História do Parque (Aterro) do Flamengo

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Aterro do Flamengo

Considerado o maior parque urbano do mundo à beira mar, o Aterro do Flamengo é um local histórico que, apesar de alguns problemas – sobretudo de segurança – mora no coração do povo do Rio de Janeiro.  Após um conflitante processo, o Parque do Flamengo, conhecido como Aterro, foi inaugurado em 17 de outubro de 1965, com o nome Parque IV Centenário.

Aterro do Flamengo em Obras, 1960
Aterro do Flamengo em Obras, 1960

Idealizado por Lota Macedo Soares, o Parque do Flamengo foi projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy. A programação recreativa foi elaborada por Ethel Bauzer Medeiros, o paisagismo por Roberto Burle Marx e Arquitetos Associados, a iluminação ficou a cargo do americano Richard Kelly e a obra civil realizada pela SURSAN – Superintendência de Urbanização e Saneamento. Tudo isso aconteceu no governo de Carlos Lacerda, que, no primeiro momento, ficou receoso em fazer o Parque.

O Parque do Flamengo foi projetado de maneira ambiciosa. Nobre ambição, ato de amor, tentar melhorar as condições de habitabilidade de uma cidade, criando um parque novo, organismo vivo, feito para o homem e na medida dele”, disse Lotta de Macedo Soares, comentando a construção pela qual tanto lutou.

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Desmonte do Morro do Castelo
Desmonte do Morro do Castelo

Após a demolição de uma série de morros (como o do  Castelo, Querosene e Santo Antônio) que ficavam na região central da cidade, a área onde hoje está o Parque do Flamengo se tornou um espaço um tanto quanto vazio, como se esperasse uma grande obra.

 Lota Macedo Soares
Lota Macedo Soares

Contudo, a ideia de transformar em parque a área aterrada não era unânime: “A questão oscilava entre fazer no local um novo bairro ou simplesmente as pistas para o tráfego. A Lota teve um papel fundamental nisso, já que havia morado em Nova York, conhecia a importância do Central Park e de outros parques urbanos. Ela e a poeta Elizabeth Bishop, com quem era casada, eram amigas dos grandes urbanistas internacionais da época”, disse a arquiteta Margareth da Silva Pereira, que, em 2015, foi curadora de uma exposição sobre o Parque.

O Parque – ou Aterro – tem uma área de 1.300.000 m², localizada entre o Aeroporto Santos Dumont e a Praia de Botafogo. É Patrimônio Mundial da Humanidade na categoria “Paisagem Cultural Urbana”, título concedido pela UNESCO em 2012. São 11.600 árvores de 190 espécies da flora brasileira e de outras regiões tropicais. Sendo a maior área de lazer ao ar livre da cidade, o Parque do Flamengo oferece equipamentos variados para a prática de esportes, recreação, cultura, gastronomia e entretenimento.

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Planejado para ser um parque vivo, onde você se diverte educando e educa divertindo, ele não é apenas um imenso jardim onde você pode contemplar variada flora, fauna e a bela paisagem da Baía de Guanabara. Aqui você dispõe de campos de pelada, pistas de skate, BMX e aeromodelismo, tanque de nautimodelismo, ciclovia, quadras de basquete, vôlei, power soccer, futsal, tênis, gateball, playground, cidade das crianças, parkour, postos de salvamento e praia. Encontra, ainda, Museu de Arte Moderna, Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, Marina da Glória, Teatro de Marionetes, Teatro de Arena, Coreto, Pavilhões Recreativos, Monumento a Estácio de Sá, quiosques de alimentação e restaurantes”, informa o site oficial do Parque.

Além de Aterro, o Parque IV Centenário tem outros nomes. Pela Lei Municipal nº 1219/88, passou a ser oficialmente designado de Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, no trecho entre o Aeroporto Santos Dumont e o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. Na parte do Monumento ao final dos jardins situados ao longo da Praia de Botafogo, chama-se Carlos Lacerda.

Desenho de Burle Marx para o Parque do Flamengo
Desenho de Burle Marx para o Parque do Flamengo

Em 2015, devido aos 50 anos do Parque, uma série de comemorações foi realizada. Entre elas, uma grande exposição que ficou em cartaz no Centro Cultural Correios, a que teve Margareth da Silva Pereira como curadora.

O desejo da maioria dos cariocas é que o Parque, Aterro, do Flamengo siga sendo um local bonito e de lazer e com segurança, para que toda a população tenha acesso a esse belíssimo espaço.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Li, o livro, flores raras e vi o filme, mas,muito antes já era apaixonada pelo aterro, moro em São Paulo, mas, adoro ir ao Rio, e meu lugar preferido é o Aterro do Flamengo, uma obra e tanto, simplesmente maravilhosa, nosso Brasil merece mais aterros como o do Flamengo.

  2. Essa linda obra gerou um filme belíssimo, amei saber que houve duas mulheres importantes envolvidas na obra do Parque, parabéns aos protagonistas desta linda obra.

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