Jardim Gramacho registra o surgimento de um novo lixão, gerando poluição ambiental e prejudicando voos no Tom Jobim

O ressurgimento de um lixão, em Gramacho é fonte de muitos riscos, que vão desde agressões ambientais a acidentes aéreos

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Caminhão e sinais de fogo em lixão clandestino, em Gramacho / Reprodução: TV Globo

Dez anos após ter um dos lixões mais famosos do Brasil desativado, o Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, volta a registrar o surgimento de um novo lixão clandestino em uma área de manguezal, a qual deveria ser preservada. O ressurgimento de um lugar semelhante ao extinto Aterro de Gramacho foi registrado pelo RJ2, da TV Globo, na tarde desta sexta-feira (17).

Segundo a emissora, o local fica próximo ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão; às margens da Baía de Guanabara, do outro lado do espelho d’água. A reportagem da TV Globo flagrou, através de imagens aéreas, a presença de um caminhão de material reciclado no terreno. Foram vistos ainda pontos de fumaça, resultantes, provavelmente, da incineração dos rejeitos.

A região de Gramacho é protegida pela legislação municipal, estadual e federal contra o surgimento de locais deste tipo. O ambientalista Luiz Renato Vergara asseverou que a existência de um lixão na região é extremamente danosa ao meio ambiente, pois pode contaminar o lençol freático e afetar o equilíbrio da biodiversidade local, além de produzir um enorme desmatamento.

“[Estamos vendo] a expansão da destinação irregular de resíduos sólidos em Jardim Gramacho. Para essa empresa fazer isso de forma legal, ela teria que ter o inventario florestal e análise da vegetação para verificar se a vegetação é de mangue onde o município ou o Inea, dependendo do estágio de regeneração da vegetação, tenha que analisar”, disse o ambientalista à TV Globo.

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Os riscos causados pelo ressurgimento de novos lixões no Jardim Gramacho são muitos, sendo o maior deles gerado pela presença de urubus, que são atraídos pelos rejeitos. As aves representam uma grave ameaça ao tráfego aéreo do aeroporto internacional. Além disso, com a devastação da vegetação, espécies em extinção podem estar sendo dizimadas pela ação ilegal.

“Uma vez que foi encerrado o Aterro de Gramacho, não tem que ter mais nenhuma atividade de resíduo ali justamente por atrapalhar o tráfego aéreo. O que estamos vendo no Rio de Janeiro como um todo é uma frouxidão da fiscalização ambiental,” disse Luiz Renato Vergara.

A reportagem do RJ2 entrou em contato com a prefeitura de Duque de Caxias, a qual adiantou que pedirá ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para que ele ateste o avanço do lixão. O órgão, por sua vez, esclareceu, segundo a reportagem, que fiscaliza e licencia os aterros sanitários, além de aplicar punições previstas em lei quando constata vazamentos. O Inea não se manifestou sobre o lixão.

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1 COMENTÁRIO

  1. Pra mim querem prejudicar os voos no galeão, para que o aeroporto fique esvaziado, transferindo assim os voos para outros aeroportos. Esse aeroporto é melhor do País e querem acabar com ele. Abrem o olho autoridades estadual e municipal.

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