‘Houve falhas de projeto e de execução da obra’, diz relatório do BRT

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Foto: ASCOM

Nesta quarta-feira (14/08), a Comissão Especial que acompanha a intervenção da Prefeitura do Rio de Janeiro no sistema BRT realizou, na Sala das Comissões da Câmara do Rio, uma audiência para ouvir o ex-interventor Luiz Alfredo Salomão. A reunião foi comandada pelos vereadores Átila A. Nunes (MDB) e Willian Coelho (MDB), respectivamente presidente e relator da Comissão.

Luiz Alfredo Salomão apresentou dados do relatório elaborado pela intervenção, que durou 6 meses. Dentre os problemas apontados, estão a falta de um processo licitatório para a concessão, a deterioração da infraestrutura, o declínio da frota e o vandalismo nas estações.

”Houve também falhas de projeto e de execução da obra, sendo o principal ‘calcanhar de Aquiles’ a Transoeste. A pista de asfalto foi feita em terreno inadequado, com argila mole embaixo, com muitos lençóis freáticos. Nós a recuperamos, mas isso vai durar seis meses no máximo. É dinheiro do contribuinte que vai ser gasto em um projeto equivocado e feito às pressas”, pontua.

Outro ponto citado por Salomão foi a situação das estações, que estão se deteriorando ao longo do tempo, tendo algumas sido completamente abandonadas. ”No ramal da Avenida Cesário de Melo, têm 22 estações que foram abandonadas e vandalizadas”, disse.

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A recuperação das estações e a reabertura do Corredor Cesário de Melo foram algumas das recomendações apontadas pelo ex-interventor, que citou outras sugestões para a melhoria do sistema, tais como a avaliação permanente da qualidade, a consolidação de novas premissas do plano operacional, a consolidação das mudanças contratuais efetuadas e a reconstrução da pista Transoeste.

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BRT Transoeste foi inaugurado em 2012 – Foto: Reprodução/Internet

O vereador Átila A. Nunes demonstrou preocupação com o acordo feito pela Prefeitura que transfere para a Rio Ônibus a administração do consórcio BRT.

”Queremos entender como ficará a parte jurídica. Dentro de um novo acordo realizado pela Prefeitura, quais são os compromissos de fato assumidos? Caso não haja esse aumento da frota, nem a melhoria nas estações, o que poderá acontecer? Isso não ficou claro”, questionou.

O vereador Willian Coelho também tem dúvidas se as empresas de ônibus vão realmente investir na segurança das estações do BRT.

”Fica uma dúvida se realmente isso vai acontecer, se a Rio Ônibus vai cumprir todas as exigências colocadas pelo Poder Público”.

A Comissão Especial pretende agora realizar diligências, indo até as estações do BRT para ver quais alterações prometidas no sistema já estão sendo realizadas.

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