Nesta segunda-feira, 01/07, parte do Parque Olímpico parou de funcionar. Algumas arenas estão sem gestão definida. O contrato com a autarquia federal que cuidava do parque terminou, por decreto, e ainda não tem outra empresa para substituir. Desde a assinatura do contrato, em 2017, já estava previsto que ele se encerraria em 30 de junho de 2019.
A autarquia de Gestão do Legado Olímpico (GLO) era responsável pelas arenas cariocas 1 e 2, pelo Centro de Tênis e pelo Velódromo, e fazia cerca de 14 eventos por mês.
Até o momento, o governo federal, que pretende criar um novo órgão, ainda não apresentou nenhum planejamento para a administração do espaço. O Parque Olímpico vem recebendo frequentes eventos (inclusive o Rock in Rio) e também recebe aproximadamente mil crianças em sete projetos sociais.
A Gestão do Legado Olímpico (GLO) tinha 65 cargos comissionados e um orçamento de R$ 65 milhões previstos para este ano.
Veja o Acréscimos, programa de debate esportivo do Diário do Rio
A empresa americana Lime, uma das principais a operar o negócio de patinetes compartilhados nos Estados Unidos e na Europa, anunciou sua chegada ao Rio de Janeiro para a próxima quinta-feira, 04/07. A marca, que fechou parceria com a Uber para atuar no Brasil, já começou a operar em São Paulo nesta terça, 02/07.
No Rio de Janeiro, o serviço vai funcionar na zona sul, no trecho Leme-Gávea, Leblon, Copacabana e Ipanema.
Para utilizar os patinetes, serão cobrados R$ 3 iniciais na abertura da viagem e, posteriormente, mais R$ 0,50 por minuto. A Lime estabeleceu parcerias com varejistas locais que permitem o estacionamento dos equipamentos em algumas de suas unidades.
Os equipamentos têm farol, luz de freio e aviso sonoro de travamento e destravamento, além de serem conectados ao Google Maps, que gera informações como valores e tempo de percurso.
No Brasil, os patinetes serão disponibilizados por um aplicativo próprio da Lime. Nos Estados Unidos, o serviço é compartilhado no app da Uber.
A rede Accor optou pelas terras tupiniquins, mais precisamente, Copacabana, para trazer o conceito do Fairmont Hotels & Resorts para a América Latina. A Cidade Maravilhosa será pioneira nesta nova rede, que terá um restaurante promissor, sem precedentes no Rio.
A informação é que um dos Chefs do restaurante tem em seu currículo passagem em um dos TOP 5 melhores restaurantes do mundo, de acordo com a World’s 50 Best Restaurants Awards de 2019.
Vale ressaltar que o primeiro restaurante carioca a figurar na lista é o Lasai em posição número 74. A premiação vai até o 50º, mas a lista segue até o 120º.
Será que a gastronomia carioca se abalará com um restaurante tão alto nível? Será que os restaurantes que prestam serviços tão medíocres e cobram altíssimos preços permanecerão com a mentalidade antiga? Aguardamos ansiosos por esse jovem e promissor Chef e sua criatividade para mudar o rumo da gastronomia carioca.
Veja nossa entrevista no programa Mesa Viva, com Renan Ferreira
No mês passado, mais precisamente entre os dias 14 e 29 de junho, o Portal Consultoria em Turismo, a Escola Técnica de Turismo Cieth, a Fundação Cesgranrio e a Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ, com o apoio da Sérgio Castro Imóveis, realizaram, por telefone, uma pesquisa com 2 mil moradores da cidade do Rio de Janeiro para entender os hábitos de consumo virtual (pela internet) na aquisição de produtos turísticos.
A pesquisa foi coordenada pelo professor Bayard Boiteux e contou com 12 pesquisadores. A margem de erro é de 2,2%.
Confira os resultados:
Gênero Masculino: 54% Feminino: 46%
Grau de escolaridade Nível superior: 39% Nível médio: 47% Nível fundamental: 14%
Faixa etária 18/31 anos: 38% 32/49 anos: 29% 50/70 anos: 20% Mais de 70: 13%
Hábito de comprar produtos turísticos pela internet 72% já comprou 28% nunca comprou
Dos que já compraram 35% em agências virtuais 27% em sites de reserva de hotéis 23% nos sites das empresas aéreas 15% em sites de programas de milhagem
Dos que não compraram 20% compra em agências físicas 8% liga por telefone para prestador de serviço
Dos que já compraram pela internet 70% utilizam o celular 20% acessam do computador do trabalho 10% do computador em casa
Bom, já é sabido que pode até ser eficaz criar obrigações ao empreendedor, mas que não costuma ser nem um pouco eficiente e raramente resolve o problema. Seres humanos seguem estímulos e não vai ser uma lei ineficiente que vai nos motivar a ser ecologicamente corretos.
