Juíza relata caso de tortura em loja do Carrefour no Rio de Janeiro

O caso foi com uma mulher que foi pega furtando. Ela foi espancada e estuprada por funcionários do mercado. As audiências aconteceram entre 2017 e 2018

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Em sua conta no Twitter, uma juíza, atualmente Titular da Vara Criminal de Mesquita, na Baixada Fluminense, em meio às manifestações sobre o caso de João Alberto Silveira Ferreira (homem negro que foi morto em um supermercado Carrefour em Porto Alegre) relembrou um caso que teve acesso envolvendo o mesmo supermercado: uma mulher, dependente química, foi flagrada furtando em uma loja e acabou espancada e estuprada por funcionários da empresa.

“Uma mulher, negra, lésbica, pobre, dependente química, foi presa por supostamente furtar comida numa filial do Carrefour, no Rio. Ao chegar à audiência de custódia (que, na época, era realizada no prédio do Tribunal, no centro da cidade), vi que o médico que a examinou descreveu que ela estava com um curativo no ânus. Ela dizia que havia se machucado ao evacuar, algo assim. Só que a história real não era essa”, escreveu a juíza, que se chama Cristiana.

Depois, a mulher disse o que aconteceu de fato: “Ela contou que foi flagrada furtando (uma relação de alimentos bem mais módica do que aquela apresentada na nota fiscal pelo mercado). Não era a primeira vez. Mas naquele dia, algo diferente e terrível aconteceu. Ela foi levada para uma salinha onde foi brutalmente espancada com um pedaço de madeira, inclusive. Não teve coragem de nos contar o mais cruel, e só falou para a psicóloga que a atendeu antes de ser liberada: foi sodomizada, estuprada, como ‘lição e castigo’”, postou Cristiana.

As audiências aconteceram entre 2017 e 2018

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3 COMENTÁRIOS

  1. Acho que essa reportagem e o Twitter dessa juíza tem como único objetivo desconstruir o Carrefour, visto que o fato relatado ocorreu há 3 anos atrás. Além do mais, após o Jornal Nacional de ontem, constatou-se que o crime não foi de racismo. Qualquer indivíduo – branco, amarelo, indio ou preto – poderia sofrer essa bárbara agressão desses trogloditas metidos a segurança. O João Alberto – descrito simplesmente como uma vítima preto – agrediu verbalmente a atendente de caixa, a gerente e, quando estava sendo retirado do supermercado escoltado por 2 seguranças/trogloditas, agrediu um deles com um soco (isso tudo foi devidamente documentado e comentado no JN). A pergunta é: teria sido qualificado como racismo essa agressão se o João Alberto fosse branco, indio ou amarelo ? Tenho certeza que não. De qualquer maneira, seja Carrefour, Extra, Pão de Açúcar ou qualquer outro estabelecimento, é necessário contratar empresas de segurança com profissionais preparados/treinados.

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