Governo Estadual distribui cestas básicas a indígenas e quilombolas de Angra dos Reis e Paraty

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Foto: Divulgação/SEDSODH

Nesta quinta-feira (23/07), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH) promoveu a doação de 400 cestas básicas e kits de limpeza e higiene a famílias indígenas e quilombolas dos municípios de Angra dos Reis e Paraty, localizados na Costa Verde, região Sul do Rio de Janeiro. A ação tem como objetivo auxiliar estas comunidades que, neste momento de pandemia, estão ainda mais vulneráveis. A entrega contou com o apoio das Prefeituras locais e ocorreu na Escola Municipal Pequenina Calixto, em Paraty, e no Quilombo Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis.

Em Paraty, para os moradores do Quilombo Campinho da Independência, além da entrega dos mantimentos e kits, foi realizada uma homenagem às matriarcas que fundaram o quilombo. No final do século XIX, Vovó Antonica, Tia Marcelina e Tia Maria Luiza, junto com suas famílias, por meio de resistência e muita luta conseguiram conquistar e permanecer nas terras. ”Esta homenagem valoriza nossa cultura, nossa vivência”, disse Rosinéia Martins Veloso, moradora do quilombo que recebeu placa.

Em Angra dos Reis, o vice-cacique Aldo Fernandes Ribeiro, da aldeia Sapukai, recebeu as doações. O líder de sua aldeia, o cacique Domingos Venite, faleceu esta semana vítima do coronavírus. Aldo, que agora é o novo líder da aldeia, agradeceu as cestas.

”Estamos em isolamento devido a pandemia, que é cruel. Ela levou nosso cacique. Não estamos conseguindo trabalhar como antes, vender nosso artesanato. Estas cestas chegaram em boa hora”, disse ele.

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Segundo a secretária estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Cristiane Lamarão, a entrega das desses mantimentos é o início de uma série de ações da pasta voltadas para as comunidades tradicionais.

”Os indígenas e quilombolas são extremamente importantes, eles perpetuam nossa cultura ancestral. Esse é um primeiro passo que estamos dando. Sabemos que precisamos ir além e trazer serviços para estas comunidades, o que não foi possível neste primeiro momento devido a pandemia. Mas, assim que este período de isolamento social passar, voltaremos aqui com outros serviços como, por exemplo, acesso à documentação básica e apoio à mulheres vítimas de violência”, concluiu.

Os mantimentos entregues aos indígenas e quilombolas continham alimentos frescos (frutas, legumes e verduras) adquiridos da agricultura familiar pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e 580kg doados pelo Banco de Alimentos da Ceasa-RJ. Parte das cestas foram doadas pela Secretaria de Estado de Cultura.

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