Inflação do café: veja dicas e truques para manter a bebida no dia a dia

Cariocas sentem no bolso alta de 46% no preço do café e especialista recomenda estratégias para driblar o aumento

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Mesmo sob o calor intenso do Rio de Janeiro, o café segue como uma das bebidas preferidas dos cariocas. No entanto, em 2024, o hábito ficou mais caro. O preço do café moído já acumula uma alta de 46% no ano, impactando diretamente o orçamento dos consumidores. A inflação do produto se insere em um contexto mais amplo de aumento nos preços dos alimentos, pressionado por fatores climáticos e pela redução da produção em países asiáticos e no Brasil.

Nos últimos três meses, o aumento no custo da bebida já ultrapassou 50%, segundo o Sindicato dos Corretores de Café. Especialistas apontam que a tendência é de continuidade da alta no curto prazo, o que reforça a necessidade de adaptação por parte dos consumidores.

A economista Cristiane Valente, coordenadora do curso de Ciências Econômicas da Unigranrio Afya, em entrevista ao DIÁRIO DO RIO, sugere que os consumidores busquem alternativas para manter o orçamento equilibrado sem abrir mão do café. “O primeiro passo é pesquisar preços e aproveitar os descontos oferecidos por programas de fidelidade nos mercados”, explica.

Outra estratégia é experimentar marcas alternativas, que muitas vezes pertencem ao mesmo fabricante, apenas com embalagens diferentes. A compra em atacado também pode ser vantajosa, permitindo dividir os produtos com amigos e familiares para reduzir custos.

Além disso, o consumo consciente pode evitar desperdícios. “Uma boa dica é congelar o café que sobra e utilizá-lo depois para bebidas geladas, especialmente nos dias quentes do Rio”, sugere Valente. O café preparado em casa ou no escritório também pode representar uma economia significativa em relação ao consumo em cafeterias.

Alternativas ao café tradicional

Diante da alta dos preços, algumas bebidas podem substituir o café no dia a dia dos cariocas. Entre as opções mais acessíveis estão:

  • Chás: chá preto, chá verde e chá mate contêm cafeína e podem oferecer um efeito estimulante semelhante ao café.
  • Cevada torrada: com sabor similar ao café, mas sem cafeína, é uma alternativa tradicional e mais barata.
  • Chicória: usada no Brasil desde o período colonial, a chicória torrada tem um gosto marcante e um custo mais acessível.
  • Café solúvel: apesar de ser café, o produto costuma ser mais barato do que o moído tradicional.

Dicas para reduzir o impacto da inflação

Para aqueles que não abrem mão do café, algumas estratégias podem ajudar a minimizar o impacto do aumento de preços:

  • Compra em maior quantidade: aproveitar promoções para estocar produtos não perecíveis pode reduzir os custos a longo prazo.
  • Trocar marcas premium por genéricas: produtos menos conhecidos podem ter boa qualidade por um preço menor.
  • Reduzir o desperdício: preparar porções menores e reaproveitar sobras evita perdas e gera economia.
  • Priorizar produtos regionais: itens produzidos no Brasil costumam ter preços mais competitivos do que os importados.

“Com a inflação dos alimentos pressionando o orçamento das famílias, adaptar hábitos de consumo se torna essencial. No caso do café, seja pela substituição ou pela compra estratégica, é possível seguir apreciando a bebida sem comprometer o bolso”, aposta a economista.

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Renata Granchi
Renata Granchi é jornalista e publicitária com mestrado em psicologia. Passou pela TV Manchete, TV Globo, Record TV, TV Escola e Jornal do Brasil. Escreveu dois livros didáticos e atualmente é diretora do Diário do Rio. Em paralelo, presta consultoria em comunicação e marketing para empresas do trade.

3 COMENTÁRIOS

  1. Vai aumentar ainda mais. Até 40% mais, segundo li, para os próximos seis meses.
    Estivesse o governo preocupado com o povo brasileiro taxava as exportações, com ou sem cota, a fim de tornar menos fácil a saída dos grãos do país, ou isentava de imposto para o mercado interno.

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