História do Morro da Mangueira

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CH Rio de Janeiro (RJ) 07/06/2010 Imagens do livro " De pai para filho - Imigrantes portugueses no Rio de Janeiro " - Outdoor - Chapéu Mangueira - Foto Divulgação

História do Morro da Mangueira

A escola de samba campeã do carnaval deste ano vem de um morro cheio de histórias para contar. Mangueira é samba, mas também é mais que isso. É muito mais.

Tudo começou com uns barracos que foram erguidos nas terras do Visconde de Niterói. Terras que haviam sido doadas pelo Imperador D. Pedro II.

No início dos anos 1850, surgiu, nas proximidades da Quinta da Boa Vista, o primeiro telégrafo aéreo do Brasil. A elevação vizinha da Quinta era conhecida como Morro Telégrafos.

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Quando os primeiros barracos e barracões foram armados na Mangueira, o Visconde de Niterói já havia falecido. Por conta disso, foi mais tranquilo para as pessoas, que eram muito pobres, realizarem a ocupação” frisa o historiador Maurício Santos.

Fábrica de Fernandes Braga

Anos depois, foi instalada ali perto do Morro uma indústria com o nome de Fábrica de Fernandes Braga, que produzia chapéus. Em pouco tempo, a indústria passou a ser conhecida como “Fábrica das Mangueiras”, já que a região era uma das principais produtoras de mangas da cidade do Rio de Janeiro.

Fábrica de Chapéus Mangueira

Não demorou muito para que a Fábrica de Fernandes Braga mudasse para Fábrica de Chapéus Mangueira. O nome era tão marcante que a Estrada de Ferro Central do Brasil batizou de “Mangueira” a estação de trem inaugurada em 1889. A elevação ao lado da linha férrea também começou a ser chamada de Mangueira, enquanto o antigo nome de “Telégrafos” permaneceu para identificar apenas uma parte do Morro.

Hoje em dia, Telégrafos e outros nomes são pequenos núcleos populacionais que formam o complexo do Morro de Mangueira” conta Ricardo Lopes, morador do Morro.

Carlos Cachaça

Impossível desassociar a história do Morro da Mangueira do samba. O português Tomás Martins, no início da ocupação do Morro, loteou terrenos e construiu barracos para alugar. Tomás Martins era padrinho do célebre compositor Carlos Cachaça. Carlos, ainda criança, era responsável por assinar recibos de aluguel, pois Tomás era analfabeto.

Há quem considere Tomás Martins o fundador do Morro da Mangueira, pois ele, muitas vezes, tomou a iniciativa para organizar os habitantes que chegavam para formar a comunidade.


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No início do século XX, dois acontecimentos colaboraram para o crescimento do Morro da Mangueira. O primeiro foi em 1908, quando a prefeitura reformou a Quinta da Boa Vista e demoliu casas próximas ao local. Muitas dessas habitações eram de soldados, que ganharam o direito de carregar os restos da demolição para onde quisessem. Eles foram para a Mangueira.

Em 1916, um incêndio no Morro de Santo Antônio, no centro da cidade, levou ainda mais pessoas sem casa a tentarem uma nova vida no Morro da Mangueira.

No ano 1935, houve uma tentativa de descendentes do Visconde de Niterói, antigo proprietário das terras onde a comunidade foi erguida, de despejar os moradores do Morro da Mangueira. Contudo, os habitantes do Morro foram socorridos pelo prefeito Pedro Ernesto e continuaram por lá, onde seguem até hoje.

Vila Olímpica da Mangueira

Há quase três décadas, vem sendo realizado um grande projeto social no Morro da Mangueira. A Vila Olímpica da Mangueira, além de preparar e formar atletas nas mais variadas modalidades esportivas, capacita crianças e jovens para o mercado de trabalho.

A famosa escola de samba, campeã de 2016 e de mais outros 17 carnavais, foi fundada em 28 de abril de 1928, pelos sambistas Carlos Cachaça, Cartola, Zé Espinguela, entre outros. Entretanto, como já disse antes: a Mangueira é samba, mas é muito mais que isso. Muito mais.

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