Um caminho alternativo à interferência do Legislativo nessa questão seria criar uma rede de incentivos para que tornasse vantajoso ao empreendedor abandonar as sacolas convencionais, como o livre mercado já fez em redes de atacado, onde os próprios consumidores usam as caixas de papelão do estabelecimento para carregar suas compras até seus veículos. Quer coisa mais sustentável?
De que adianta demonizar as sacolinhas plásticas? Todos nós as reutilizamos de certa forma, estocando e depois reutilizando como saco de lixo. Agora, vão nos obrigar a comprar a mesma quantidade de plástico para servir de saco de lixo. Ora, o resultado da conta é o mesmo! Exceto pelo aumento de preço dos itens do mercado, devido à incerteza de cálculo de consumo de sacolas pelo consumidor a ser diluído na mercadoria (visto que é vedado o lucro), e que agora teremos de comprar as sacolinhas e também os sacos de lixo.
Infelizmente, tendemos a ter uma mentalidade medieval, onde a proibição e a penalização são preferidas em detrimento de estimular e premiar. Foi justamente o caminho do atraso que a Lei nº 8.006/18, aprovada na Alerj e que entrou em vigor no mês de junho deste ano, decidiu seguir. Agora, de qualquer forma, em nenhum dos casos o problema do descarte e destinação do plástico vai ser resolvido.
É evidente que temos dois problemas graves no Rio de Janeiro e no Brasil, que são a fraca (ou ausente) coleta seletiva e o mais grave de todos: o descarte.
Todos esses plásticos são descartados de forma completamente irresponsável, inclusive os que embalam todos os produtos que compramos, do saco do arroz ao saco plástico que, ironicamente, embala o rolo de saco de lixo que você vai ter que comprar para salvar o mundo, e as tartarugas, é claro.
Quando o lixo cumpre todo seu ciclo de descarte, coleta e destinação final, ele acaba em um dos aproximadamente 20 aterros sanitários distribuídos pelo Estado do Rio de Janeiro. Nenhum deles chega numa usina termoelétrica capaz de transformar lixo em eletricidade. Uma realidade que está prestes a mudar, com a primeira licença concedida no estado para usinas desse tipo e que será instalada no Caju, na Zona portuária da cidade do Rio.
Um outro dado importante sobre a destinação do lixo orgânico: além da precária coleta seletiva, no Brasil só existem 36 usinas de compostagem, enquanto nos Estados Unidos existem 5.749, e na Itália, 300. Uma reportagem do Jornal Hoje, da TV Globo, mostrou que a quantidade de lixo reciclado no Brasil é menos de 3%. A quantidade do plástico se torna irrelevante quando se dá a destinação correta: a reciclagem ou a incineração; mas, enquanto a coleta não é seletiva e todo o lixo coletado vai para o mesmo lixão, qualquer quantidade de plástico é nociva ao meio ambiente.
Segundo um artigo do Projeto Colabora, diferente do que se propaga sobre as novas sacolinhas, elas não são biodegradáveis. Na verdade, são tão nocivas ao meio ambiente quanto às anteriores. O artigo também indica que o problema vai continuar a existir e que a medida vai ser nula. Assim como é a “Lei dos Canudinhos”, que apenas incentivou o consumo de copos plásticos e de canudos de papel produzidos com colas tóxicas; infelizmente, a realidade é diferente daquela que pensam algumas pessoas que penduram suas ecobags no ombro e, com isso, acreditam estar salvando o mundo.
Aliada à inutilidade da medida, chama a atenção o fato de, no Brasil, somente ser capaz de produzir a resina das sacolinhas com o selo “I’m green”, a empresa Braskem, subsidiária da Odebrecht”. É isso que eu chamo de sustentabilidade conveniente. Os acionistas agradecem.
É um fato certo que a humanidade já possui todos os meios necessários para resolver a sua relação com o lixo, tanto é que países desenvolvidos já estão importando lixo, como é o caso da Suécia e Dinamarca. Enquanto isso, aqui no Brasil criamos mais uma obrigação para o empreendedor, mais um custo e dificuldade para o cidadão fluminense, e o pior: isso tudo para NADA.
