Homicídios dolosos e mortes em operações policiais tem queda histórica no RJ em agosto

Estado do Rio registrou queda acentuada em diversos índices de segurança, de acordo com dados ISP

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Policial militar participa de operação em favela na zona sul do Rio de Janeiro (Foto: José Lucena)

Números do Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgados nesta quarta-feira (16/09) mostram que os homicídios dolosos – quando há intenção de matar – registraram queda de 20% no estado do Rio de Janeiro em agosto deste ano, na comparação com o mesmo período de 2019. Esse foi o menor número para o indicador no mês de agosto em toda a série histórica, iniciada em 1991. No total, foram contabilizadas 320 mortes em agosto de 2019 e 256 em agosto de 2020.

O Rio de Janeiro também registrou redução de 11% dos homicídios dolosos nos oito primeiros meses de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a agosto deste ano, foram 2.413 vítimas contra 2.723 em 2019. Segundo dados do ISP também houve queda no número de latrocínios (roubo seguido de morte). Foram 58 vítimas nos oito primeiros meses de 2020, 29 mortes a menos do que no mesmo período de 2019. Em agosto deste ano, foram registrados 11 roubos seguidos de morte.

A integração entre as polícias Civil e Militar e os investimentos em inteligência têm refletido nos índices de criminalidade, com redução expressiva em crimes como homicídios dolosos, roubos de rua e latrocínio. Vamos trabalhar para continuar a avançar na política de segurança, que é nossa prioridade, garantindo a qualidade de vida dos cidadãos fluminenses, disse o governador em exercício, Cláudio Castro.

Outro dado que chama atenção no levantamento do ISP, são as mortes por intervenção de agentes do Estado, que despencaram no ano. Foram 878 intervenções com vítimas fatais nos oito primeiros meses de 2020 e 50 em agosto. Na comparação com 2019, o indicador apresentou queda de 30% em relação ao acumulado do ano e de 71% em relação a agosto.

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Vale lembrar que operações policiais em favelas do Rio de Janeiro foram proibidas em junho pelo Supremo Tribunal Federal (STF) durante a pandemia do novo Coronavírus.

Outros indicadores estratégicos

Crimes violentos letais intencionais (homicídio doloso, roubo seguido de morte e lesão corporal seguida de morte): foram 2.492 vítimas nos oito primeiros meses de 2020 e 269 em agosto. Esses valores representam o menor para o acumulado e para o mês desde o início da série histórica, em 1999. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou queda de 12% em relação ao acumulado do ano e de 18% em relação a agosto de 2019.

Roubo de carga: foram 3.516 casos nos oito primeiros meses de 2020 e 416 em agosto. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou queda de 33% em relação ao acumulado do ano e de 29% em relação a agosto.

Roubo de veículo: foram 17.407 ocorrências nos oito primeiros meses de 2020 e 1.793 em agosto. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou queda de 38% em relação ao acumulado do ano e de 44% em relação a agosto.

Roubo de rua (roubo a transeunte, roubo de aparelho celular e roubo em coletivo): foram 49.201 registros nos oito primeiros meses de 2020 e 5.414 em agosto. Na comparação com o ano passado, o indicador apresentou queda de 42% em relação ao acumulado do ano e de 45% em relação a agosto.

Os dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública são referentes aos registros de ocorrência lavrados nas delegacias de Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro.

Monitor da violência doméstica e familiar contra a mulher

Desde a adoção do distanciamento social no Estado do Rio de Janeiro, em 13 de março, até o dia 31 de agosto, houve redução das ocorrências de “Violência Contra a Mulher” registradas nas Delegacias da Secretaria de Estado de Polícia Civil: 43,2% do número de mulheres vítimas de Violência Moral; 43,1% de Violência Patrimonial; 39,7% das vítimas de Violência Psicológica; 27,9% das vítimas de Violência Sexual; e de 27,9% das vítimas de Violência Física.

Os crimes tipificados pela Lei Maria da Penha também apresentaram diminuição: 30,0%.Apesar da queda dos registros das transgressões analisadas, a proporção de crimes mais graves que ocorreram em casa aumentou. No período estudado em 2020, 67,1% dos crimes de Violência Sexual (58,3% em 2019) e 66% dos de Violência Física (60,2% em 2019) aconteceram dentro de casa.

O número de ligações para a Central de Atendimento do Disque Denúncia apresentou redução de 19,1% para casos de “Violência contra Mulher”. Por outro lado, o Serviço 190 da Polícia Militar apresentou aumento na quantidade de ligações sobre “Crimes contra a Mulher” (12,2%), na mesma comparação de datas. No entanto, em uma análise mais minuciosa ao longo desse período, observa-se que, desde o final de maio, o registro de vítimas mulheres vem aumentando. Em agosto de 2020, nota-se que os números estão voltando a se aproximar do patamar observado em 2019. Na última semana de agosto, contudo, os registros relacionados à violência sexual, psicológica e moral caíram notadamente na comparação com 2019.

Já o número de ligações para o 190 e para o Disque Denúncia permanece relativamente estável nos últimos meses do período de isolamento.Na análise mensal, os números de vítimas de feminicídio e de tentativa de feminicídio caíram em agosto deste ano se comparados com o mesmo mês de 2019. No último mês, foram registradas três vítimas de feminicídio (contra 6 em agosto de 2019) e 17 vítimas de tentativa (contra 34 em agosto de 2019).O total de vítimas mulheres de crimes que foram registrados sob a Lei Maria da Penha apresentou uma queda de 4,2% em agosto de 2020 em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Houve aumento de 6,9%, se comparado ao total de registros de julho de 2020.Os crimes de lesão corporal dolosa e ameaça apresentaram queda de 9,5% e 11%, respectivamente, no número de vítimas mulheres no mês de agosto de 2020 em comparação a agosto de 2019. Já o crime de estupro teve um aumento de 6,5% no número de vítimas mulheres, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior. Em paralelo com o mês de julho de 2020, houve aumento do número de vítimas para os três delitos: 3,4% a mais para lesão corporal dolosa, 13,4% para ameaça e 24,8% para as vítimas de estupro.Para mais informações sobre o Monitor da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher no Período do Isolamento Social, clique aqui.

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