Influenciador digital muçulmano protesta ao ver nome de Alah em degrau da Escadaria Selarón

Episódio ocorreu na última terça-feira (13/07), para o blogueiro, por se tratar de um nome sagrado, a grafia do Deus mulçumano não poderia estar no chão do ponto turístico

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Escadaria Selarón, na Lapa (Foto: Valdimiro Ragazzini)

Uma situação no mínimo inusitada aconteceu na última terça-feira (13/07) durante a visita de um famoso influenciador digital da Arábia Saudita, com milhares de seguidores nas redes sociais, ao Rio de Janeiro. Conhecido como Thawab, ele se queixou que a palavra Alah (significado de Deus em árabe) estava escrita em um dos azulejos dos degraus da Escadaria Selarón, famoso ponto turístico da Lapa.

Segundo o blogueiro relatou à guia de turismo que conduzia o passeio ao local, é desrespeitoso ter o nome de Deus no chão, onde as pessoas podem pisar, afirmando que o ideal seria que o azulejo estivesse na parede.

A guia de turismo que recebeu a reclamação é a carioca Aline Viana. Ela postou um vídeo com o ocorrido nas suas redes sociais, pedindo ajuda de órgãos como a RioTur, empresa de turismo da Prefeitura, para que algo pudesse ser feito com a reivindicação do turista.

Ela contou que, pouco tempo depois de fazer o post, ganhou mais de 2 mil seguidores no Instagram. Os novos amigos virtuais eram, em sua grande maioria, muçulmanos de outras nacionalidades que agradeceram a postura da profissional diante da situação.

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“Pelo que eu entendi, essa questão do chão, da terra, é muito importante na cultura deles. Ele inclusive comentou que na Calçada da Fama, em Hollywood, a estrela do Muhammad Ali fica numa parede e não no chão, pois é um nome sagrado”, disse Aline.

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Degrau da Escadaria Selarón com nome de Allah cravado no azulejo (Foto: Reprodução Instagram)

O DIÁRIO DO RIO entrou em contato com a Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro que se posicionou da seguinte forma em relação ao caso:

Primeiramente acreditamos que nenhum religioso gostaria de ver um objeto que considera sagrado no chão, sendo pisado por outras pessoas. Um católico provavelmente não se sentiria bem em ver a imagem de Jesus ou da Virgem Maria em um degrau onde centenas de transeuntes pisam diariamente.

Em segundo lugar, no Islam, especificamente, a questão do respeito a certos “símbolos” religiosos é levado muito a sério. Para manusear o Alcorão, nosso livro sagrado, o muçulmano tem toda uma conduta considerada adequada para fazê-lo, só para citar um exemplo

Em última análise, pensamos ser, antes de tudo, uma questão de bom senso, mas cremos que o artista não tinha conhecimento daquela escrita em árabe ter tamanha importância religiosa e certamente não houve desrespeito da parte dele. No entanto, sem dúvida, se estivesse em uma parede seria muito melhor”.

História da Escadaria Selarón

Turista que fez a queixa é famoso na internet

Thawab é conhecido nas redes sociais por viajar o mundo abordando aspectos culturais, políticos e sociais pelos países que visita. Só em seu canal no Youtube (Sai7 Tube), ele tem mais de 438 mil seguidores. com muitos dos vídeos produzidos passando de 1 milhão de visualizações.

Também na terça-feira (13/07), ele destacou a ida a Escadaria Selarón em seu perfil do Instagram; veja abaixo:

Na legenda da foto ele diz: “Uma foto da famosa escadaria do artista Selaron no Rio de Janeiro, Brasil“.

O DIÁRIO DO RIO entrou em contato com a Prefeitura do Rio, para que ela pudesse comentar o caso, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno.

Escadaria Selarón

Localizada entre a rua Joaquim Silva, na Lapa, e a rua Pinto Martins, no bairro de Santa Teresa, a Escadaria Selarón fica a apenas cinco minutos dos Arcos da Lapa. Obra do artista plástico chileno Jorge Selarón, o local reúne diversos azulejos de várias partes do Brasil e do mundo. Toda colorida, já foi cenário de clipes de U2 e Snoop Dogg, além de ser um local escolhido por cariocas e milhares de visitantes da cidade para fotografias.

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9 COMENTÁRIOS

  1. Discordo de todos os comentários que li aqui. Não podemos nos colocar no lugar deles. A cultura Árabe é milenar, muito mais antiga que a nossa ocidental. O Rio de Janeiro sempre teve um caráter acolhedor em relação aos visitantes seja ele quem for e de qualquer país que seja . Não vejo problema algum em mudar o azulejo de lugar. A palavra no azulejo está em Árabe, portanto passou todos esses anos despercebida dos cariocas e dos turistas que frequentam o lugar. Muda-lá de lugar como pede o turista Árabe, não trará nenhuma mudança na estética do local. Substitue a placa, e vida que segue! Ah! Criasse um novo mote turístico.

  2. Daonde saiu essa figura?De qual país ?Aonde mulher é tratada feito lixo,aonde homossexuais são atirados de telhados,pessoas de outras religiões são mortas…..são tantos os absurdos q não dá nem pra enumerar…
    Vamos fazer o seguinte,tiraremos o azulejo de alá,o dia q todas as outras culturas forem tratadas com respeito por eles ,quando as mulheres forem tratadas como seres humanos,quando pararem de matar gente inocente ,se explodindo em nome de alá…..Cara de pau ,esse idiota!!!

  3. Começou o absurdo desses fdp aqui querendo impor a Sharia, a Lei Islâmica para os não muçulmanos.

    Já estão impondo à indústria brasileira a condição de mudarem as suas plantas de produção,
    Ah, claro. Tem a taxa que todos pagam (inclusive não islâmicos, pois embutido no produto) para ter o selo Halal. Assim permitindo exportar para seus países, que adotam religião oficial de estado, sem liberdade para os outros, aliás, porque o Islão não é uma religião. É mais que isso. É uma religião e encarna um estado religiosos, portanto, monopólio político.

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