A partir desta terça-feira (02/07) até o próximo dia 30, a Biblioteca Parque Estadual, no Centro do Rio, recebe a exposição # In África, que tem entrada gratuita e curadoria de Herik Wooleefer e Ju Yao.
A mostra vai retratar as marcantes cores e os costumes da África, dando visibilidade e protagonismo à obras de arte negra, que são raras, mostrando suas variedades artísticas e cultural através da fotografia, pintura, desenho e escultura.
A exposição é uma construção de obras de arte com a simplicidade dos povos isolados do Leste, a garra dos canibais, a diversidade das comunidades tradicionais e todo luxo da metrópole africana, de corpo, alma e movimento.
No espaço, o público poderá apreciar as obras dos seguintes artistas: Junior Costas, Gih Rosa, Sisley Brandão, Noemia Conceição de Souza, Bruna Ashby, Alan Porfirio, Carla Alves, Matheus Steinmetz, Robson Sales, Bob Selassie, Matheus Dalvi, Thiago Nunes, Allan Sampaio, Blínia Messias, Bru Hermenegildo, além do artista escultor convidado, Thiago Mathias. Destaque também para o artista africano convidado, Noir Africain Thezis, e o brasileiro William Júnior.
Cada traço, cor ou forma que criam com base na pesquisa do Curador ao viajar pelo continente Africano são usados para dar vida à arte inserida em nosso cotidiano. Em suas raízes de inspiração, as encantadoras tradições africanas, que representam os usos e costumes das tribos com o abstracionistas por exaltar os sentimentos e emoções de uma forma não tão clara, em princípio, e naturalistas, pelo fato de animais e elementos da natureza serem primordiais na confecção dessa arte, que podemos encontrar nas tribos do vale do Omo, no leste da África.
As tribos utilizam elementos da natureza para pintar o corpo como parte do cotidiano que possuem na sua região. Uma fabulosa paleta de cores que são extraídas de pedras em pó, barro, frutos e plantas e algumas tribos como – Afar, Éwés, Tuaregues, Tútsis entre outras encontradas na região, formando a base inspiradora dos Artistas que une as cores e tradições em uma única Arte, fundindo-se com a fotografia.
A exposição dará espaço a estas incríveis obras de arte, para que o negro tenha a sua representatividade na História da Arte, construindo, assim, uma sociedade melhor para todos.
”É uma importância primordial conhecer os artistas que mesmo sem poder criar, sem ter como construir ou mostrar a sua arte, estão conosco para suavizar os nossos dias, que muitas vezes não são agradáveis, mudando o nosso cotidiano, o que seria da vida sem as telas que nos deixa imóvel de forma instantânea, as escultura que nos permite elaborar todo processo de construção sem ao menos vê, a fotografia que congela momentos inesquecíveis”, ressalta Herik Wooleefer.
”Temos que fortalecer o vinculo da arte que esta dentro de todos, mesmo que não seja visível, a criatividade em conseguir viver é uma arte original de cada um”, descreve Ju Yao.
SERVIÇO
# In África – Período: 2 a 30 de julho – Dias e Horários: Segunda à sexta, das 10h às 18h – Local: Biblioteca Parque Estadual – Endereço: Av. Presidente Vargas, 1.261 – Centro – Rio de Janeiro/RJ – Entrada: Gratuita
Altair Alves, Caio Quirino e Raphael Fernandes projetando as semifinais da Copa América e da Copa do Mundo Feminina, além, é claro, daquela pincelada básica sobre a semana dos times do Rio.
Procurador do estado do Rio, Renan Miguel Saad foi preso, na manhã desta segunda-feira, 01/07, em mais uma etapa da operação Lava Jato. De acordo com a investigação, Miguel Saad recebeu R$ 1,3 milhão através da Odebrecht, dentro do esquema do ex-governador Sérgio Cabral, para dar pareceres favoráveis e alterar trajeto da Linha 4 do Metrô. Na época, ele era assessor jurídico chefe da Secretaria de Estado de Transportes (SETRANS), nomeado por Cabral.
A 7ª Vara Federal Criminal do Rio foi quem expediu o mandado de prisão temporária e os dois de busca e apreensão. O procurador foi preso em sua residência em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Os mandados de busca foram um no apartamento e outro no escritório dele, no Centro do Rio.
