O Museu Imperial de Petrópolis, voltou a fechar as portas nesta quinta-feira (08/05). Servidores da instituição decidiram paralisar suas atividades em adesão à greve nacional da Cultura, movimento que pressiona o Governo Federal a cumprir acordos firmados anteriormente e a criar, enfim, o Plano de Carreira da Cultura (PCCULT).
A paralisação, segundo os funcionários, é resultado de uma luta que já dura 20 anos. Em nota, eles afirmam que seguem sem garantias e que a greve é um instrumento legítimo para buscar avanços reais nas condições de trabalho.

Essa não é a primeira vez que o Museu Imperial tem suas atividades interrompidas pelos servidores. Em julho do ano passado, o prédio histórico também fechou temporariamente. Na época, a decisão ocorreu após a adesão dos trabalhadores do Ministério da Cultura e de instituições ligadas à pasta a um movimento nacional de mobilização, com demandas semelhantes às atuais, como valorização profissional, estrutura de progressão funcional e reconhecimento mais claro das atribuições específicas da carreira cultural.
Museu Imperial
O Museu Imperial, antiga moradia de verão da Família Real, é o maior atrativo turístico do Centro Histórico de Petrópolis, recebendo cerca de 70 mil visitantes por mês. O casarão ainda preserva as características originais na parte interna (contando com móveis e objetos pessoais da família imperial portuguesa) e externa (os jardins, projetados pelo paisagista francês Jean Baptiste Binot), o que traz aos visitantes uma ilustração do século XIX e do dia a dia de membros da dinastia dos Braganças.