Governo Federal não considerou o impacto sobre o Galeão nos estudos do projeto de concessão do Santos Dumont

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio afirmou que a resposta do Ministério da Infraestrutura causou surpresa à Prefeitura

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Foto Cleomir Tavares / Diario do Rio

Aconteceu nesta quarta-feira (02/02) a primeira reunião do Grupo de Trabalho que analisa a concessão do aeroporto Santos Dumont. Uma situação chamou atenção durante o encontro: o Ministério da Infraestrutura foi questionado se tinha considerado nos estudos os eventuais impactos da concessão no destino do outro aeroporto carioca (o Galeão/Tom Jobim). A resposta negativa surpreendeu: “Não, mas veja bem…“.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio de Janeiro, Chicão Bulhões, falou sobre a reunião, citando a resposta negativa que causou surpresa: “a reunião foi bem técnica. Obviamente foi uma oportunidade dos técnicos do governo federal poderem mostrar quais estudos eles levaram em conta. Mas, chamou a nossa atenção como Prefeitura que, quando nós perguntamos os efeitos que seriam causados em relação ao Galeão, que é uma concessão da própria União, para nossa surpresa parece que não houve estudos técnicos dos impactos que se iria causar nessa modelagem“.

Bulhões disse ainda que o assunto voltará a ser tema nas próximas reuniões: “então, certamente a gente vai bater mais nessa tecla e fazer perguntas técnicas em relação a esse tema, porque eu acho que não dá para a gente expressar um assunto sem considerar os impactos das decisões como um todo, e não olhando somente como fica o Santos Dumont“, afirmou.

O secretário ainda reforçou: “nunca fomos contrários que seja feita uma concessão ali, mas ela precisa se encaixar numa coisa positiva para o Rio de Janeiro, e não com impactos negativos“.

Santos Dumont terá ‘bloco’ exclusivo para sua privatização

O governador Cláudio Castro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, chegaram a um acordo para a retirada dos aeroportos do interior de Minas Gerais que participariam do edital de concessão do Santos Dumont e causariam oneração à operação. Com isso, o Santos Dumont ganha um bloco único e exclusivo para sua privatização.

Paralelamente, o Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, e o Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo, seguirão para um bloco próprio de concessão, voltado à aviação executiva, sem estarem atrelados ao Santos Dumont.

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7 COMENTÁRIOS

  1. Na verdade isso não vai dar em nada pois os dois aeroportos tem uma clientela especifica um e turismo e carga o outro e só executivos que usam, pois e nais central tem alguns problemas quando chove forte mais qual não tem. Aqui e chuva e não neve como os da Europa e U.S.A etc.. .

  2. Sdu é limitado, fecha com qualquer chuvinha e não traz benefícios à economia do RJ. Gera empregos em outros estados, afasta voos internacionais diretos e só pousa aviãozinho com meia-dúzia de gatos pingados.

    Grandes metrópoles do mundo também têm seus principais aeródromos afastados do centro da cidade, por questões ambientais, ruído e logística. Mas basta ter um bom sistema de transporte, de preferência sobre trilhos, para ligá-los confortavelmente a qualquer ponto da cidade.

    Precisamos valorizar aquele que é o maior sítio aeroportuário do Brasil. Que foi criado com todas as condições geográficas para ser um hub. O único que pode reduzir frete de carga aérea e, por conseguinte, o preço de produtos. E o que tem condições de aumentar nosso PIB em alguns bilhões.

    Vemos a quantidade de aviões de grande porte que alternam para o Galeão, vindos de Cumbica (em dialeto nativo, ‘nuvem baixa’). Já imaginaram o impacto no turismo carioca com essas grandes aeronaves por aqui? A quantidade de empregos que seriam gerados?

    O Rio é o grande apelo do Brasil no exterior. Atualmente, SP se aproveita disso e fatura sobre nós. Chegou a hora de voltarmos a ser a principal porta de entrada aérea e de distribuirmos esses voos ao resto do país.

  3. Ninguém quer mais viajar pelo galeao. Essa palhaçada do obsoleto , Violento e ultrapassado galeao já tá cansando. Passageiro quer viajar é pelo Santos Dumont. Ninguém é forçado a parar de beber coca cola e começar a beber Pepsi.

  4. Mas porque deveria considerar? O galeão é de uma concessionária. Ela já sabia que SDU existia, não pode alegar que ele atrapalha.

    Governo Federal tem um ativo e precisa valorizá-lo, não velar pela lucratividade da concessionária. Senão vem um fulano de sindicato aqui com a conversa mole, aquela cascata velha dizendo que sucatearam o aeroporto pra alienar barato.

    E pela constituição nacional, como o bem é dele, os demais entes nada têm a meter o bedelho…. no máximo, podem reclamar.

    Fim de papo, próxima questão.

    PS: Governo do Estado vendeu a CEDAE. Por acaso pagou a garantia do empréstimo do BNParibas que serviu pra pagar salário de funcionários públicos e que tinha como garantia o dinheiro da CEDAE?! NÃO PAGOU. Só um exemplo de como os entes são independentes e como o RJ trata seus compromissos.

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