A investigação aponta que Saad era identificado na planilha da Odebrecht como “Gordinho” e os repasses ocorreram entre 2010 e 2012, conforme delação premiada do ex-diretor de contratos da empreiteira, Marcos Vidigal do Amaral.
Foram identificados pagamentos nove pagamentos, relacionados à obra da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, a Renan Saad no valor total de R$ 1, 265 milhão, nos seguintes dias e valores: 1) 10/09/2010 – R$ 185.000,00; 2) 24/09/2010 – R$ 100.000,00; 3) 04/11/2010 – R$ 90.000,00; 4) 01/12/2010 – R$ 90.000,00; 5) 08/07/2011 – R$ 400.000,00; 6) 06/10/2011 – R$ 100.000,00; 7) 30/11/2011 – R$ 100.000,00; 8) 16/02/2012 – R$ 100.000,00; 9) 18/04/2012 – R$ 100.000,00.
Além disso, Renan Saad também atuava como advogado particular, em um escritório que levava seu nome. A lei até permite, mas…
Mais de 180 mil árvores poderão ser derrubadas na Floresta do Camboatá caso a Prefeitura do Rio construa no local o novo autódromo da cidade. Ingás, ipês, angicos, jacarandás, cambarás e quaresmeiras estão entre as espécies. Contudo, a devastação pode ser evitada, com a escolha de uma outra área próxima, segundo o Ministério Público Federal.
Localizada em Deodoro, na zona norte, a Floresta está em um terreno que o Governo Federal concordou em ceder ao Município. O MPF argumenta que a União possui duas outras propriedades perto da floresta, que poderiam ser usadas, sem necessidade de desmatamento.
A área total do empreendimento é de 201 hectares, sendo que 150 hectares correspondem ao espaço em que haverá a derrubada da floresta. Isso equivale a 3 vezes o tamanho do Jardim Botânico do Rio.
A Prefeitura realizou a concorrência, que foi vencida no dia 20 de maio pelo consórcio Rio Motorsports, única empresa que apresentou proposta para obras orçadas em R$ 697 milhões.
A licitação para a construção e exploração do autódromo por 35 anos não foi precedida por um estudo de impacto ambiental (EIA/Rima), aponta MPF. Em outubro do ano passado, a Justiça já havia decidido que o Governo do Estado não poderia realizar nada na área, sem antes ter o relatório ambiental. Contudo, a decisão não envolvia a Prefeitura, o que foi pedido pelo MPF no mês passado.
Os vereadores Zico (PTB) e Marcelino D’Almeida (PP), querem dividir a Zona Oeste e criar a Zona Leste. Isso mesmo, hoje o Rio tem Zona Oeste, Sul, Norte e Centro, a Leste seria o mar, é o que dizem. Mas o Projeto de Lei nº 1.636/2015 vai criar uma nova área geográfica, que abrangerá 19 bairros das Regiões Administrativas XVI, XXIV e XXXIII, que compõem a Área de Planejamento 4 (AP4).
De acordo com o vereador Zico, o objetivo é delimitar a Zona Oeste em dois trechos geográficos no intuito de proporcionar uma melhor fiscalização sobre as aplicações de verbas e emendas parlamentares nas duas partes, realizando, desta forma, uma divisão de investimentos de “maneira igualitária”.
Passariam a fazer parte desta Zona Leste os seguintes bairros:
Anil
Barra da Tijuca
Camorim
Cidade de Deus
Curicica
Freguesia de Jacarepaguá
Gardênia Azul
Grumari
Itanhangá
Jacarepaguá
Joá
Praça Seca
Pechincha
Recreio dos Bandeirantes
Tanque
Taquara
Vargem Grande
Vargem Pequena
Vila Valqueire
Basicamente são os bairros administrados hoje pela Subprefeitura da Barra e Jacarepaguá, além da Vila Valqueire. E passará a ser Zona Oeste:
Bangu
Deodoro
Campo dos Afonsos
Gericinó
Jardim Sulacap
Magalhães Bastos
Padre Miguel
Realengo
Santíssimo
Senador Camará
Vila Militar
Barra de Guaratiba
Campo Grande
Cosmos
Guaratiba
Inhoaíba
Paciência
Pedra de Guaratiba
Santa Cruz
Senador Vasconcelos
Sepetiba
Bem, e ainda teria o Bairro Jabour, que o próprio Marcelino quer criar e seria uma divisão de Senador Camará.
