Influenciadores Cariocas: Maria Cevada

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Maria Cevada

Trabalhar bebendo cerveja é o sonho de muita gente. No entanto, não é tão fácil quanto parece. A sommeliére de cervejas e jornalista Amanda Henriques e o publicitário Anderson Senne sabem bem disso.

Eles comandam o Maria Cevada, uma das principais referências nacionais quando o assunto é cerveja artesanal. Desde o ano de criação do site, em 2013, já foram muitos feitos alcançados. Entre eles, o reconhecimento da Heineken e de alguns dos principais veículos especializados desse meio, como Revista da Cerveja e BeerArt.

Amanda Henriques

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Amanda Henriques concedeu uma entrevista ao Diário do Rio, na qual ela fala um pouco mais sobre esse site que entra para a lista dos Influenciadores Cariocas.

Diário do Rio: Uma curiosidade, por que o nome do site é Maria Cevada?
Amanda Henriques: A primeira coisa que você pensa é “um site para mulheres”. Não é, nunca foi, mas a intenção é proposital. Eu quero as meninas no mundo da cerveja artesanal também, sem medo dos preconceitos! Eu acredito que pras mulheres conquistarem o espaço delas no mercado, tem que ir pro meio da bagunça! Por isso, falamos com todos e temos muito cuidado em não reproduzir coisas horríveis como aquela história de “cerveja para mulheres” ou então tratar como se fosse algo completamente fora da curva ter uma mulher à frente das panelas de uma cervejaria. Bobagem, somos 40% do mercado, não precisamos exaltar nada não. Não somos exceção. A Maria Cevada é um site com logo “fofa”, com nome feminino e tem 70% de marmanjos leitores. Isso, pra mim, é muito gratificante! O que poderia ser um nome pejorativo virou uma quebra de tabu: todo mundo é Maria Cevada mesmo, seja homem, seja mulher, e vai atrás de cerveja boa que é o que importa. Se for com a nossa ajuda, melhor.

Diário do Rio: Vocês já se tornaram referência em informação sobre cervejas artesanais. Mas quais foram (ou são) as principais dificuldades que encontradas no trabalho para manter o site informando bem?
Amanda Henriques: A revolução da cerveja artesanal chegou num ponto em que recebemos convites para dois, três eventos por dia, isso durante a semana. Gostaríamos de ter mais tempo, mas o blog ainda é parte do nosso tempo livre, temos empregos não relacionados à cerveja e temos que conciliar também nossos amigos e famílias. Como qualquer outro veículo de comunicação, precisamos que as empresas entrem nesse projeto conosco. Mas o mercado é de micros, artesanais e muitas vezes o investimento em marketing e divulgação pode ser o crucial para custos básicos para seguir com a produção ou melhorar algo pra cervejaria. Ter o retorno desse trabalho é bem difícil.

Diário do Rio: Vocês são profissionais de comunicação e devem estar acompanhando a crise que o jornalismo vive no Brasil (demissões, veículos fechando as portas). Na opinião de vocês, a saída para os jornalistas é achar um nicho como vocês fizeram e investir nesse projeto?
Amanda Henriques: Nós somos profissionais de entretenimento e TV, embora seja um ano de crise, o nosso setor não foi tão afetado como as redações. Falando um pouco sobre conteúdo digital que é a nossa área, acho que não é só uma questão dos profissionais apostarem em um nicho. Os próprios veículos precisam entender que, no mundo digital, há espaço para simplesmente todos os temas, hobbies e públicos. É muito mais trabalhoso investir nesses pequenos segmentos, mas eles precisam focar nessa “cauda longa de temas” para pescar esses leitores que não encontram suas afinidades em um mundo de um milhão de informações que disputam por um espacinho na sua home.

Anderson Senne

Diário do Rio: Vocês só trabalham no Maria Cevada ou têm outros projetos profissionais?
Amanda Henriques: Eu sou jornalista com MBA em Marketing e especialização em Marketing Digital. Trabalho há sete anos com Conteúdo e Marketing Digital na Globosat. Já passei pela área de Novas Mídias e fiz parte do projeto que se tornaria o Globosat Play, depois toquei os sites e o desenvolvimento de aplicativos e games para o canal infantil Gloob. Hoje sou responsável pela área digital dos canais adultos da empresa, em especial o Sexy Hot. O Anderson Senne é publicitário com MBA em Gestão do Entretenimento. Ele cuida de programação de TV e já passou pelo Universal Channel e Gloob. Hoje cuida da programação e estratégia do Canal Viva. Como dá pra perceber, a gente não vive só para beber cerveja, somos pessoas normais que trabalham oito horas por dia. Gostaríamos de ter 48 horas por dia para cuidar do projeto do Maria Cevada com o carinho que ele merece, mas temos outras prioridades também.

Diário do Rio: Para fechar, quais os planos futuros para o Maria Cevada?
Amanda Henriques: Acreditamos muito na marca e já pensamos em criar produtos cervejeiros. O Anderson Senne anda bem animado com a ideia de uma linha de cervejas com a marca. Essas são as ideias que devem começar a sair do papel no ano que vem. Esse ano nós focamos na nossa profissionalização e na do site: eu concluí meu curso de sommelier pelo Instituto da Cerveja Brasil, o Anderson se tornou homebrewer depois de fazer o curso do Leonardo Botto. Desde então ele tem se especializado em estilos e ingredientes, o caso de amor dele é com as panelas. Esse ano o site deixou de ter uma estrutura de blog e passou a ser um portal cervejeiro, isso gerou mais oportunidades de parcerias que vamos focar em divulgar. O trabalho editorial e criativo (é muito trabalho) continua, mas ano que vem vamos tentar ativar o site comercialmente.

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