Influenciador invade pista do Galeão para gravar decolagens e vira alvo da Polícia Federal

Influenciador Thiago Jatobá e grupo invadiram área restrita do Aeroporto do Galeão, no Rio, para gravar vídeos ao lado da pista. Polícia Federal investiga por crime contra segurança aérea.

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Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra o influenciador digital e bodyboarder Thiago Jatobá, de Niterói, invadindo com amigos a pista do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), na Ilha do Governador, durante a noite. As imagens, que já foram apagadas das plataformas, mostram o grupo a poucos metros da cabeceira de decolagem, enquanto aviões comerciais passavam ao lado.

Na gravação, narrada por Jatobá, ele e o irmão, Gabriel Jatobá, aparecem junto a outro jovem ainda não identificado. O grupo inicia a ação atravessando uma área de mata nos arredores do aeroporto, até se deparar com a cerca perimetral. “Vamos tentar assistir a uma decolagem bem na pista do avião”, diz o influenciador, antes de mostrarem como pretendiam pular a grade, coberta por arame farpado.

Após atravessarem a barreira, os jovens se abaixam e apagam as lanternas para evitar serem vistos. Em certo momento, se levantam e caminham a poucos metros da pista, com um avião passando próximo. “Entramos aqui no aeroporto!”, comemora Jatobá, em tom de conquista.

A ação, no entanto, pode custar caro. A Polícia Federal informou, em nota, que já iniciou uma investigação para apurar os fatos e identificar todos os envolvidos. O grupo pode responder por crimes previstos no artigo 261 do Código Penal, que trata de atentado contra a segurança do transporte aéreo, cuja pena pode chegar a cinco anos de prisão.

“Casos de invasão de pista são violações graves, que podem configurar diversos crimes e infrações, incluindo atentado contra a segurança da aviação”, declarou a concessionária RioGaleão, responsável pelo aeroporto, que afirmou estar colaborando com as autoridades.

Segundo o advogado Gabriel de Britto Silva, especialista em direito aéreo, mesmo com pena de reclusão, o desfecho pode envolver medidas alternativas à prisão. “O juiz vai analisar a gravidade do caso e o impacto real nas operações do aeroporto”, explicou.

Caso fique comprovado que houve intenção de lucro com os vídeos, os envolvidos também poderão ser multados.

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1 COMENTÁRIO

  1. Absurdo! Morre e depois a família ainda vai se achar no direito de processar o RioGaleão.
    Deve haver castigo como prisão e o pagamento de multa.

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