Governo do RJ inaugura no Jacarezinho o ‘Cidade Integrada’, novo projeto de segurança pública que funciona como reformulação das UPPs

Ao todo, cerca de 1.200 policiais foram deslocados para a ação na manhã desta quarta (19/01); projeto será expandido para outras favelas em breve

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Agentes deixando a Cidade da Polícia em direção ao Jacarezinho na manhã de 19 de janeiro de 2022 - Foto: Reprodução/TV Globo

O Governo do Rio de Janeiro iniciou, na manhã desta quarta-feira (19/01), seu novo programa de ocupação social em favelas fluminenses. Trata-se do ”Cidade Integrada”, que funciona como uma espécie de reformulação do projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), criado em 2008, durante a gestão de Sérgio Cabral.

O Cidade Integrada começou pelo Jacarezinho, na Zona Norte da capital, contando com a atuação de aproximadamente 1.200 agentes. A comunidade escolhida para o início das operações não deixa de ser simbólica, pois, em maio de 2021, uma operação policial vitimou 28 pessoas, sendo considerada a mais letal da história do estado. Vale ressaltar que o local é dominado por traficantes.

”A situação é de aparente tranquilidade. Já temos o cerco nas imediações. O trânsito nas vias próximas segue fluindo normalmente, e isso é muito importante”, informou o porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz.

Via redes sociais, o governador Cláudio Castro (PL), por sua vez, exaltou o início do projeto e destacou que trata-se de uma ”mudança que vai muito além da segurança”.

”Damos início a um grande processo de transformação das comunidades do estado do RJ. Foram meses elaborando um programa que mude a vida da população levando dignidade e oportunidade. As operações de hoje são apenas o começo dessa mudança que vai muito além da segurança”, escreveu.

Em suma, o Cidade Integrada terá as seguintes atuações: investigações realizadas por delegacias para desarticular quadrilhas; patrulhamento da Polícia Militar (PMERJ) em vias públicas das regiões; e intervenções urbanísticas e sociais nas áreas em que o programa for instalado.

É importante mencionar que, além do Jacarezinho, o Cidade Integrada também deve chegar, em breve, a comunidades como Cesarão (Santa Cruz); Maré; Muzema/Tijuquinha/Morro do Banco (Itanhangá); Pavão-Pavãozinho/Cantagalo (Copacabana e Ipanema); e Rio das Pedras.

Neste primeiro momento, a ideia é que possamos fazer uma retomada do território. Era necessário que fizéssemos este trabalho de cerco e agora é fazer vasculhamento, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão e verificação de antigos mandados de prisão”, explicou Ivan Blaz.

”Eu tenho certeza de que não é como em outras épocas, isto é, entrar dando tiro nas pessoas. É uma entrada de serviço público, um repensar da segurança pública. Chegou a hora de repensar até essa questão da ocupação do estado mesmo. É um programa que vem discutir segurança pública de maneira mais ampla e não simplesmente fazer o que foi feito nas outras vezes, que era ocupar e tirar todo mundo e daqui a pouco volta”, complementou Cláudio Castro.

Vale lembrar que, no fim de dezembro, Castro já havia informado que será construído um batalhão da PMERJ nos arredores no Jacarezinho, mais precisamente onde ficava localizada a antiga fábrica da General Electric (GE), em Maria da Graça.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Eu também concordo. Se o governador quer acabar com a bandidagem nas favelas, tem que acabar com elas. Tem que haver conversa com os moradores e ter consenso dos mesmos em ter uma vida digna. Nunca gostei de favela, os bandidos escolhem as favelas pelo fato de serem muito densas e aglomeradas, como fosse forte e isso tem acabar.

  2. O que tem de haver é uma política verdadeira de higienização social e urbana que acabe de vez com todas as favelas. Assim como água parada é criadouro de mosquito da dengue, favela é criadouro de bandido. “Ah, mas a maioria é cidadão de bem”. Bem, lá no Sul as empresas estão implorando por mão-de-obra, se fossem mais espertos se mudariam para lá, lugares seguros e civilizados. Mas não, a sina do carioca é levar porrada no lombo e achar graça disso.

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