O Jardim Botânico do Rio, fundado em 1808 como um presente de Dom João VI, não é apenas um dos cartões-postais mais emblemáticos da cidade, mas também um poderoso aliado no combate ao calor urbano. Com suas imponentes palmeiras e cerca de 3.400 espécies da flora brasileira, estudos recentes apontam que áreas próximas ao parque podem ser até 5°C mais frescas.
Pesquisas publicadas no Journal of Zoological and Botanical Gardens revelam que jardins botânicos tropicais, como o do Rio, funcionam como significativos sumidouros de carbono. Entre eles, um estudo da USP, realizado entre 2021 e 2022, estimou que o arboreto do Jardim Botânico armazena 4.024 toneladas de carbono, com densidade de biomassa comparável às florestas Atlântica e Amazônica.
Localizado aos pés da Floresta da Tijuca, o Jardim Botânico do Rio se estende por 54 hectares de área de visitação pública. O espaço atrai cerca de 500 mil visitantes ao ano, que podem contemplar não apenas a sua rica biodiversidade, mas também atrações como o Lago da Vitória-Régia, o Arboreto e um herbário que reúne um dos maiores acervos botânicos da América Latina. Além de sua riqueza ambiental e cultural, o parque cria um microclima mais ameno, tornando o bairro do Jardim Botânico um dos mais frescos do Rio, mesmo nos dias de calor intenso.
Daí a importância de haver mais desses “bolsões verdes” espalhados pela cidade toda, preferencialmente com vegetação nativa. Daí também a importância de arborizar mais a cidade. Entretanto, a cada dia que passa eu me convenço mais que o que a gente gosta mesmo é de asfalto, concreto, vidro e metal (tudo que só aumenta a sensação de calor)!