Gravado na Zona Portuária, Sorriso Maroto e Dilsinho lançam projeto ‘JUNTOS’

O DIÁRIO DO RIO conversou com o cantor Dilsinho e com o vocalista do Sorriso Maroto, Bruno Cardoso, que falaram sobre o novo projeto

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Foto: Jorge Bispo/Divulgação

Nesta quinta-feira (20/01), o cantor Dilsinho e a banda Sorriso Maroto lançam o álbum “JUNTOS”, uma parceria que surgiu da admiração mútua entre os artistas. O projeto conta com 13 músicas inéditas, cada uma com um videoclipe gravado na Zona Portuária, próximo à antiga Rio Star (que passou a se chamar Yup Star Rio).

Em conversa com o DIÁRIO DO RIO, os artistas contaram sobre o surgimento da ideia de gravar um projeto em parceria. Segundo eles, o pontapé inicial foi uma live drive-in, realizada no Rio de Janeiro.

A gente fez uma live drive-in que foi um sucesso, as pessoas continuaram mandando mensagens falando que a gente tinha que estar mais juntos. Eu falei ‘olha, a galera gosta de ver a gente no palco. Por que a gente não começa a compor, a tentar, sei lá, gravar um projeto?’, e as ideias foram acontecendo”, contou Dilsinho.

Ele ainda falou sobre a expectativa de um projeto diferente como esse: “São quase 2 anos longe dos palcos e a gente está com muita esperança de trazer uma experiência nova para o público e para a gente também, olhando para o lado profissional. Se eu pudesse escolher uma banda para estar comigo na estrada, nos shows, para estar gravando um projeto de inéditas, com certeza seria Sorriso Maroto. Eu me sinto parte da história deles, eles com certeza fazem parte da minha história, e agora acho que chegou o momento da gente dividir mais esse capítulo dessa história, das nossas carreiras, com o público. E eu acho que as pessoas têm o coração muito aberto quando se trata de Sorriso e Dilsinho”, completou.

Cariocas, Dilsinho e Bruno Cardoso, vocalista do Sorriso Maroto, também comentaram sobre o local escolhido para gravar o projeto, a Zona Portuária.

A gente ficou tentando pegar alguns argumentos que justificassem pra gente uma locação para registrar o projeto [já que não seria um show]. E quando a gente, conversando, falou ‘poxa, cara, vocês já foram na área ali da Zona Portuária?, a gente começou a falar:‘cara, aquele lugar precisa ser registrado, a gente tem que aproveitar essa oportunidade e fazer algo lá’. Fizemos uma visita técnica, fomos lá à noite, sentamos, projetamos o que a gente via para os locais da região, e saímos de lá com uma certeza: a gente precisava fazer esse projeto ali naquela região”, contou Bruno.

Ele completou: “a gente começou a correr atrás, ver as formas possíveis, até que a gente conseguiu de fato realizar esse projeto. Ouso dizer que esse é o projeto de maior significado artístico para nós, porque ele foge totalmente dos padrões que a gente está acostumado, de palco, luz, enfim… não é um show, sai da zona de conforto. A gente estava ali realmente na rua. A gente fechou duas vias de acesso importantíssimas, então teve toda uma questão de logística… tirar aquilo do papel foi bastante difícil, tivemos que contar com apoio da Prefeitura, uma grande equipe para dar suporte… a gente olha hoje para esse projeto e a gente vê que conseguiu algo muito grande e em um grande ponto turístico do Rio de Janeiro. Então, a gente poder gravar em um ponto como esse é muito importante e nós, como cariocas, estamos felizes e realizados de poder mostrar para todo mundo esse espaço que o Rio de Janeiro tem… tudo ali agora faz parte da nossa história”.

Dilsinho e Bruno falaram também sobre a importância do pagode, um ritmo originalmente carioca, se unir desta forma: 

“Para mim, ter uma porta aberta dos artistas que estavam há mais tempo na música foi muito importante. […] O fato de você ajudar, trazer novas sensações para as pessoas e entender que a música é um ciclo, que tem dias que você vai estar em primeiro lugar na rádio, tem dias que você vai ser um dos mais ouvidos e tem dias que você não vai ser, vai ser um cara novo que está chegando agora, é muito importante. O fato de eu ter o Bruno sempre próximo de mim me abriu a mente para esse tipo de coisa. […] Isso eu aprendi muito com eles, de ter a humildade de saber que eu tenho como responsabilidade ouvir as coisas que estão chegando. E se eu puder estender a mão, eu acho isso muito importante. […] eu acho que o fato de a gente estar juntos em um projeto tão grande representa muito pro segmento, sabe?”, afirmou Dilsinho, ao que Bruno completou:

O ponto mais interessante dos projetos e parcerias, primeiro é para o público, se com um artista já é legal, juntar dois artistas que o público gosta fica mais legal ainda. Projetos como esse, eu só vejo coisas boas porque a galera consegue juntar a oportunidade de curtir dois artistas cantando juntos, algo que talvez eles não fariam em um projeto autoral. E se tratando do comportamento do Sorriso nessa cena, é muito interessante a gente, que está há muito tempo na estrada, poder se misturar com a galera mais nova, porque é a oportunidade que a gente tem de se renovar. […] Isso aconteceu com o Sorriso. Quando eu conheci o Dilsinho, eu falei que foi uma oportunidade de fazer isso. A gente já tinha muitos anos de estrada e o Dilsinho vinha com uma forma de compor e de cantar que era diferente, mas tinha um pouquinho de Sorriso Maroto…eu olhava e falava ‘esse cara aí escutava a gente, mas ele faz diferente e esse diferente eu não sei fazer. Como a gente faz isso também?’”, disse.

Bruno finalizou dizendo que o projeto é uma troca, mas que o Sorriso Maroto já vem trocando com o Dilsinho há muito tempo: “O JUNTOS para mim já começou em 2013, porque a gente já estava juntos desde lá. Tanto que o Sorriso já gravou várias músicas do Dilsinho, ele também já gravou várias músicas nossas. Então a gente vem fazendo esse câmbio de informações há muito tempo”.

Perguntados sobre a música favorita do projeto, a resposta foi unânime: “Mensagem Apagada”.

A gente sempre faz uma expectativa do que a gente espera e do que o público espera do projeto. Agora falando de mim, eu nunca gostei de escolher uma música de trabalho, mas eu acho que a “Mensagem Apagada” não fere as expectativas do público e nem as nossas […], é uma música que equaliza nossos desejos como artistas e que as pessoas vão se identificar quando ouvirem. Conta muito as histórias do dia a dia e todo mundo já viveu isso da mensagem apagada no WhatsApp”.

O álbum JUNTOS é composto por doze faixas e uma música bônus a ser lançada em março. Todas serão acompanhadas por videoclipes, compartilhados ao longo do primeiro trimestre de 2022 nos canais do YouTube do Dilsinho e do Sorriso Maroto. A produção musical de “JUNTOS” é assinada por Dilsinho, Bruno Cardoso, Sérgio Jr. e Lelê.  O audiovisual do projeto tem a assinatura de Fernando Trevisan Catatau, que já dirigiu Luan Santana, Michel Teló, Chitãozinho & Xororó, Fernando & Sorocaba e outros.

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