Em entrevista a Assessoria de Comunicação da Câmara de Vereadores, Zico disse que acredita que o projeto será aprovado. Já que não oneraria o Poder Público, e teria relevância social. E, para ele, a nova legislação vai permitir a delimitação de áreas específicas de atuação do Poder Público permitindo tanto a população como a seus representantes entenderem com clareza quanto a Prefeitura está investindo na região, bem como a aplicação e fiscalização dos recursos que serão destinados às áreas importantes como saúde, educação, transporte, segurança, saneamento básico e iluminação.
Assista a entrevista de Vitor Almeida, o Suburbano da Depressão, no Mesa Viva, programa de entrevistas do Diário do Rio no Bar Leo.
Enquanto o novo governo estadual vem se vangloriando dos bons indicadores de suas políticas públicas de combate à violência – queda do número do roubo de cargas, queda do número de homicídios e aumento do número de autos de resistência (leia-se: quando a polícia mata bandidos) – o setor imobiliário do Rio de Janeiro acaba – ninguém sabe se por franca coincidência ou se em resultado de as pessoas se sentirem mais seguras – tendo boas histórias para contar. Às vésperas da (bem possível) aprovação da reforma da previdência, o setor imobiliário começa, ainda que lentamente, sentir os resultados das políticas públicas e, talvez, da própria queda dos preços dos imóveis na cidade, que, segundo especialistas, chegou, em alguns casos, a 60%.
“Enquanto os grandes investidores estão claramente esperando a aprovação das reformas, os compradores de imóveis de valores até um milhão de reais já começaram a comprar”, garante Victor Jessula, Diretor de Vendas do departamento de imóveis comerciais da septuagenária imobiliária Sergio Castro, com 4 escritórios e um badalado Centro Cultural na Rua das Laranjeiras.
História parecida nos contou André Toledo, da novata Block Imóveis, do Recreio dos Bandeirantes.
“É possível comprar um imóvel no Recreio, próximo à praia, pelo mesmo preço de outro imóvel similar no Méier, Cachambi ou Vista Alegre. Isto tem contribuído imensamente para o nosso sucesso”, diz Toledo, que começou o negócio há cerca de 3 anos, e hoje conta com equipe de mais de 50 profissionais em sua imobiliária na rua Genaro de Carvalho.
Segundo ele, a própria crise econômica que causou a queda dos preços é a atual responsável por tantas pessoas estarem conseguindo comprar imóveis que considera de ótimo nível, em um bairro que – se não tem a tradição de Méier ou Tijuca – conta com uma maior sensação de segurança e um clima praiano que o torna mais desejável do que os bairros das zonas suburbana e norte para o carioca médio. Além disso, após uma extensa pesquisa feita pelo Diário do Rio no site Zap Imóveis, realmente procede a história: há condomínios de apartamentos nas imediações da Linha Amarela que estão custando mais caro do que apartamentos relativamente próximos à praia tão querida por membros da classe artística carioca.
Alguns sucessos pontuais do mercado de lançamentos deram uma sacudida no mercado imobiliário da Zona Sul, como por exemplo a venda por incríveis – e quase inacreditáveis, não fossem comprovados – R$ 23.000,00 por metro quadrado dos apartamentos que a construtora Cyrella está construindo (isso mesmo, nem prontos estão!) naquele prédio abandonado que pertencia ao Clube do Flamengo, no Morro da Viúva, no bairro que leva o mesmo nome do time de futebol. Mais de uma centena de apartamentos de três quartos foram vendidos por valores próximos a 4 (quatro!) milhões de reais; e sabemos que o bairro do Flamengo não figura sequer entre os dez bairros mais valorizados da cidade.
“Foi um sucesso pontual, uma exceção”, diz Victor Torres, corretor de imóveis residenciais. “O metro quadrado do Flamengo normalmente fica mais ou menos na metade do que foi praticado no prédio da Cyrela, mas quantos outros prédios tem aquela vista eterna, com facilidades e área de lazer? De toda forma, foi uma boa notícia pro mercado, pois foi praticamente tudo vendido rapidamente. Na Zona Sul existe demanda reprimida de imóveis novos com área de lazer e serviços. Mas mesmo assim, imóvel residencial na Zona Sul, se o proprietário deixar a gente trabalhar pelo preço de nossa avaliação, é ativo que vende muito rápido”.
