Jacarés que vivem em canal no Recreio são alimentados e acariciados por moradores; assista

Situação, inusitada e muito perigosa, tem acontecido no Canal das Taxas, na região do Terreirão; especialistas alertam para os riscos

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Jacaré sendo alimentado no Canal das Taxas, no Recreio - Foto: Reprodução/Internet

Um fato curioso, mas, ao mesmo tempo, bastante perigoso, tem chamado a atenção na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com imagens divulgadas inicialmente pela ”TV Globo”, um grupo de moradores do Recreio dos Bandeirantes está alimentando jacarés que vivem no Canal das Taxas, na região do Terreirão.

Nas imagens, é possível observar 2 moradores locais jogando um tipo de alimento (aparentemente peixe) aos animais. Um deles, inclusive, faz carinho no jacaré que aparece no vídeo (assista abaixo).

A situação, porém, é considerada crime ambiental e e gera insegurança tanto para os humanos envolvidos quanto aos animais.

”É uma situação altamente preocupante. Aqui é o habitat deles. Eles se concentram lá porque as pessoas os alimentam. Mas eles perdem a capacidade natural de ir atrás de alimentos e colocam em risco a integridade dos moradores”, disse Antônio Melo, fundador do Movimento de Despoluição do Canal das Taxas ao portal ”G1”.

”Alimentar os animais dessa forma aumenta a competição, e os animais grandes defendem o território brigando”, explicou, por sua vez, o presidente do Instituto Jacaré, Ricardo Freitas, que faz um alerta ainda mais forte.

”Se um jacaré abocanhar a mão de quem está o alimentando e puxá-lo para a água, ocorrerá um ‘frenesi alimentar’. Todos os outros vão ser sinalizados e vão pegar um pedaço, que é da natureza deles”, afirma.

Já a Associação de Moradores do Terreirão, por meio do seu presidente, José Romildo de Souza, disse que acionou as pessoas que aparecem nas imagens.

”Já orientamos a comunidade a não fazer mais isso. Somos os guardiões do rio, trabalhamos diariamente limpando. Entendemos que é um risco tanto para o animal como para os moradores”, declarou José Romildo de Souza, presidente da associação.

O que diz a Prefeitura

Procurada pelo DIÁRIO DO RIO para comentar o assunto, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) informou que ”a prática de alimentação dos animais é constantemente coibida na unidade de conservação”. Além disso, a pasta solicita que ”denúncias sejam feitas pelo 1746”.

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1 COMENTÁRIO

  1. Em Santa Teresa existem outras irregularidades.
    Cito como exemplo a ocupação irregular do passeio público por um artesão que deliberadamente instalou o seu “atelier” de sucata na Rua Almirante Alexandrino próximo a casa da Comlurb.
    Essa irregularidade precisa ser resolvida, pela questão da legalidade e ambiência do espaço público.

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