A Basílica de São Sebastião, popularmente conhecida como Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca, está passando por sua terceira etapa da grande reforma recente, que terá um custo total de R$ 340 mil só para a revitalização de sua fachada. Com 93 anos completados em 2024, o templo é um dos maiores e mais importantes da Grande Tijuca, e sua reforma é um passo significativo para preservar e restaurar sua beleza arquitetônica original.
Construída entre 1928 e 1931 na Rua Haddock Lobo, a Igreja dos Capuchinhos substituiu a antiga Igreja de São Sebastião, que ficava no extinto Morro do Castelo, no Centro do Rio. A demolição do morro em 1922 levou à mudança dos frades capuchinhos para a Tijuca, onde o novo templo foi erguido. O projeto original da igreja, em estilo neo-bizantino com influências neorromânicas, é de autoria desconhecida, mas seu interior é um testemunho impressionante do estilo revivalista europeu, com vitrais, mosaicos e mármores coloridos inspirados no Mosteiro de Beuron, na Alemanha.
A atual reforma visa a recuperar elementos arquitetônicos dos estilos art nouveau, art déco e neobizantino da fachada, incluindo as esculturas de concreto armado, o afresco em azulejos portugueses, as portas frontais e a estrutura da parede da fachada. Este trabalho faz parte de um projeto mais amplo que se divide em quatro fases. As primeiras fases focaram na reforma dos telhados e na restauração das cúpulas, enquanto a fase atual está dedicada à fachada.
Nos próximos passos, a restauração integral das fachadas laterais está estimada em R$ 700 mil para a lateral direita e R$ 600 mil para a lateral esquerda. Outras áreas também receberão atenção: R$ 600 mil serão destinados a melhorias na parte de trás da igreja, a restauração da torre está orçada em R$ 1,2 milhão, e os trabalhos nos sinos terão um custo de R$ 400 mil.
A reforma é financiada em grande parte por emendas parlamentares e contribuições da comunidade local. O objetivo final é preparar o templo para as celebrações de seu centenário em 2031. Além das melhorias estruturais, a restauração visa preservar e valorizar importantes artefatos históricos, como o marco de pedra da fundação da cidade, a imagem original de São Sebastião e a lápide tumular de Estácio de Sá, fundador da cidade.