iabas em contratos emergenciais, sem licitação, para hospitais de campanha.

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O Poder Público havia prometido todas as unidades em operação até o dia 30 de abril. Mais de um mês depois deste prazo, apenas parte de uma delas, a do Maracanã, está aberta.

No último dia 26, a Polícia Federal cumpriu 12 mandados de busca e apreensão contra o Governador Wilson Witzel, no Palácio Laranjeiras e na casa do governador, no bairro do Grajaú. Denominada de Operação Placebo, a investigação apura supostas fraudes na compra de equipamentos para o combate ao Coronavírus no estado.

No último dia 27, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu todos os pagamentos da Secretaria de Estado de Saúde para a organização social Iabas.

Segundo o último boletim publicado pela Secretaria Estadual de Saúde nesta terça-feira (02/06), o estado do Rio de Janeiro tem 5.686 mortes e 56.732 casos confirmados de Covid-19.

Veja o número de vezes que a inauguração das unidades foram adiadas:

  • São Gonçalo – adiado quatro vezes
  • Nova Iguaçu – adiado cinco vezes
  • Duque de Caxias – prometido para segunda (1), mas não entregue
  • Nova Friburgo – prometido para domingo (7)
  • Campos dos Goytacazes – prometido para o dia 12 de junho
  • Casimiro de Abreu – prometido para 18 de junho

Na tarde desta terça-feira (02/06), uma reunião entre membros da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, do Iabas e de representantes da iniciativa privada aconteceu para buscar uma solução para o impasse envolvendo os hospitais de campanha. A ideia era transferir a conclusão das obras para empresários do setor da saúde.

No encontro, o Iabas entregou todos os detalhes da operação dos contratos dos hospitais de campanha, dos preços contratados e da infraestrutura instalada.

Segundo nota divulgada à imprensa, os representantes da iniciativa privada pediram sete dias para analisar e definir o formato de ingresso na operação. Contudo, o grupo informou não ser possível assumir os hospitais de campanha antes de pelo menos 30 dias.

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