Intervenção, filme de Rodrigo Pimentel, estreia na Netflix dia 27/12

Intervenção, de Rodrigo Pimentel, criador e roteirista de Tropa de Elite é puro suco de Rio de Janeiro e fala de policiais nas UPPs do RJ

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O novo filme de Rodrigo Pimentel, roteirista e criador da série Tropa de Elite estreia no dia 27 de dezembro no streaming Netflix e, quem assistiu, principalmente na pré-estreia ocorrida no Festival do Rio em 2019, garante: é puro suco de Rio de Janeiro. E melhor: é dirigido por um paulista, Caio Cobra, premiado diretor e montador de filmes. O filme é um lançamento da Media Bridge, dos produtores Cosimo Valério e Angelo Salvetti.

O nome, “Intervenção”, foi concebido durante a Intervenção Federal no Rio de Janeiro – há uma rápida cena sobre isso – mas o significado é mais amplo: é sobre a intervenção que a PM realiza desde 2008 nas favelas do Rio de Janeiro, as já desgastadas Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs. Pimentel divide o roteiro com Gustavo de Almeida, que era assessor de Imprensa civil da Polícia Militar no período mais intenso das UPPs (de 2009 a 2015). As atuações soberbas de Marcos Palmeira, Babu Santana e da estrela Bianca Comparato (da série 3%) fazem a diferença em um cenário repleto de problemas pós-olímpicos da cidade.

– Quando escrevemos o roteiro, fizemos um painel numa parede com todos os grandes problemas da cidade: violência, desordem urbana, roubo de cargas, receptação de produto roubado, tiroteios em áreas de lazer, conflitos de Uber contra táxi, enfim, todo o caos do Rio depois dos Jogos Olímpicos de 2016 – explica Pimentel, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o famigerado BOPE, tema da série Tropa de Elite. Só que agora o foco está nos policiais “novos” que compunham as UPPs.

Quando divulgávamos os ativos do programa, sempre destacávamos que seriam destinados “policiais novos, recém-formados”, para as UPPs – diz o jornalista Gustavo de Almeida, ex-assessor de imprensa da PM. – Era a narrativa que usávamos, criada pela Secretaria de Segurança, para dar Confiança, a narrativa de que policiais mais antigos teriam vícios. Na prática esse era um pensamento simplista, que desprezava o fato de que a experiência e a vivência são úteis em qualquer atividade humana – explica.

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Bianca Comparato vive Larissa, uma soldado que mora na periferia e que trabalha no Morro da Laje. No primeiro dia de trabalho já enfrenta um tiroteio a bordo de um blindado, numa cena espetacular logo no início do filme.

Quem assistir essa cena vai sentir exatamente o que sente o policial a bordo do Caveirão – diz Pimentel. – Muitos pensam que a sensação é de proteção e de conforto, mas não é, em muitos veículos na época das UPPs havia falhas de blindagem.

Uma curiosidade: o nome da personagem principal é Larissa porque seria uma homenagem a quem inicialmente encenaria a personagem: a cantora Anitta.

A Anitta acabou tendo problemas de agenda e não pôde, mas isso acabou sendo uma sorte, porque a Bianca Comparato é uma atriz extraordinária, fora do comum. Quem a via “na vida real” e a vê no filme fica impressionado. Os momentos de fúria são arrebatadores – diz Gustavo.

Marcos Palmeira faz o papel do Major Douglas, comandante da UPP do Morro da Laje, e Babu Santana é o Cabo Lobo, ou Ivan. O elenco tem ainda Felipe Thiré como traficante, e ainda Dandara Mariana, Zezé Motta, Rainer Cadete, Juliana Guimarães e Rafael Losso. O querido Castrinho faz uma aparição súbita e que vai divertir muito a plateia.

O filme tem alguns “easter eggs”, que a gente não vai adiantar, mas é basicamente uma história costurada com dezenas de pequenas histórias reais. Eu e o Rodrigo (Pimentel) entrevistamos mais de 50 praças e oficiais de UPP ao longo de meses. Tudo que está ali, em algum momento, realmente aconteceu com alguém – diz Gustavo. – Menos, é claro, uma cena entre um policial e um juiz, mas não dá para falar porque seria spoiler. O restante, pode acreditar, já aconteceu.

O diretor Caio Cobra também lançou este ano Virando a Mesa, filme com Monique Alfradique, Stepan Nercessian e Rainer Cadete. A fotografia de Intervenção é de Enio Berwanger.

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1 COMENTÁRIO

  1. Caramba,ainda dão espaço para esse Rodrigo Pimentel,ganha dinheiro contando as mentiras dele criticando a PM e nada faz .““““E mas sempre tem um para dar iBOPE a esse malandro.Soube ser esperto foi fracasso no BOPE(numa operação do BOPE,botou a tropa em risco,acabou perdendo um colega de equipe,por causa da precipitação do Rodrigo,é tão covarde que tiveram quer resgatar Pimentel escondido em uma birosca…também é orgulhoso,quis sair na frente,para adquirir honra para si ,se lascou…kkkk,esse é a verdadeira inspiração do capitão Nascimento.Ah !!!antes que me esqueça ele é filho de general…agora sabemos como entrou no BOPE…NÃO DEVE NEM TER FEITO A PROVA PRÁTICA…por isso esse fracasso todo.Porém ele é um bom contador de histórias,Capitão Nascimento?menos Rodrigo,menos.KKKKKKKKKK

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