História do Bar Amarelinho da Cinelândia

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Bar Amarelinho

A história do Rio de Janeiro se mistura com a boêmia. Muito dos fatos mais importantes da memória da Cidade Maravilhosa começaram em mesas de bares e cafés. O Amarelinho da Cinelândia sintetiza essa ideia.

Cineländia no final do século XX
Cineländia no final do século XX

O Bar Amarelinho foi fundado em 1921, na Cinelândia, que na época, por abrigar teatros, cinemas que recebiam a elite carioca, era considerada “Broadway Brasileira”.

Predio do Amarelinho

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Entretanto, o nome, que caracteriza tão bem o lugar, nem sempre foi “Amarelinho”. O bar chegou a ser chamado de “Café Rivera”. De acordo com pesquisas do radialista e historiador Osmar Frazão, a mudança de nome se deu em decorrência da cor predominante das paredes externas do edifício.

Busto de Francisco Serrador, Cinelândia. Foto de Eugenio Hansen
Busto de Francisco Serrador, Cinelândia. Foto de Eugenio Hansen

Entre muitas pessoas, dois espanhóis marcam a história do Amarelinho. O primeiro foi Francisco Serrador, empresário que investiu pesado na evolução da Cinelândia, instalando cinemas e teatros no local, possibilitando o crescimento também do bar.

O segundo espanhol fundamental para a história desse brasileiríssimo bar foi José Lorenzo Lemos, que depois de trabalhar por muito tempo como copeiro e garçom pelos restaurantes do Rio, se tornou, nos anos 1970, sócio do Bar Amarelinho e ajudou o estabelecimento a se reerguer em período difícil.

Nessa época, a badalada área da Cinelândia não passava por uma boa fase devido ao fechamento de muitos teatros e cinemas e às obras do metrô, que transformaram a histórica praça em um canteiro de entulhos e máquinas. Tudo isso reduziu o movimento.

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Todavia, as coisas se acertaram e o Amarelinho voltou a respirar os ares dourados do passado. Passado marcado pela presença de muitos fatos e pessoas de suma importância para a história do Brasil.

Entre os assuntos que foram discutidos na mesa do mar e geraram grandes frutos estão a Semana de Arte Moderna, o início da Era Vargas, a luta pela igualdade racial e os movimentos nacionalistas no Brasil, a fundação do Partido Comunista nacional, entre muitos outros.

“Ao redor do Bar estão o Theatro Municipal, a Biblioteca Nacional, o cinema Odeon, a Câmara dos Vereadores e o Centro Cultural da Justiça Federal. O Amarelinho da Cinelândia é um daqueles bares do Rio de Janeiro que sempre estão nos livros de história” opinião publicada no site Patota Carioca.

Quanto às pessoas, Oscar Niemeyer, Mário de Andrade, Joel Silveira, Vinicius de Moraes são só alguns dos célebres nomes que marcavam presença no Bar Amarelinho.

“O Bar Amarelinho é um lugar que tem a cara do Rio: histórico, divertido, bem localizado. Que bom que ele continua de pé, para continuar produzindo ricas memórias para nossa cidade e servindo um chope gelado” destaca o historiador Maurício Santos.

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9 COMENTÁRIOS

  1. Nos anos 70 bebi vários chopes com colegas do MF após o expediente, bons tempos. O Amarelinho faz parte da história da cidade do Rio de Janeiro. Parabéns !!!

  2. Com minha família, estivemos no Amarelinho em meados dos anos 70, e, como não havia cartões de crédito naquela época, tive que deixar minha mulher e duas filhas, e voltar ao Glória para buscar mais dinheiro. Vamos voltar ao Rio em julho 2022 e voltaremos ao Amarelinho, desta vez a família toda (8) para matar as saudades. Daqui de Londres, parabenizo-me com os proprietários do Amarelinho, que reabre amanhã, e e’ uma pena que não estamos aí para participar da festa !!

  3. Frequentei muito. Tinha escritório próximo ao Amarelinho e passava sempre lá para um chopp no final do expediente. O chopp não figuraria entre os melhores do Rio, pois, vez por outra, você pegava um de “banheira”. Havia melhores (Bar Luiz, Alemão), mas era tradicional. Tinha bom relacionamento com um dos donos “galego” e com um dos gerentes da noite (cearense), mas não adiantava reclamar. A turma do “Bola Preta”, costumava encerrar a noite lá, após os bailes das sextas-feiras. Tempos bons.

  4. Segundo meu amigo Jaguar, do Pasquim, uma celebridade interessante que passou opelo Amarelinho, provavelmente por volta de 1947, quando trabalhou no British Council, em Córdoba, Argentina, foi o escritor inglês Lawrence Durreal, autor, dentre outras obras célebres, do “Quarteto de Alexandria”. Na verdade, Durrel, que naceu em Djaerling, na bota do Himalaia, Índia, se considerava cidadão do mundo, passando por cima de nacionalidade, identidade, e outros babados que tais.

  5. Hace poco estuvimos en Río, este restaurante fue de mis tíos: Antonio Alvarez Rodríguez y Marcial, ambos de la provincia de Ourense en Galicia. Me agradó comprobar que no se ha modificado y que tiene ese encanto que lo hace irrepetible. El dueño actual, también gallego, se lo compró a ellos.

  6. Joaquim pereira vieira trabalhei no bar amarelinho na decada de 60 mas nao me lembro do nome do comdominio do predio aonde se encontra instalado o bar amarelinho

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