História do Largo do Machado

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Todos os dias, muitas pessoas passam pelo Largo do Machado. São incontáveis histórias, inenarráveis nomes. Assim também são as memórias dessa área da Cidade Maravilhosa: repleta de histórias e nomes.

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Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis – a empresa que resolve contribui para a valorização da cultura carioca

Antes do largo, havia uma lagoa. Lagoa do Suruí, também chamada Lagoa da Carioca ou de Sacopiranha, que era alimentada pelo Rio Carioca. Com o crescimento e desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro, a Lagoa Suruí foi aterrada, dando lugar ao Campo das Pitangueiras, que posteriormente passou a se chamar Campo das Laranjeiras, sempre em referência às árvores que haviam por lá.

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No início dos anos 1700, o nome que é usado atualmente foi adotado. No entanto, não é bem uma “homenagem” como diversas pessoas acreditam. Até porque o suposto homenageado nasceu e ficou conhecido apenas no século seguinte.

Largo do Machado em 1835. Pintura de Russel

“Muitos das novas gerações, à primeira vista, podem imaginar que o nome é uma homenagem à Machado de Assis, um dos maiores escritores do Brasil, fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Outros podem imaginar que, além de uma homenagem, o nome poderia vir do fato do escritor ter morado lá. Hipóteses erradas! Machado de Assis teve seu mais conhecido endereço no Bairro do Cosme Velho, exatamente na Rua Cosme Velho, relativamente perto da Estação de Trem do Corcovado” relata o site de pesquisa Rio de Janeiro Aqui.

O Machado veio de outro lugar. No século XVIII, o local passou a ser chamado Campo ou Largo do Machado, em referência ao oleiro André Nogueira Machado, proprietário de terras no local. E a nomenclatura se fortificou depois:

“Um açougueiro de sobrenome Machado montou um estabelecimento no Largo. Isso se deu por volta deu por volta de 1810. Na fachada do açougue dele tinha um grande machado. Não sei se ele pensou nisso, mas acabou sendo uma boa jogada de marketing para época”, destaca o historiador Maurício Santos.

Largo do Machado no começo do Século XX

No entanto, o nome mudou outra vez. A partir de 1843, o Largo do Machado passou a se chamar Largo da Glória, devido ao início da construção da Igreja de Nossa Senhora da Glória, que viria a ser inaugurada em 1872 em frente ao Largo.

O Largo do Machado de 1900 e a garagem de bondes da. Companhia Jardim Botânico

Contudo, nem só de mudanças de nomes viveu o Largo do Machado. Outras novidades, fundamentais para a história da cidade do Rio de Janeiro, passaram por lá. Em 1868, foi inaugurada (no Largo do Machado) a estação central da primeira linha de bondes do Rio, que ia do Largo até a Rua dos Latoeiros (atual Gonçalves Dias).

Estátua de Duque de Caxias no Largo do Machado

No ano 1869, o largo foi renomeado Praça Duque de Caxias, em homenagem ao famoso militar brasileiro. Em 1899, foi instalada, na praça, uma estátua em homenagem ao Duque. Quase um século depois, quando o calendário datava 1953, a estátua foi transferida para seu endereço atual, na Avenida Presidente Vargas.

“Nesse período o lugar voltou a se chamar Largo do Machado. Talvez todas essas mudanças confundam as pessoas, que muitas vezes acham que o nome Largo é uma homenagem ao escritor Machado de Assis”, diz Maurício Santos.

Largo do Machado na década de 20

Como boa parte da cidade do Rio de Janeiro, o Largo do Machado também tem seus problemas, mas não perde o encanto: “Ás vezes a segurança deixa a desejar, alguns dias está meio sujo e uma restauração cairia muito bem. Apesar de tudo, passo aqui todos os dias e sempre admiro a beleza desse lugar” diz Mariana Rodrigues, que trabalha próximo ao histórico Largo.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Muito boa essa matéria!
    Trabalho com histórias em quadrinhos como meio de resgate de memória, especialmente em imagens. Legal ver as diferentes épocas retratadas.
    Sobre a última foto, me pareceu aquela lateral da Leopoldina (pareceu, mas certaente não é). Também fiquei curiosa. Obrigada pelo artigo, Felipe Lucena.

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