O Centro de Referências das Matrizes do Samba do Rio de Janeiro: Partido Alto, Samba de Terreiro e Samba-Enredo passará por serviços de reforma da cobertura e recuperação do sistema de drenagem das águas pluviais. O valor estimado para a obra é de aproximadamente R$ 1.580.000 e o tempo da recuperação do espaço está previsto para durar oito meses.
O Centro é mais conhecido como Museu do Samba. Localizado na rua Visconde de Niterói, 1296, na Mangueira, o imóvel que abriga o Centro não é tombado pelo Iphan. Ainda assim, por se tratar de um núcleo de referência para pesquisas e registro de memórias das Matrizes Tradicionais do Samba do Rio de Janeiro, o local se estabeleceu como ponto incontornável de difusão desse bem imaterial. Em 2007, as Matrizes foram reconhecidas como Patrimônio Cultural Brasileiro. A inscrição no Livro de Registro de Formas de Expressão se fundamenta na influência que exercem na cultura e a tradição nacional.
O museu teve origem no Centro Cultural Cartola, instituição dedicada a celebrar a memória do célebre sambista e a promover a inserção da juventude local através da arte, educação e valorização da cultura. Fundado em 2001, o Centro se inspirou em Angenor de Oliveira – mais conhecido como Cartola – morador da Mangueira e um dos ícones da música popular brasileira.
Cultivadas por comunidades tradicionais há mais de 90 anos, as três formas de samba inscritas no Livro possuem particularidades, tais como: o partido alto vincula-se ao cotidiano e a uma criação coletiva baseada em improvisos; o samba-enredo possui ritmo inventado nas rodas do bairro de Estácio de Sá e é apropriado pelas nascentes escolas de samba para animar os desfiles do Carnaval; e o samba de terreiro é associado às quadras da escola, ao quintal do subúrbio e à roda de samba do botequim. Estas manifestações culturais se consolidaram no século XX, a partir de diversas influências rítmicas, poéticas e musicais do jongo.