Índice Frangão: o frango assado como termômetro da desigualdade no Rio

Pesquisa da Prefeitura revela variação de preços e impacto na renda das famílias em diferentes bairros.

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Imagem criada por Inteligência Artificialç

O frango assado, uma tradição dominical nas mesas do Rio de Janeiro, ganhou um novo olhar na cidade: o de indicador socioeconômico. O Índice Frangão Carioca, criado pelo Instituto Fundação João Goulart (FJG) em parceria com o LAB.Faz (Laboratório de Inteligência e Inovação Fazendária da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento), utiliza o preço do frango assado como um termômetro para medir as desigualdades entre os bairros da capital fluminense.

Metodologia inovadora:

A pesquisa, inspirada no Índice Big Mac da revista The Economist, coletou dados de 255 estabelecimentos em 113 bairros do Rio de Janeiro, utilizando a plataforma de delivery iFood. O índice foi calculado considerando o preço médio do frango assado em cada bairro e a renda domiciliar per capita, revelando o impacto desse alimento no orçamento das famílias.

Resultados que expõem a desigualdade:

O Índice Frangão mostrou que o preço médio do frango assado na cidade é de R$ 44,36, mas essa média esconde uma realidade de grande disparidade entre os bairros. Enquanto em Pedra de Guaratiba o frango assado custa em média R$ 28, na Barra da Tijuca o valor sobe para R$ 89,90, uma diferença de mais de R$ 60.

No estudo verifica-se o comprometimento de renda dos bairros do município do Rio de Janeiro. Quanto maior o valor do Índice, maior o peso que a compra de um frangão tem no orçamento do cidadão. Barros Filho, com índice de 8,26, e Ipanema, com 0,47, foram os bairros com maior e menor índice, respectivamente, sendo o comprometimento de renda em Barros Filho 18 vezes maior do que em Ipanema. 

Os cálculos apontam que para o Índice Frangão de Ipanema se equiparar ao de Barros Filho, o valor médio do frango de Ipanema deveria ser R$879,23. Em contrapartida, para o Índice Frangão de Barros Filho se equiparar ao de Ipanema, o valor médio do frango de Barros Filho deveria ser R$2,90. Com isso, observa-se o quanto dói no bolso de cidadãos de diferentes bairros, com diferentes rendas, a compra de um mesmo item alimentício.

Frango assado e políticas públicas:

O Índice Frangão Carioca não se limita a mostrar as diferenças de preços entre os bairros. Ele também serve como uma ferramenta para a formulação de políticas públicas que visem reduzir as desigualdades e promover a justiça social.

“O Índice Frangão Carioca surge como forma de entender em parte a cidade e o carioca. As reflexões apresentadas revelaram a disparidade econômica presente na cidade e sua implicação nas vidas dos cariocas.” – Instituto Fundação João Goulart.  

Um olhar além do frango:

A pesquisa também revelou outros dados interessantes sobre o consumo do frango assado no Rio:

  • Preferência: o frango assado é um prato tradicional nas mesas cariocas, especialmente aos domingos.
  • Variação de preços: o preço do frango assado varia de acordo com a região da cidade, o que reflete as diferenças socioeconômicas entre os bairros.
  • Impacto na renda: o comprometimento de renda com a compra de um frango assado é maior em bairros com menor renda per capita.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Tu escreve isso sob uso de drogas amigo? So pode …nunca vi tanta demagogia barata num texto. Você sabe qual é o problema, voce sabe qual governo esta no poder e voce sabe qual propaganda ele usou pra se eleger ..e me faz uma materia dessa culpando quem então? Qual setor? Crime sem sujeito?

  2. Pesquisa totalmente errada pois não consideraram alguns fatores determinantes na formação do preço do frango assado:
    1°- o peso do frango varia entre 0,8 kg e 2,5 kg (peso do produto cru);
    2°- alguns pontos de venda de frango assado pesquisados não são empresas formalizadas, ou seja não têm custo com impostos fiscais, locação de ponto comercial, salários de funcionários e, em alguns casos, utilizam água e energia de forma fraudulenta;
    3°- acompanhamentos (guarnições) – existem variações desde um frango sem nada acompanhando a um frango com batatas, linguiça, arroz, salpicão e tropeiro e isso eleva, e muito, o custo final;
    4°- tipo de embalagem utilizada varia de uma simples sacola de plástico reciclado a embalagem de EPS regulamentada pela ANVISA.

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