Influenciadores digitais, os ‘ídolos’ de um mundo cada vez mais virtual

O mercado dos influenciadores digitais, principais protagonistas das redes sociais, é a tendência profissional do momento e move o mundo em que vivemos, cada vez mais conectado à vida virtual

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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

É inegável que o mundo está em constante transformação. Regularmente, fatos e ferramentas comunicativas novas vão surgindo, deixando o que hoje é considerado moderno ”ultrapassado” daqui a meses ou até mesmo semanas.

E muito disso se deve, claro, ao cada vez maior avanço da tecnologia, que, por sua vez, está totalmente interligado à internet. E é justamente no âmbito virtual, mais precisamente nas redes sociais, que encontra-se uma das principais atribuições profissionais da atualidade: os influenciadores digitais.

Trata-se de um grupo de pessoas, das mais diferentes áreas, que, como o próprio termo já remete, influenciam seus respectivos públicos a consumirem determinado tipo de produto/conteúdo. Numa linguagem mais clara, são pessoas que se tornam referência a outras sobre um determinado assunto.

Segundo um levantamento detalhado feito pela Betway, site de roleta online, 55% das pessoas pesquisam opinião de influenciadores digitais antes de adquirir algum produto considerado importante; 73% já efetuaram uma compra por indicação específica de um influenciador; e 71% seguem nas redes sociais pelo menos 1 ”influencer”.

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No Brasil, isto é, a nível nacional, o ”pódio” dos influenciadores considerados mais ”confiáveis” devido a seus respectivos engajamentos, também de acordo com um estudo realizado pela Betway , é formado pelo piauiense Whindersson Nunes (1º), pelo carioca Felipe Neto (2º) e pelo alagoano Carlinhos Maia (3º).

Whindersson surgiu na internet em 2012, com a paródia ”Alô, Vó, Tô Reprovado”, que, à época, atingiu 5 milhões de visualizações no YouTube em uma semana. Já Felipe, 7 anos antes, isto é, em 2005, iniciou sua carreira virtual também no principal site de vídeos do mundo opinando, de maneira polêmica, sobre temas da cultura pop. Por fim, Carlinhos ficou conhecido a partir de 2018 devido a seus chamativos stories no Instagram, ocupando, inclusive, o segundo lugar no ranking a nível mundial, perdendo apenas para a popularíssima socialite norte-americana Kim Kardashian.

Trazendo agora para o âmbito carioca, que é a linha editorial do DIÁRIO DO RIO, há alguns influenciadores populares ligados à Cidade Maravilhosa. Em 2015, Natália Alves e Suzanne Moraes deram início, no Instagram, à página ”O Que Fazer no Rio”, que, em suma, com leveza e simpatia, dá dicas de lugares agradáveis para se conhecer na capital fluminense e também no interior do estado. Já em 2016, com o sucesso inicial do primeiro perfil, passaram a comandar outra página, ”Onde Comer no Rio”, focada exclusivamente em sugestões gastronômicas. Vale ressaltar que, durante a pandemia, as amigas também passaram a publicar informações pertinentes à situação, para alertar seus seguidores sobre o panorama.

São mais de 6 anos produzindo conteúdo para um público que, hoje, chega a quase 800 mil pessoas. Mais do que proporcionar entretenimento, em tempos de pandemia temos o papel de transmitir informações relevantes e importantes sobre o vírus, além de mensagens positivas para nossos seguidores”, destaca Suzanne.

Com ideia inicialmente similar à supracitada, as influenciadoras Fernanda Britto e Mariana Reis administram o perfil ‘‘Dupla Carioca” no Instagram, que tem atualmente 737 mil seguidores. Hoje, a página, além de dicas sobre o Rio, virou uma espécie de lifestyle sobre a rotina das duas, devido à interação e curiosidade do público em relação a isso.

Já com foco nos admiradores das zonas Norte e Oeste do Rio, além da Baixada Fluminense, o historiador Vitor Almeida criou, em 2012, no Facebook, a página ”Suburbano da Depressão”, que, apostando em irreverência e bom humor, traz causos e situações tipicamente ligadas ao Subúrbio carioca e aos frequentadores de tais localidades. O perfil tem atualmente quase 450 mil seguidores.

A página foi muito importante para criar um debate em relação a questões históricas de uma cidade partida, com pouco (ou quase nenhum) investimento nos subúrbios. Muita gente acabou se identificando, a ponto de não ficar restrita somente à cidade do Rio, mas também à Região Metropolitana e a outros municípios do RJ e até fora do estado. É um movimento de questionamento de uma cidade que tem muitos problemas históricos relacionados ao seu território”, explica Vitor.

Mais recentemente, outra rede social passou a crescer absurdamente e se tornou a tendência do momento. Trata-se do TikTok, onde as pessoas criam e publicam vídeos curtos e interativos. No âmbito do futebol, o botafoguense Daniel Braune, que já era sucesso no Instagram, entrou para o time dos ”tiktokers” e tem atualmente 3 milhões de curtidas em seus vídeos.  

Vale ressaltar que, embora o mercado das redes sociais seja relativamente novo, esse trabalho comercial começou há muitos anos, inicialmente com os garotos-propagandas, como, por exemplo, Rainha Charlotte, que promoveu a marca inglesa Wedgwood em 1760, e, posteriormente, com as pessoas que já eram celebridades devido às sua carreiras, como a icônica apresentadora Xuxa, ”rosto” da marca de hidratantes Monange entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000.

Certamente, o mercado dos influenciadores digitais, principais protagonistas das redes sociais, é a tendência profissional do momento e move o mundo em que vivemos, cada vez mais conectado à vida virtual.

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