O Diário do Rio está acostumado com os discursos positivos dos corretores e sua fé na melhora da situação de seu mercado. Damos sempre um desconto. Mas, desta vez, quisemos confirmar e pedimos uma entrevista ao principal executivo da Sergio Castro, que é hoje a maior anunciante de imóveis da cidade, com páginas inteiras, todos os dias, no Jornal O Globo – periódico impresso de maior circulação do Rio. Os dados acabam impressionando quando aliadas aos repetidos anúncios nas principais rádios do Rio, isso além dos anúncios nos portais de imóveis, aos quais todos os corretores vêm recorrendo. Um executivo do mercado da construção que não quis se identificar disse ao Diário que “Se estão gastando tanto com publicidade, não é possível que não estejam vendendo”.
Cláudio Castro nos recebeu na Casa de Laranjeiras, um palacete restaurado no estilo art déco, na Rua das Laranjeiras, decorado com quadros de artistas do naipe de Rego Monteiro, Hércules Barsotti, e outros. “Ano passado foi muito bom para nós, vendemos todo o Largo do Boticário, a Fábrica do Sabão Português na Avenida Brasil que alugamos ao Assaí. Este ano fizemos uns negócios que disseram que iriam ser impossíveis. Por exemplo, vendemos o antigo prédio do Touring Club na Avenida Brasil, que foi também a Univercidade, um ‘esqueleto’. Negociamos três hotéis de mais de 100 quartos, e isso nos deixou claro que o Rio tem mais do que esperança. Tem futuro.”
A jornalista Anna Ramalho noticiou outro dia que Castro recebeu em seu escritório o bilionário português Joe Berardo e sua esposa. Estariam interessados em fazer um museu art déco na Cidade. “Não posso dar detalhes, mas posso dizer que não são poucos os estrangeiros que começam a pesquisar o que temos disponível, ainda por preços baixos”, declarou Castro, que escapou que ainda este ano abrirá duas lojas novas dedicadas ao mercado de imóveis residenciais da Zona Sul. “Vamos abrir ainda este ano nossas filiais no Leblon e no Jardim Botânico. Os espaços já estão em obras. Quem não acredita na Cidade não abre filial nova em bairro onde imóvel custa caro. O Rio vai vencer essa guerra.”
Toledo, da Block Imóveis, se junta ao coro. “Ninguém estava acreditando no mercado imobiliário quando abrimos a Block aqui no Recreio. O que ocorre é que em tempo de crise, só fica no mercado quem tem a corretagem no sangue. Agora que as coisas começaram a andar bem, conseguimos ter certeza de que na crise a gente aprende a trabalhar mais e melhor, e agora os resultados estão vindo”.
A verdade é que vendas estão acontecendo, mas os preços dos imóveis ainda não começaram a subir na cidade, o que alguns especialistas acabam usando como justificativa para recomendar a compra à vista a quem pode fazê-lo, antes que a retomada se concretize. É esperar para ver.
A cidade do Rio de Janeiro terá, mais uma vez, semana de tempo mesclado entre sol, nuvens e chuva.
Nesta terça-feira (02/07) e na quarta (03/07), a tendência é de sol com algumas nuvens, porém sem chuvas, com temperaturas variando entre 18 e 35 graus.
Na quinta-feira (04/07), o tempo é parecido com os 2 dias anteriores, mas com possibilidade de pancadas de chuva à tarde e à noite. O clima ficará entre 19º e 30º.
Na sexta (05/07), dia nacional da diversão pós-expediente, para tristeza dos cariocas, a previsão é de chuva o dia inteiro, com temperaturas variando entre 17 e 25 graus.
Sábado (06/07) será o dia mais mesclado de todos, isto é, sol com pancadas de chuva de manhã e muitas nuvens à tarde. À noite, tempo firme. Mínima de 14º e máxima de 20º.
Por fim, no domingo (07/07), o tempo volta a ficar como no início da semana: sol, sem chuvas. Temperaturas entre 18 e 22 graus.
Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, nesta segunda-feira, 01/07, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) disse que o empresário Arthur Soares (conhecido como “Rei Arthur”) pagou R$ 6 milhões, via caixa 2, para a campanha de Eduardo Paes (atualmente do DEM, na época no MDB) à prefeitura do Rio, em 2008.
