O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) resgatou, nesta sexta-feira (18), dez aves silvestres mantidas ilegalmente em cativeiro, incluindo um papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), espécie ameaçada de extinção. A operação ocorreu nas proximidades do Parque Estadual do Desengano, em São Fidélis, e contou com apoio do Comando de Polícia Ambiental (CPAm).
Na localidade da Chatuba, os técnicos encontraram quatro coleiros, dois galos-da-serra, dois sanhaços, um trinca-ferro e um tiziu, todos presos em gaiolas. Já na Nova Divinéia, uma equipe resgatou o papagaio-chauá, que também era mantido em cativeiro. Os responsáveis foram encaminhados à 141ª Delegacia de Polícia, em São Fidélis, onde prestaram esclarecimentos e serão multados pelo Inea. As aves seguiram para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), em Seropédica.
Paralelamente, na Região Serrana, agentes do Inea identificaram uma residência com material de caça nas proximidades do Parque Estadual dos Três Picos, em Nova Friburgo. No local foram encontradas uma espingarda, munições, três armadilhas para captura de aves e um trinca-ferro, que foi resgatado. O proprietário foi conduzido à 151ª Delegacia de Polícia e autuado pelo Inea.
As ações integram uma operação especial do Inea, iniciada na quinta-feira (17), com foco no combate a crimes ambientais e no ordenamento turístico nas unidades de conservação estaduais. A operação seguirá ao longo dos feriados da Páscoa, Tiradentes e São Jorge, com a mobilização de cerca de 200 profissionais, entre guarda-parques, fiscais, gestores e técnicos, em parceria com o CPAm.
“Nosso objetivo com essas ações é o combate aos crimes ambientais. Nossa atuação é um contraponto firme e legal a essas práticas, cujo trabalho é feito com planejamento”, afirmou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
O Inea administra atualmente 40 unidades de conservação no estado do Rio de Janeiro, que protegem cerca de 494 mil hectares de Mata Atlântica, conforme dados de 2023
A Lei 9.605/98 de crimes contra animais silvestres no Brasil.
Entre os tipos penais as condutas de tráfico, caça ilegal e maus-tratos.
As penas são de mera detenção que variam, em abstrato, de 6 meses a 1 ano, além de multa.
No Paraguai as penas contra animais chegam a 6 anos.
O Brasil pune muito mal crimes contra os animais e a fauna.