A Fundação Rio-Águas, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Infraestrutura, anunciou nesta terça-feira (14/06) o início dos estudos de um projeto de contenção de enchentes para o Jardim Maravilha, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. O loteamento fica em uma área de várzea, uma mancha de inundação do Rio Cabuçu-Piraquê, que sofre constantes alagamentos.
O Prefeito Eduardo Paes (PSD) afirmou que, apesar da solução para o Jardim Maravilha ser complexa, um estudo pormenorizado pode ajudar a reduzir danos causados pelas enchentes na região.
“Não há soluções simples para casos como o do Jardim Maravilha. Essa é uma região que a Rio-Águas vem estudando há muito tempo, mas faltava um projeto que desse uma solução definitiva. Fizemos a contratação de um escritório especializado, que vai traçar todas as intervenções que iremos fazer,” declarou o prefeito do Rio.
A Prefeitura planeja uma solução ambientalmente sustentável para o Jardim Maravilha, onde serão implantados 12 quilômetros de cursos d’água, incluindo o Rio Cabuçu-Piraquê e canais que deságuam nele. De acordo com o projeto poder público municipal, as faixas marginais de proteção do Cabuçu-Piraquê funcionarão como reservatórios naturais para as águas excedentes, que transbordarão rumo às áreas verdes.
“Nesse momento, o que parece ser mais adequado é a construção de um dique para evitar que as cheias do Rio Cabuçu-Piraquê invadam o loteamento do Jardim Maravilha. Também vamos tratar toda a falta de infraestrutura, com a instalação da rede de drenagem, de esgotamento e a pavimentação. Com um conjunto de técnicas e intervenções, pretendemos trazer mais tranquilidade para a população dessa região, que sofre há muitos anos com enchentes e inundações,” afirmou o presidente da Fundação Rio-Águas, Wanderson Santos.
De acordo com o planejamento da Prefeitura, serão criadas barreiras contra as cheias, através de uma área aterrada e elevada, que servirá para reter a água do rio, em todo o seu percurso e nos limites do loteamento. Também será construído um canal auxiliar para fazer a receptação das águas pluviais do sistema de drenagem dos lotes.
“Já liberei recursos para fazer o Bairro Maravilha numa área de 320 mil metros quadrados, aqui, do Jardim Maravilha, com início das obras previsto para setembro. Também já temos alocados para o Jardim Maravilha cerca de R$ 300 milhões. Se, ao longo do estudo, a Rio-Águas e a empresa contratada definirem que o dique já pode começar a ser construído, nós vamos fazer isso”, garantiu Eduardo Paes.