Em nota, a assessoria de Eduardo Paes afirmou que todas as doações para campanhas do ex-prefeito “sempre foram realizadas de forma voluntária e espontânea. As doações foram declaradas e devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral. Aliás, o próprio Sr. Sérgio Cabral já admitiu perante o Juiz Marcelo Bretas que Eduardo Paes não fazia parte da sua organização”.
O ex-governador falou, ainda, sobre Lindbergh Farias (PT). Segundo ele, o petista igualmente recebeu Caixa 2.
“Em 2010, como a campanha foi muito grande, Arthur deu R$ 5 milhões à minha campanha, mas deu mais 5 milhões à campanha do Lindbergh Farias ao Senado, a meu pedido, já que o apoiava”, disse Cabral.
No mesmo depoimento, Cabral também citou governadores anteriores a ele, como Garotinho e Marcelo Alencar.
“Conheci o Arthur Soares na época em que eu era presidente da Alerj, entre os anos de 1995 e 1998. Ele já se articulava com alguns parlamentares àquela altura. Estive com ele duas ou três vezes, no período em que Marcelo Alencar [PSDB] era o governador. No governo de Anthony Garotinho (PRP), a partir de 1998, ele passou a ter uma participação mais decisiva”, afirmou o ex-governador.
As assessorias de Lindbergh Farias e de Anthony Garotinho ainda não se pronunciaram sobre as declarações de Cabral. A reportagem tentou contato, mas não conseguiu.
Veja a entrevista com Eduardo Paes ao programa Mesa Viva, aqui no Diário do Rio
O turístico e charmoso bairro de Santa Teresa será ‘abraçado’ pela arte neste mês de julho. A partir do próximo sábado (06/07), o Circuito Oriente movimentará a região, exibindo 7 mostras inéditas dos espaços Cine Galeria, Estudio Dezenove, Canto da Carambola, Ateliê dos Artífices, QTRAZ, LABPROA252 e Casa Amarela, que buscam uma nova dinâmica para o setor.
O projeto é um esforço coletivo de mútua cooperação entre os espaços expositivos que promovem uma pauta na arte contemporânea, com programa, claro, de conceitos bem definidos, textos concisos e de fácil entendimento para o público, buscando estimular o visitante a conhecer um pouco mais o que vem se desenvolvendo no campo das artes visuais, além de debates com os artistas e curadores.
O Circuito Oriente é coordenado por Julio Castro, artista visual e professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com trajetória de exposições no Brasil e no exterior, em parceria com a arquiteta, mestra em Gestão do Espaço Urbano e artista visual Ana Prado.
Sobre as exposições
1) CINE GALERIA
Recém-inaugurada no foyer do Cine Santa, um dos cinemas mais charmosos da cidade, será ambienta com a exposição Fotograma por Fotograma. Com curadoria do fotógrafo Wilton Montenegro, a mostra ativa o espaço da galeria recém-montada junto ao cinema de Santa Teresa e tem como mote aspectos da obra da cineasta Agnès Varda, recentemente falecida e considerada uma das precursoras do movimento ”nouvelle vague”. Nove jovens artistas oriundos de faculdades de arte e que começam a se destacar no atual panorama da arte abordam a relação entre o cinema e as artes visuais.
Fotograma por Fotograma: Alejandra Espinosa; Amanda Devulsky; Andréa Hygino e Luiza Coimbra; Érica Magalhães; Mariana Paraízo; Monica Coster; Samara Viana e Iamn – Curadoria Wilton Montenegro
Período: 6 de julho a 15 de setembro Dias e Horários: Diariamente, das 11h às 21h Endereço: Rua Paschoal Carlos Magno, 136 – Santa Teresa Telefone: (21) 2222-0203 Site
2) ESTUDIO DEZENOVE
Acontecem as exposições OVNI – Objetos Visuais Não Identificados, dos artistas Marco Cavalcanti e Pedro Paulo Domingues com curadoria de Osvaldo Carvalho, e Espessa Transparência – Projeto Vitrine Efêmera, de Hélio Fervenza com curadoria de Gê Orthof, além do conjunto de gravuras do artista EBER JC, fruto de sua residência dentro do programa de intercâmbio realizado pelo Estudio Dezenove com artistas mexicanos.
OVNI – Objetos Visuais Não Identificados: em diferentes suportes os artistas propõem ao espectador máquinas de fazer imaginar ao devaneio. Movimentos ora positivos, ora negativos, mas em todo caso relativos quanto à sua permanência, numa tentativa de rompê-la em busca de uma força motriz que há por trás de tudo o que existe.
