Imóveis residenciais do Rio tiveram alta de 1,6%

Apesar do aumento, o Rio teve a menor alta do Brasil. Mesmo assim, a Cidade Maravilhosa manteve o título de metro quadrado mais caro do país

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Imagem aérea da orla da Barra da Tijuca - Foto: Reprodução/Internet

Com o mercado imobiliário aquecido, o Rio de Janeiro apresentou alta nos valores médios para venda de imóveis residenciais. Segundo balanço do Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados, desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo Grupo ZAP, o aumento na capital fluminense foi de 1,6%. O indicador acompanha a variação no valor médio do metro quadrado de casas e apartamentos prontos em 50 cidades brasileiras, com base em anúncios na internet. Para especialistas, o aumento, inferior a 2%, foi acompanhado de um grande incremento no índice de velocidade de vendas. Ou seja, os preços aumentaram pouco, mas o número de vendas aumentou.

O CEO da Privilégio Imóveis, João Paulo Mallet, conta que notou essa alta nos valores e, segundo ele, alguns fatores contribuíram para essa valorização:

Notamos uma tendência de valorização do mercado e, na minha opinião, os fatores que motivaram essa alta no mercado são: o represamento das vendas depois da pandemia, gerando uma demanda reprimida; o brasil vive um déficit habitacional enorme, que demanda do mercado uma movimentação mais ativa. Aliado a isso, tem o mercado com juros baixíssimos e a alta do dólar e do euro, que fez os investimentos se tornarem muito atrativos“, destacou.

Além disso, Mallet citou alguns outros fatores que tiveram importância para essa alta nos valores de residenciais. Segundo ele, com o isolamento social, as pessoas passaram mais tempo em casa e aprenderam a valorizar mais seus lares. A partir disso, surgiu uma demanda social por espaços maiores. Somado a tudo isso, a redução da taxa Selic tornou o investimento imobiliário ainda mais atrativo, em relação aos investimentos bancários. Isto sem contar a queda das taxas de financiamento imobiliário.

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A superintendente da Sérgio Castro Imóveis, Lucy Dobbin, destacou que o mercado imobiliário nunca deixou de ser um investimento seguro e, agora que se tornou muito mais rentável do que o investimento bancário, isso foi fundamental para o re-aquecimento do setor.

Historicamente, os juros reais no Brasil sempre foram muito elevados e o retorno vindo dos investimentos sem risco, ainda que menores do que ofereciam os investimentos com risco, eram certos. Isso não ocorre mais. Não há lucro em investimentos sem risco, exceto o investimento em imóveis, que ainda traz, além da segurança, oportunidade de rentabilidade através da locação. O imóvel é hoje o único investimento que além de valorizar, rende frutos. Outro fator bastante importante a ser considerado é o aumento, neste último ano, da necessidade de muitos proprietários se capitalizarem ou quitarem dívidas e isso movimenta o mercado, e encoraja compradores.”

Mallet afirmou ainda que acredita que a tendência para 2021 seja o mercado imobiliário continuar se recuperando: “A tendência é de recuperação do mercado. Não acredito que vai ter uma explosão de preços, porque a economia não está girando aquecida, mas acredito em uma correção de valores e vai ter um aumento sim“, disse. “É o último momento para ir às compras com preço antigo”, complementa Dobbin.

Segundo ambos, a melhor oportunidade está em investir nos imóveis usados para reforma. Muitas vezes gozando da mesma localização de imóveis novos vendidos a preços muito superiores, aí morariam as verdadeiras oportunidades.

Apesar do aumento de 1,6%, o Rio teve a menor alta do Brasil. Mesmo assim, a Cidade Maravilhosa manteve o título de metro quadrado mais caro do país, além de ser a quinta cidade mais cara para se comprar um imóvel dentro da América Latina.

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