Governo do RJ comete gafe e incentiva turismo no estado durante o ‘superferiado’

Publicação no Diário Oficial desta quarta (24/03) - já apagada - estimulava viagens no RJ durante o ''superferiado'', criado justamente para diminuir a quantidade de pessoas nas ruas

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Parte do flyer publicado pelo Governo do RJ no Diário Oficial estimulando o turismo no estado durante o ''superferiado'' - Foto: Divulgação

O Governo do Rio de Janeiro cometeu uma gafe nesta quarta-feira (24/03). Dois dias antes do início do ”superferiado” aprovado pela Assembleia Legislativa (Alerj) para conter a proliferação da Covid-19, o Poder Executivo Fluminense publicou, no Diário Oficial, uma campanha incentivando viagens por todo o estado. Como justificativa para tal equívoco, foi utilizado o termo ”falha técnica”.

No flyer virtual, que tem assinatura da Secretaria Estadual de Turismo, constava o seguinte texto: ”Chegou a tão esperada hora de arrumar as malas e pegar a estrada. As cidades fluminenses estão preparadas para receber os turistas de todo o estado. Aproveite com consciência: lave as mãos em uma cachoeira. Para evitar aglomeração, escale uma montanha e faça uma trilha. Visite lugares históricos, mas respeite o distanciamento. E continue usando máscara. Mas use também uma de mergulho em uma praia paradisíaca.”

A tentativa de estímulo às viagens, inclusive, vai totalmente na contramão da ideia do governador em exercício Cláudio Castro de, possivelmente, criar barreiras para impedir a entrada de turistas no interior do estado. ”Eu não sou governador só da capital e de Niterói. Eu sou governador de 92 municípios e tenho preocupação da capital fechar tudo e todo mundo ir para o interior, para Região dos Lagos, para a Costa Verde”, disse durante visita a Brasília.

Para a infectologista Cristiana Meirelles, ao invés de um ”superferiado”, que confunde as pessoas devido ao termo, o ideal era que tivesse sido implementado um ”lockdown”. ”A ideia do feriado é muito mal interpretada. Seria muito mais importante e eficaz se fosse um lockdown. No lockdown, quem trabalha de casa no home-office, quem não é serviço essencial, continuaria trabalhando. E evitaria essas más interpretações”, disse ao portal ”G1”.

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