Espessa Transparência– Projeto Vitrine Efêmera: um grande logotipo recortado em vinil branco adesivado no vidro, e outro, na parede do fundo da vitrine. Tal imagem provém das janelas dos ônibus intermunicipais e indica como proceder em casos de emergência. A vitrine como dispositivo a oferecer uma visibilidade aos objetos é operada pelo artista de modo inverso na qual a transparência reverbera um efeito de invisibilidade.
Período: 6 a 28 de julho, mediante agendamento Endereço: Travessa Oriente, 16-A – Santa Teresa Telefone: (21) 2232-6572 Site
3) CANTO DA CARAMBOLA
O artista Flávio Santos traz Destruição & Construção, onde divide um repertório de imagens em fragmentos (destruição) e reordena esses fragmentos em novas e diferentes imagens (construção). Ele as reúne com o auxílio de diversas mídias: fotografias publicitárias, de internet, de viagens e fotografias que produz e as conduz em um novo arranjo para sua pintura.
Período: 6 a 27 de julho, mediante agendamento Endereço: Travessa Oriente, 123 – Santa Teresa Telefone: (21) 2210-0289
4) ATELIÊ DOS ARTÍFICEIS
Ju Mendonça traz, em Giraurbana, uma série de trabalhos que têm como predominância a cor preta, uma busca e questionamento sobre as imagens das entidades apresentadas no sincretismo. A artista afirma que para cada ser caminhante na cidade existem energias motivadoras e protetoras que acompanham nossos passos dia e noite, energias que são conhecidas e relacionadas aos Orixás.
Período: 6 a 28 de julho Dias e Horários: Terça a domingo, das 18h às 00h Endereço: Largo das Neves, 4 – Santa Teresa Telefone: (21) 2572-1242 / (21) 98119-7269 Site
5) QTRAZ
Voos Viscerais, de Ana Clara Guinle, Claudio Partes, João Duarte Waddington e curadoria Bruna Serpa França, reúne o trabalho de 3 artistas que resignificam objetos selecionados, transformando-os formal e simbolicamente. Ana Clara Guinle abre as portas de seus jardins mais profundos mostrando pinturas que carregam elementos do universo feminino, de seus sonhos e experiências. Claudio Partes exibe a série Alfaiates de Asas, onde através de objetos alados faz uma crítica sociedade atual que objetifica seus sonhos e relações. Fechando a tríplice, João Duarte Waddington apresenta monotipias, trabalhos feitos a partir do uso de materiais encontrados ou doados, como sacos plásticos e panos de chão.
Período: 6 a 28 de julho, mediante agendamento Endereço: Rua Terezina, 12 – Santa Teresa Telefones: (21) 97909-3726 / (21) 99002-0644 Instagram
6) TRAMA
Evento que envolve 3 exposições: neste estão entrelaçadas individuais de artistas formandos do Curso de Artes Visuais-Escultura da EBA/UFRJ. A mostra é resultado dos trabalhos desenvolvidos ao longo do semestre pela disciplina Exposição, ministrada pela Profa. Gabriela Mureb e realizada no LABPROA252, espaço de extensão do Laboratório de Processos Artísticos (LABPROA), da EBA/UFRJ, coordenado pela Profa. Beatriz Pimenta.
Laboratório de Processos Artísticos (LABPROA252), com Carine Caz Forte; Cecilia Cipriano – Derretimento de Certezas; Rodrigo Pinheiro – Efeméridas. Curadoria de Gabriela Mureb
Período: 6 a 27 de julho, mediante agendamento Endereço: Rua Monte Alegre, 252 – Santa Teresa E-mail: labproa252@gmail.com
7) CASA AMARELA
Intervalo, de Deborah Costa, a partir de croquis de pessoas desconhecidas em trânsito, nas ruas, ônibus, metrôs, trens, forma um repertório de memórias que ganha lugar na pintura. Reverbera figuras únicas, suas expressões, seus olhares, interações. Nos inclui em breves momentos de espontaneidade, em outros tons. Esse Intervalo nos faz indagar o que acontece entre uma e outra parada, entre o desenho e a pintura, entre as pinturas, entre nós.
Período: 6 a 28 de julho, mediante agendamento Endereço: Rua Hermenegildo de Barros, 163 – Santa Teresa Telefones: (21) 99451-5768
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