Jovens foram os mais afetados psicologicamente durante a pandemia

Pesquisa foi feita pelo Instituto Rio21 em razão do setembro amarelo

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Imagem meramente ilustrativa. Jovens assistindo uma aula ao ar livre

Na sequência da série de matérias sobre a saúde mental dos cariocas durante a pandemia, baseado em uma pesquisa feita pelo Instituto Rio21, o DIÁRIO DO RIO mostra que os jovens de 16 a 24 anos foram os mais afetados no período de crise causado pelo Coronavírus.

“Ao analisar os dados da pesquisa, identificamos que a pandemia afetou muito a saúde mental dos moradores da cidade do Rio de Janeiro. Mas, ao observarmos estes dados por faixa etária, percebemos que os jovens, entre 16 e 24 anos, foram os mais impactados psicologicamente durante esse período. Sendo o grupo etário que mais avaliou sua saúde mental como ruim ou muito ruim após março de 2020. Além disso, esta geração é a que está se sentindo mais solitária e ansiosa durante a pandemia. Essas informações são fundamentais para que se pensem políticas públicas e ações voltadas aos jovens do município”, apontou a diretora de pesquisa do Instituto Rio21, Ana Flávia Assumpção.

Antes da pandemia, 23,4% dos entrevistados de 16 a 14 anos avaliaram que sua saúde mental estava ruim ou muito ruim. Durante a pandemia, esse número saltou para 70,4%.

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Por sua vez, o grupo de entrevistados de 60 anos ou mais apresentou uma taxa de apenas 0,7% com saúde mental ruim ou muito ruim antes da pandemia. Tal percentual é 33,4 vezes menor que o percentual de entrevistados de 16 a 24 anos com saúde mental ruim ou muito ruim antes da pandemia.

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Ainda que tenha havido um crescimento significativo de 11,9 pontos percentuais durante a pandemia, a proporção de entrevistados acima de 60 anos com saúde mental ruim ou muito ruim (12,6%) continuou extremamente inferior à de entrevistados de 16 a 24 anos com saúde mental ruim ou muito ruim (70,4%).

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Dentre os entrevistados mais jovens, de 16 a 24 anos, 30,3% afirmaram que se sentiam sozinhos sempre ou quase antes da pandemia. Essa proporção aumentou para 63,2% durante a pandemia, apresentando um crescimento de 32,9 pontos percentuais em relação ao período anterior nessa faixa etária.

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Em contraste, dentre os entrevistados acima de 60 anos, apenas 6,4% afirmaram que se sentiam solitários sempre ou quase sempre antes da pandemia. Comparativamente com a faixa etária de 16 a 24 anos, há uma diferença significativa de 23,9 pontos percentuais no mesmo período. Já durante a pandemia, apesar do grupo de 60 anos ou mais também ter apresentado um aumento na frequência com que se sentem solitários, a proporção continuou bem menor em relação aos mais jovens: apenas 19,8% dos entrevistados com mais de 60 anos afirmaram se sentir sozinhos sempre ou quase sempre durante a pandemia.

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Os entrevistados pertencentes a faixa etária de 16 a 24 anostambém se mostraram mais ansiosos durante a pandemia do que os membros de qualquer outra: 99% afirmaram que seu nível de ansiedade está entre 6 e 10 durante pandemia. Já a faixa etária de 60 anos ou mais foi o grupo que se apresentou menos ansioso durante a pandemia: 79,7% afirmaram que seu nível de ansiedade está entre 6 e 10 durante pandemia.

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Também foi perguntado aos respondentes o quanto eles se consideravam otimistas, de 0 a 10, sendo 0 nada otimista e 10 muito otimista. Antes da pandemia, 90,3% dos jovens de 16 a 24 anos afirmaram que seu nível de otimismo estava entre 6 e 10. De forma semelhante, 92,5% dos entrevistados acima de 60 anosresponderam da mesma maneira.

No entanto, apesar da queda no nível de otimismo ter sido geral, ela foi muito mais significativa dentre os mais jovens. Apenas 55,5% dos entrevistados de 16 a 24 anos afirmaram que seu nível de otimismo estava entre 6 e 10 durante a pandemia. Em contraste, a proporção de entrevistados acima de 60 anos que afirmaram que seu nível de otimismo estava entre 6 e 10 durante a pandemia caiu apenas 3,1 pontos percentuais em relação a antes da pandemia, ficando em 89,4%.

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Similarmente, a queda no nível de felicidade durante a pandemia também foi mais acentuada entre os mais jovens. Em uma escala de 0 a 10, sendo 0 nada feliz e 10 muito feliz, 90,5% dos entrevistados entre 16 e 24 anos disseram que seu nível de felicidade, antes da pandemia, estava entre 6 e 10. Esse número caiu drasticamente no período da pandemia, chegando a apenas 25% – uma redução de 65,5 pontos percentuais. Entre os respondentes acima de 60 anos, que avaliaram seu nível de felicidade entre 6 e 10, essa redução foi de apenas 14,2 pontos percentuais.

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O levantamento foi realizado entre os dias 02 e 13 de setembro de 2021, através de pesquisa quantitativa com disponibilização de questionário online via e-mail e redes sociais. A amostra não probabilística contou com 321 entrevistados moradores da cidade do Rio de Janeiro.

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